E que o novo ano vos traga tantas surpresas como as que 2007 me reservou.
31.12.07
29.12.07
E o meu 2007 foi assim (mais coisa, menos coisa)
Fiz 30 anos e, ao contrário do que supunha, estou mais compostinho do que há um ano. Mais maduro, mais feliz, com mais amor próprio, com mais vontade de agarrar a vida na mão e deixar-me guiar por aí.
Afastei todos, ou quase todos, os fantasmas de um passado recente que, por ter sido longo, temia que me perseguissem o resto da vida.
Aproximei-me em carne osso de várias pessoas cuja amizade nunca deixara esmorecer mas a quem faltava contacto pessoal para a tornar mais intensa e, que se lixem as lamechices, bonita. E os outros Amigos, aqueles com maiúsula também, continuam bem aqui dentro. Todos eles, todos, à espera de mais cervejas, jantares e muito riso nos próximos 340 anos.
Fiz umas férias absolutamente mirabolantes. Já que ninguém se aventurou a ir comigo correr a costa do Adriático de carro, meti na cabeça que ia sozinho para o Báltico. E lá fui eu. Duas semanas em que cada dia me surpreendia cada vez mais comigo mesmo e com o que via à minha volta. Escusado será dizer que conheci gente fantástica e lugares não menos interessantes. O mais porreiro de tudo foi ter feito coisas que, recuando o filme, jamais pensei que pudesse fazer. Pelo menos sozinho. Testei a minha capacidade de desenrascanço, perdi-me em aeroportos, em cidades que não conhecia, andei para todo o lado de mochila às costas, conversei com pessoas de umas dez nacionalidades diferentes e bebi como um animal. Sobretudo cerveja, acho que tive a minha dose para o ano inteiro. Ah, e até deu para ter o meu pedacinho de "Antes de Amanhecer".
Porque o melhor fica sempre para o fim, aconteceu algo que também sempre pensei que só pudesse suceder com os outros. Caí de cabeça por alguém que está bem longe de mim. Soltei da boca um "adoro-te" como há muito não soltava, vindo mesmo de cá de dentro, e ouvi resposta igual como também já não ouvia faz tempo. E voltei a ter gosto em querer fazer alguém feliz. O pior é que estou a gostar cada vez mais disto, desta estranha sensação de estar longe mas tão perto. Ainda bem. Pode ser que o novo ano me ajude a decidir como seremos nós. Porque se o futuro é um dia de cada vez, há alturas em que me apetecia saltar semanas só poder abraçar quem realmente quero. Paty, foste o meu melhor em 2007. Agora, se não for pedir muito, só quero que sejamos juntos o melhor que nos aconteceu em toda a nossa vida. Pode até ser loucura. Mas é como já te disse: só nos podemos arrepender daquilo que não fazemos.
PS: Só ainda não aprendi a cozinhar como deve ser. Mas consegui inventar uns 15 pratos de massa que faz favor de ver. Ou de provar.
PS2: As coisas más não vale a pena aqui referir. São passado, e recordações que só trazem dor estão bem arrumadas em mim.
28.12.07
Alguém: "Adeus"
Eu: "Porra, isso... Nada, esquece" (isso diz-se a quem morre, ia eu dizer, como sempre digo a quem se despede de mim com um adeus).
Detalhe: a pessoa em causa perdeu um familiar próximo há dias. Vá lá que o meu cérebro, de vez em quando, antecipa-se à inconveniência do que pode sair pela boca.
Foi o que sucedeu agora com Benazir Bhutto. Foram evocadas as supostas qualidades democráticas da senhora, tida como salvadora da pátria, e esqueceu-se um ligeiro, mas muito significativo, pormenor: das duas vezes que chefiou o Governo do Paquistão foi afastada por suspeitas de corrupção, confirmadas posteriormente em tribunal.
Agora, que Benazir não merecia ser assassinada, isso não merecia, digo eu. Deve ser chato. Mais ainda porque depois de ter levado com meia dúzia de tiros no corpo, teve que suportar que o seu carrasco explodisse. Literalmente. É o que se chama rebentar de felicidade com a sensação de dever cumprido.
Aviso, desde já, que quem me ligar antes das duas da tarde arrisca-se a ser insultado por alguém que detesta ser acordado à bruta. Com uma excepção, claro. Que para ela só há sorrisos mesmo que atenda o telemóvel às seis da manhã.
26.12.07
24.12.07
Ennio Morricone III
E mais uma vez o Sr. Morricone. Com mais esta belíssima trilha sonora de um estrondoso filme, que me esqueci de incluir na bela da lista por pura estupidez, chamado Era Uma Vez na América. Grande em tamanho e maior ainda em qualidade.
23.12.07
Grace - Jeff Buckley
Doolittle - Pixies
Nevermind - Nirvana
The Bends - Radiohead
Achtung Baby - U2
Digam lá que não sou eclético?
Podia incluir mais uns 20 álbuns, pelo menos.
Tais como:
Funeral - Arcade Fire
Vespertine - Bjork
Give Me Convenience or Give Me Dead - Dead Kennedys
Strange Days - The Doors
King for a Day, Fool for a Lifetime - Faith No More
Felt Mountain - Goldfrapp
The Ultimate Experience - Jimi Hendrix
Barulhinho Bom - Marisa Monte
Play - Moby
Murder Ballads - Nick Cave
The Boatman's Call - Nick Cave
With Teeth - Nine Inch Nails
Roseland NYC Live - Portishead
Different Class - Pulp
Ok Computer - Radiohead
Soviet Kitsch - Regina Spektor
Irmãos do Meio - Sérgio Godinho
Melllon Collie and the Infinite Sadness - Smashing Pumpkins
Pisces Iscariot - Smashing Pumpkins
Curtains - Tindersticks
Tribalistas - Tribalistas
Joshua Tree - U2
Circo de Feras - Xutos e Pontapés
Perfil - Zeca Baleiro
E chega...
Vai mais uma corrente, vai?
Eu escolho daqui a pouco, agora estou cheio de sono e posso ser traído por isso. Avanço é com uma certeza: no top da minha preferência está o "Grace", do enorme Jeff Buckley.
Era tão estranho. Eu a desabafar-te tudo o que estava dentro de mim, tu a atirares para fora a ressaca de um amor mal resolvido. Mas era bom, reconfortante. Como foi bom jantar contigo debaixo de chuva naquela pizzaria marada, corrermos atrás daquele eléctrico e fugirmos depois do fiscal que nos perseguiu por não termos pago bilhete, rirmos juntos quando entrámos naquele bar estranhíssimo e insultámos o porteiro que nos proibiu de fumar lá dentro, percorrermos aquelas ruas escorregadias que davam acesso ao porto só para nos sentarmos nos bancos e ficarmos a imaginar as histórias de vida dos que partiam rumo a outros destinos, emprestar-te o meu casaco enquanto congelavas, falarmos um francês macarrónico para as vendedoras de flores só porque sim, pararmos no meio da rua quando de uma janela qualquer saía Faith No More, trocarmos impressões sobre os nossos países e sentirmos que não estamos bem onde estamos e, muito provavelmente, nunca vamos estar bem em lado nenhum.
Foram três dias. Só. Tanto.
Como foi perfeito, também, o olhar que cruzámos no dia em que nos vimos pela última vez. Não foi preciso fazer nada. Porque não quisemos estragar o que foi bonito nem fazer sofrer quem ficou do outro lado. Faltou apenas dizer qualquer coisa, não soubemos o quê. "Thanks for making my days in Tallin happier", escreveste-me tu agora, passado este tempo todo. Foram essas as palavras que então nos ficaram presas na boca. Mas soube melhor ouvi-las agora. Estão mais maduras e significam que aqueles dias irão ficar dentro de nós como uma memória terna, se dúvidas houvesse.
E nunca vou esquecer o que nos prometemos quando te fui levar ao hostel pela última vez: um dia ainda vamos beber outra cerveja juntos. Tenho a certeza que sim. Estou é ansioso para saber onde.
22.12.07
Ennio Morricone
E esta faz-me chorar, admito. Da banda sonora de Malena, o tal filme das punhetas a mais. E da Monica Belluci. Sendo que uma coisa não tem necessariamente a ver com a outra, digo eu. Ou se calhar até tem, mas agora é Natal e não me apetece pensar nisso.
Ennio Morricone - Cinema Paradiso
Este senhor é responsável pelas mais belas bandas sonoras que tive o privilégio de ouvir. Se o encontrasse à frente, ajoelhava-me e agradecia-lhe todos os arrepios de prazer que me proporcionou até hoje. E foram bastantes.
20.12.07
Cinema Paraíso
E esta é a cena final das cenas finais. Quem não se arrepia ao ver e ouvir isto não é ninguém. Ou é uma grande besta. Um ser merecedor de uma intensa e profunda violação por parte de um mamífero com mais de 200 quilos, vá. E estou a ser brando.
19.12.07
Os 5 favoritos (e outros que tais)
Cinema Paraíso (porque representa tudo o que é a pureza do cinema, pela banda sonora do Enio Morricone, por aquele beijo poderoso à chuva, pela arrepiante e arrebatante cena final, pelo Alfredo, pelo Toto)
Pulp Fiction (se bem que já o tive mais em conta)
Apocalypse Now (por tudo, sobretudo pelo cheiro a napalm logo pela manhã)
Magnolia (por mostrar que a vida é uma teia tão complexa mas tão cativante ao mesmo tempo)
Antes do Amanhecer (pelo cenário, pelos dois personagens, pela envolvência, pelos diálogos, pelo amor quase proibido à flor da pele, pela paixão, por me fazer arrepiar sempre que o vejo e por me fazer sonhar que quero encontrar uma Julie Delpy)
Com muita pena de deixar de fora filmes como:
Morrer em Las Vegas
O Sentido da Vida
Adeus Lenine (e aquela enferemeira russa linda!!!!)
Mystic River (grande Sean Penn, quando for grande quero ser como tu)
E a tua mãe também (é como eu gosto: uma história simples mas bem feita, sem merdices a mais, com tudo lá)
ET (e não é que ainda me vem a lágrima ao olho quando vejo o moço ir ter com os seus?)
18.12.07
Amanhã há mais. Pode ser que seja eu o ilustre contemplado com um soco na cara ou um pontapé nos testículos. Só para não me armar em estúpido. Antes isso que um tiro em cheio na cabeça. Sim, que hoje vi a dois palmos dos olhos gente que saca de fusco com a mesma facilidade com que de manhã pega na escova para lavar os dentes. Ou se calhar mais depressa, a julgar pelo aspecto da dentadura da maioria.
Ao menos que para a semana possa cobrir uma qualquer guerra em África. Sempre seria mais quentinho. Mas acredito mais depressa que o Pai Natal vá descer pela lareira de casa dos meus pais na noite de Natal.
Bem, de qualquer forma, se isto correr para o torto e eu for desta para melhor, deixem que vos diga que foi um prazer andar aqui 30 anos. E que sempre segui um lema que pode parecer idiota mas me ajudou a olhar em frente: "só te arrependerás daquilo que não fazes ou não tentas fazer".
Ah, e já sabem: as minhas cinzas exijo-as atiradas para o mar. Não quero cá saber de burocracias. E livrem-se de ouvir o "My Way" durante as exéquias.
16.12.07
Os organizadores da iniciativa, para além de parvos, devem ter lamentado que a Polícia Judiciária se tenha lembrado de deter os supostos autores da onda de homicídios na noite portuense poucas horas antes do início do desfile. Com a brincadeira, lá se perdeu a oportunidade de juntar mais umas largas dezenas de nomes à lista dos recordistas.
Por falar nisso, noite sem homicídios não vai ser noite. Mas que ninguém se lembre de me apontar uma Uzi, por favor. Um cadáver furado da cabeça aos pés não deve ser muito agradável à vista.
12.12.07
Mas se escrevesse o que me vai na alma não chegariam 500 linhas.
Poupo-vos trabalho e guardo-as para mim.
Há coisas que aqui não cabem.
Prefiro-as dentro de mim, nem que isso me custe e tenha a sensação que vou explodir daqui a cinco minutos.
Volto daqui a pouco, depois de um curto intervalo.
Se me apetecer.
Agora é que não estou muito para isso, peço desculpa.
6.12.07
Zeca Baleiro (ou a letra perfeita para definir como têm sido os meus dias)
Ando tão à flor da pele,
Qualquer beijo de novela me faz chorar
Ando tão à flor da pele,
Que teu olhar "flor na janela" me faz morrer
Ando tão à flor da pele,
Que meu desejo se confunde com a vontade de não ser
Ando tão à flor da pele,
Que a minha pele tem o fogo do juízo final
Um barco sem porto
Sem rumo, sem vela
Cavalo sem sela
Um bicho solto
Um cão sem dono
Um menino, um bandido
Às vezes me preservo
Noutras suicido
Oh, sim, eu estou tão cansado
Mas não pra dizer
Que não acredito mais em você
Eu não preciso de muito dinheiro
Graças a Deus
Mas vou tomar aquele velho navio
Aquele velho navio
5.12.07
4.12.07
Moledo
Acordei tão bem, mas tão bem, que mal abri os olhos corri logo a ouvir isto. Não sei porquê. Quer dizer, suspeito. Ou melhor, tenho a certeza. Deixando-me de coisas. Sei bem, sei. E tu também sabes. Acho que é loucura boa mesmo. Ou então fazes-me sentir tão no céu que não quero descer à terra. É bom, muito bom. Obrigado.
3.12.07
Olho para trás e concluo isso, tento olhar em frente e percebo-o mais do que tudo.
Atirar a toalha ao chão foi lema do passado e resta agora descarregar dos ombros culpas, remorsos e arrependimentos e lutar pelo que quero nem que para isso arranque a pele aos pedaços (a minha, claro está). E não deixar que as dúvidas dos outros me inquietem. Porque também já lá vão as horas perdidas em que me preocupava mais com opiniões alheias e menos com o que sentia e desejava.
Por isso, resta-me acreditar que vou conseguir aquilo a que me propus. É o que sinto agora, não vá isto de viver perder a piada, que é coisa que não me apetecia por aí além. Além disso, são muitos os que me chamam de teimoso. Até que têm razão. Embora prefira dizer que é perseverança. E uma tentativa de ultrapassar aquilo que já conversei várias vezes com alguém cuja amizade me deixa orgulhoso: a falta de confiança em mim mesmo.
Havemos de aprofundar o assunto. No final, vais ver, concluiremos que somos apenas dois seres não alinhados que andam por aqui a esquivar-se de um mundo que está muito longe do dos outros e debaixo de olhares reprovadores de quem ainda não tivemos coragem de mandar à merda como deve de ser. Ou de despachar com um valente pontapé no glúteo. Talvez aí possamos dar mais valor a nós mesmos. Sem violências, claro.
Jeff Buckley - Last Goodbye
E logo a seguir isto. Para ter uma sensação próxima do orgasmo entre os 2m47s e os 3m8s.
Nick Cave - Far from me
Ou como acordar da melhor forma para uma semana de trabalho depois de um delicioso fim-de-semana.
Não sou parvo, pois não?
28.11.07
Para ti
Perguntaste o que queria mais da vida?
Quero fazer-te feliz e deixar-me embalar por ti o resto da vida. Quero poder ultrapassar tudo e todos para sermos um só. Quero que descubras comigo o nosso caminho. Quero que sorrias ao meu lado ao acordar. Quero deixar no teu rosto pedaços de beijos para não te esqueceres nunca de mim. Quero que estejas comigo para perceber se isto é tudo loucura ou se podemos mesmo sonhar connosco. Quero sentir-te. Quero-te a ti.
É pedir muito?
Só tu saberás se sim ou não.
Adoro-te!
27.11.07
Mais para as quotas (das boas) *
Só para dizer que te amo
Nem sempre encontro o melhor termo
Nem sempre escolho o melhor modo.
Devia ser como no cinema
A língua inglesa fica sempre bem
E nunca atraiçoa ninguém.
O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe
Como o mar está do céu
* e com dedicatória
Ah, e agora consigo ver ao longe o mar. O que dá sempre uma paz que só eu sei como me acalma.
Tal como no futebol, não faltaram no final referências do vencedor às circunstâncias complicadas que antecederam a vitória, a qual, segundo afirmou José Rijo ao 'Diário de Notícias', poderia ter sido mais saborosa ainda não fosse um ligeiro acidente doméstico que lhe decepou parte da profusa pilosidade facial: "O meu bigode tinha 80 centímetros e dava com ele duas voltas às orelhas fazendo-o descair sobre o nariz. Era um espectáculo".
Palavras para quê? É um artista português.
Já agora, que é feito da pasta medicinal Couto?
Ora, de que é que se queixa?
"Venho aqui mostrar a parreca".
"A minha pardalona está a mudar de cor".
"Às vezes prega-se-me umas comichões nas barbatanas".
"Tenho esta comichão na perseguida porque o meu marido tem uma infecção na ponta da natureza".
"Fazem aqui o Papa Micau?"
"Quantos filhos teve?" - pergunta o médico. "Para a retrete foram quatro, senhor doutor, e à pia baptismal levei três".
"Apareceu-me uma ferida, não sei se de infecção se de uma foda mal dada".
"Tenho de ser operado ao stick. Já fui operado aos estículos".
"Quando estou de pau feito... a puta verga".
"O Médico mandou-me lavar a montadeira logo de manhã".
Não, isto não é conversa de taberna ou de um bairro social dos mais reles do Porto e arredores. São algumas das relíquias com que foi brindado o médico Carlos Barreira da Costa no quentinho do seu consultório ao longo dos últimos 30 anos.
É tão bom viver no Terceiro Mundo e dizer que sou europeu. Tão bom que me apetece ir daqui para fora.
Não por aí há quem me queira levar para outro lado, não?
Só para daqui a uns anos poder afirmar, como o Zeca Baleiro, "minha vida agora é cool, meu passado é que foi trash".
Aceito propostas.
24.11.07
E agora a versão da mesma canção desta vez com a Katie Melua – uma querida a miúda. Interessante ver como o Shane McGowan está ligeiramente embriagado, as always, e a sua voz afectada pela falta de dentição. Continua a ser um senhor, mesmo assim. Irlandês e basta. Ou melhor, britânico filho de irlandeses. Mas com muito sangue celta a correr-lhe nas veias. E álcool.
23.11.07
Uma musiquinha de Natal, vá lá
Agora que o Natal se aproxima (socorro!!!), não vão faltar canções da época arrepiantes e a puxar para o vómito em cada esquina, nas lojas, na rádio e em tudo o que seja lugar. Esta é uma excepção. Os Pogues, do grande Shane McGowan, com a ajuda de Kirsty MacColl. Agora, livrem-se de me atirar à cara com o George Michael, a Celine Dion ou o Michael Bolton. As represálias serão duras.
You were handsome
You were pretty
Queen of New York city
When the band finished playing
They howled out for more
Sinatra was swinging,
All the drunks they were singing
We kissed on a corner
Then danced through the night
Eis como elas nos levam.... ou não *
Sally Albright:
Most women at one time or another have faked it.
Harry Burns:
Well, they haven't faked it with me.
Sally Albright:
How do you know?
Harry Burns:
Because I know.
Sally Albright:
Oh. Right. Thats right. I forgot. You're a man.
Harry Burns:
What was that supposed to mean?
Sally Albright: Nothing. Its just that all men are sure it never happened to them and all women at one time or other have done it so you do the math.
* When Harry met Sally, filme que em português tem um título digamos que bastante absurdo
22.11.07
Ando até a evitar fazer um teste de saúde nos próximos tempos não vá descobrir que só tenho três meses de vida.
É o que eu digo, ser adepto de clube ganhador faz-me ficar mal habituado.
19.11.07
Ando apaixonado por uma bela de uma canção de um anúncio. Já tinha idade para ter mais juízo, eu sei, mas escusam de o lembrar porque a minha mãe repete-me isso as vezes suficientes para não me esquecer que ainda estou longe de corresponder ao perfil de um filho perfeito. Bem, o comercial em questão é o que publicita as virtudes, se é que as tem, do Fiat Bravo. E a música, descobri depois de uma incasável busca na internet, chama-se 'Meravigliosa Creatura' e é interpretada por uma senhora chamada Gianna Nanni, cujo nome não me dizia nada, embora em Itália pareça ser dos mais afamados. Se calhar eu é que sou igonorante, peço desculpa.
Deliciem-se com a 'canzone'. Tanto como eu é que não porque senão fico com inveja.
18.11.07
Vanessa da Mata ou a imutável mulher que se plantou ao meu lado
Deixa ver se consigo escrever isto respeitando as regras mais básicas do jornalismo. Só para matar saudades do trabalho que já lá não ponho os pés vai para mais de duas horas e isto de alombar dias e dias seguidos causa habituação tão perigosa como o tabaco.
Onde? Coliseu do Porto
Quando? Sexta-feira, 16 de Novembro, 22h00, concerto de Vanessa da Mata
Quem? Uma mulher que ficou ao meu lado
O quê? A moça acima referida, que deveria ter sensivelmente da minha idade (saída da adolescência vai para um ano ou dois, portanto) conseguiu permanecer 1h45 minutos estática, literalmente, enquanto a Vanessa da Mata se agitava no palco tentando espevitar uma multidão que dela apenas conhecia a intragável (já não a posso ouvir mais, porra), Boa Sorte/Good Luck e se marimbava para o resto das canções, as quais apenas eu e mais meia dúzia parecíamos já ter escutado em qualquer lado. Pois a referida senhora não mexeu uma vez que fosse uma parte do corpo, não esboçou um sorriso e manteve uma cara que denotaria muito mais satisfação caso estivesse num funeral.
Porquê? Isso tentei eu perceber durante todo o concerto mas não consegui. Ou seja, além de me concentrar no palco, tive a mente a divagar num assunto paralelo completamente absurdo. Característica dos Gémeos, pessoas que não conseguem estar concentradas apenas numa coisa ao mesmo tempo.
Como? A resposta anterior cabe nesta. Mas que ficar um concerto inteiro de trombas e imóvel foi uma situação nova para mim, isso foi. E estar ao lado de uma pessoa assim digamos que não é lá muito agradável. A dada altura comecei a sentir-me mal por ela. Estive até para lhe dar dois estalos na cara e pedir que acordasse, valeu que ainda vou pensando nas coisas antes de as fazer.
Falando do concerto em si, pode dizer-se que foi engraçadinho sem ter sido excepcional. Concerto de single, como chamo aos 'shows' onde a maioria do público presente apenas conhece uma ou duas músicas do artista que está em palco.
Até já há imagens no Youtube e tudo... Tremidas, é certo. Bom de perceber, portanto, que não foram recolhidas por mim. Se o tivessem sido, saíram uma perfeição, como bem devem imaginar. Paciência. Fica um cheirinho, apenas.
Mais alguma coisa ou posso pedir a conta?
15.11.07
High Fidelity
E já que estou numa de música, cá fica um dos melhores filmes sobre a mesma que vi até hoje. Como o John Cusack, um actor tão bom como tão simples, e o Jack Black, que não aprecio por aí além mas que aqui até não me desagradou. Para rever daqui a pouco tempo, tenho quase a certeza. Já agora, está a aproximar-se o Natal e tal e coisa...
Bem, mas vou parar de falar mal e fazer como tu, grande Rute. Divulgarei algumas das nossas relíquias e depois deixo ao critério de cada um se a lei nos fará chorar, rir, vibrar, atirar da ponte abaixo ou tentar o suicídio numa estrada de grande movimento. Ou, simplesmente, ter vergonha do país em que vivemos, como muitas vezes tenho.
Para começar, o Eduardo Nascimento, o porta-voz do Portugal fascista do Minho a Timor que representou o país no Festival da Eurovisão de 1967 com o tema "O vento mudou". Ou, como diz o voz off, 'U ventu mudu'.
14.11.07
13.11.07
Este senhor que aqui aparece na imagem, Mateus de seu nome, foi pela primeira vez ao veterinário este fim-de-semana. A viagem, a sua estreia em grandes aventuras externas depois de longos meses confinado às quatro paredes do meu apartamento, correu melhor do que esperava. Quer dizer, o miar estridente dele provocou-me surdez ligeira no ouvido esquerdo, mas tudo bem, o amor aos animais é bonito e eu aprecio. Desde que não leve uma cornada de um touro ou outra ferradela de um dobbermann dar-me-ei por feliz e continuarei a clamar pelos direitos dos ditos sem que caia no ridículo, como muita boa gente (?) faz. O que importa é que o gato está agora vacinado contra tudo o que é doença, pesado numa balança infalível (quatro quilos e meio, o monstro) e não irá haver parasita que o mate aos bocadinhos. Pior mesmo foi o que paguei por tudo isto. Garanto que se fosse eu o consultado desembolsaria muito menos – aliás, ando a adiar uma ida ao médico há meses. Interessante foi ter ficado com um boletim sobre o estado de saúde do paciente, completado com algumas informações bastante úteis. Como a que sua raça é a "Europeu Comum". Mais do que eu, portanto, que se fosse um europeu comum gabar-me-ia de ter as mesmas condições dos restantes europeus de primeira linha e não andava para aqui a brincar à vidinha num país que só é Europa por acidente de geografia.
12.11.07
Algo que o FC Porto poderia fazer, para bem do meu ego, era interromper esta série de empates no jogo da Luz frente ao Benfica. Aí, o que gostaria mesmo era de ganhar com um golo no último minuto de descontos marcado da forma mais absurda possível, tipo o Sektioui acertar com o nariz na bola, o Quaresma engatar uma trivela bem engatada a 35 metros da baliza ou o Luisão atrasar do meio campo para o Quim e este deixar passar a redondinha por debaixo do pé direito. Isso é que era.
9.11.07
Vanessa da Mata
Esta menina vem cá este mês. Já que não poderei ouvi-la abraçado a quem quero, aceito sugestões a quem me pretenda acompanhar. Esqueçam é os amassos, isso está fora de questão por muito que goste de vocês. Beijinhos na testa ainda vá, o resto é abuso.
Isto tudo para dizer o quê? Que não sei o que fazer com a minha roupa mais quente. Camisolas acho que ainda não as usei e até as tenho jeitosas, seria um crime deitá-las fora. Dar aos pobres daqui não vale a pena porque o calor está igual para todos.
Acho que as vou mandar para África, não tarda muito e começa lá a nevar.
E envio papas Cerelac também. Não gosto de ver vestuário a nadar nos corpos de ninguém.
7.11.07
Zeca Baleiro - Balada de Agosto
Eu sei que isto parece mal vindo de um homem. Mas este moço faz-me sentir bem, mesmo quando canta supostas lamechices. O mérito acho que é esse. Transformar o que podia ser uma bela bosta em algo com o mínimo de sensibilidade. Gostei, gosto e acho que vou continuar a gostar.
6.11.07
Só gostava de saber quem iria ficar mais lixado se houvesse um embate. Se eu por ter mais uma despesa, se ela por perder uma oportunidade de engordar a carteira.
Fazer televisão assim também eu. Teria era vergonha.
3.11.07
There's two kinds of people in this world, there's winners and there's loosers. Okay, you know what the difference is? Winners don't give up
1.11.07
Weapon Of Choice - Fatboy Slim
Natacha, eu sei que copiar ideias dos outros não é lá muito bonito. Mas enriquecer o meu antro de estupidez com este magnífico momento do grande Christopher Walken, um senhor, é irresistível. Depois, se quiseres, podes espanacar-me. Desde que não me rebentes a cana do nariz em pedaços fininhos tudo bem. Há quem diga que dói muito. Ou atropela-me, deve ser engraçado. Escolhe.
30.10.07
- Obrigado pela atenção, amigo.
- De nada. Isto agora passa na TVI a que horas?
- Não passa porque eu não trabalho na TVI, trabalho num jornal.
- Ora porra. Então como é que eu mais logo posso aparecer na televisão?
- ....
- E não dá para me filmar?
Borralheira, Covilhã, serra da Estrela, confins de Portugal
29.10.07
A senhora desdobrava-se em sorrisos cada vez que se lembrava dos filhos e da alegria de os ter dado à luz, logo tantos de cada vez – ainda por cima saíram-lhe do ventre com apenas quatro minutos de intervalo, o que quer dizer que uma bolada nos tomates deve doer mais do que doeu aquele parto.
Gosto de pessoas assim: felizes mesmo sabendo que o futuro será uma merda tamanhas as dificuldades que as esperam. Só nunca percebi se se trata de masoquismo ou de pureza.
28.10.07
Além disso, a decisão é bastante prejudicial para os jogadores do clube. A partir de agora vão ter que começar a correr mais 20 minutos por jogo, o tempo que até agora perdiam a tentar perceber se um colega da outra equipa estava realmente lesionado ou apenas a fazer fita.
E, mais importante de tudo, o futebol não é para florzinhas.
Outra coisa, é de mim ou ninguém dá valor suficiente ao facto de o FC Porto contar por vitórias todos (todos!!!!) os jogos do campeonato e de não ter ainda perdido um único na Liga dos Campeões? Se fosse um clube que cá sei, o plantel já tinha sido recebido no Parlamento.
Uma Uzi é capaz de ser demasiado. Dois sopapos, um calduço, três choques de alta voltagem, sete sugestões de toques rectais a sangue frio ou atiçar o carinho de um pittbull com o cio, talvez.
Um insulto baixinho, vá, que não sou pessoa de violências.
27.10.07
Björk - Jóga
Não é só a música, que vale muito a pena. É, sobretudo, a paisagem da Islândia que aqui aparece e me faz sentir cada vez mais vontade de lá ir. Alguém me acompanha?
25.10.07
Closer
Gosto de reter as boas recordações do passado. Por vezes, sabe-se lá porquê, o pior sobe-me à memória sem aviso prévio. Volta rápido para o canto de onde nunca deveria ter saído. Mas faz o suficiente para me importunar com coisas que já há muito deviam estar bem trancadas dentro de mim.
24.10.07
Não, este vaso não contém nenhuma planta ilícita com efeitos alucinogénios ou similares. Foi apenas testemunha de uma das melhores noites que passei nos últimos tempos. Graças a vocês todos (como diria o Octávio, vocês sabem de quem eu estou a falar).
Não poderia também de deixar de elogiar os teus dotes culinários (e obrigado por me acordares sem me atirares cama abaixo, o teu bater de porta foi como um despertar dos anjos), a tua paciência para aturar os meus desabafos (só tu mesmo para os compreenderes), a tua e a tua infinita generosidade (e o sorriso lindo da vossa filha), a tua pouca mas compensadora companhia (depois foste fotografar gajas, não te queixes...), o teu sentido de humor encantador e inteligente (já sabes onde está o magnífico casaco de pele de pastor alemão?).
Escrever isto com o cheiro a mar a entrar-me narinas dentro, não sei como é possível isto acontecer mas o vento por vezes faz milagres, aumenta ainda mais as saudades dos dias que tive o prazer imenso de compartilhar convosco.
Obrigado!
Ah, e acho que nunca falámos de blogues!
19.10.07
Por acaso, estou a precisar de uma televisão nova. Tenho que fazer um filho rapidamente.
18.10.07
Ora bem, que isto dizer o quê? Que está em marcha uma bela invasão minhota que tem como objectivo conquistar todos os pedaços de sol que brilharem sobre a região entre sexta-feira e domingo. Faz parte do exército que se propõe a tal desígnio um muito significativo grupo, composto por gente que tem tanto de inteligente como de deliciosamente tola. E o que eu gosto desta mistura. Quase tanto como de gelado de menta com chocolate quente.
Por isso, tu, tu, tu, tu, tu, tu e mais tu, façam o favor de me aturar. Se posteriormente se arrrependerem, podem expulsar-me de casa que vou dormir para a praia. Coisa que adoro é olhar as estrelas deitado na areia antes de adormecer. E já não faço isso há algum tempo, confesso, o suficiente para começar a sentir saudades.
17.10.07
16.10.07
Contagem decrescente
Terça está quase.
Quarta bate à porta.
Quinta espreita bem perto.
E sexta, a grande sexta, ameaça aparecer não tarda nada.
Pena que o tempo não passe mais depressa.
15.10.07
Depois de um excelente fim-de-semana, acordei para o trabalho com esta disposição. Não é muito normal, podia ser pior (só de pensar que o meu pai pode ter dançado como os moços que aqui acompanham a Petula Clark assusto-me) e não há no Youtube sinal de uma belíssima canção da Marisa Monte com a Velha Guarda da Portela intitulada “Volta Meu Amor”, que me (nos) acompanhou nos magníficos dois dias e meio passados no cenário quase idílico descrito no post anterior . Obrigado, foi mesmo do melhor.
12.10.07
Estou bonito, estou...
Tindersticks - My Oblivion
Eis quando letra e música combinam na perfeição. Gosto particularmente de ouvir algo como “the edges of our love are in the stars?”. Deveras bonito, digo eu.
She's my oblivion - it's to her I run
Out on the balcony - she waits for me
Out on the boundary - she smiles
She's my oblivion
Which way to turn?
The edges of our love are in the stars
And on the balcony
She waits for me
Out on the boundary
She smiles
Make this alive
Good days are back
Open your eyes when it falls
Come back to the air
I can't tell you what you already know
I can't make you feel what you already feel
I can't show you what's in front of you
I can't heal those scars
She's my oblivion
And my skin burns
Her hands all over me
She whispers:
“The edges of our love are in the stars? (choir)
Good days are alive
Good days are back
Open your eyes when it falls
Come back to the air
So look down to the street below
Don't look up to the stars above
You look around
See what's in front of you
Don't look down, don't look down
Can you see the light?
It shines onto us tonight
Can you see the light?
It's all around you.
11.10.07
Morphine - The Night
Cá vai mais uma da banda do grande Mark Sandman, o homem que tinha tanto respeito pelo público que morreu durante um concerto.
Morphine - Gone For Good
Há coisas tristes que sabem tão bem. Como esta.
OBS: O vídeo não é o original, mas não se pode ter tudo.
Já agora, eu devo ser dos poucos que não se queixa de qualquer doença do foro psiquiátrico, por insignificante que seja. Serei normal?
9.10.07
7.10.07
5.10.07
O meu amor tem lábios de silêncio
E mãos de bailarina
E voa como o vento
E abraça-me onde a solidão termina
O meu amor tem trinta mil cavalos
A galopar no peito
E um sorriso só dela
Que nasce quando a seu lado eu me deito
O meu amor ensinou-me a chegar
Sedento de ternura
Sarou as minhas feridas
E pôs-me a salvo para além da loucura.
O meu amor ensinou-me a partir
Nalguma noite triste
Mas antes ensinou-me
A não esquecer que o meu amor existe.
Para ti, meu amor
2.10.07
1.10.07
O melhor é esquecer, são apenas divagações de quem não tem mais nada para fazer além de andar para aqui a escrever coisas sem sentido enquanto vai tentando percebendo o que quer da vida. Ou melhor, até que sabe. Resta saber é se está certo, errado, iludido, fodido ou simplesmente a tentar ver para lá daquelas barreiras que depois de ultrapassadas permitem o acesso a um caminho feliz e correcto.
Além disso, sou Gémeos.
Obs: aqui em baixo está uma bela de uma canção dos Faith No More. Não é a primeira, que aquilo é dose dupla. Basta esperar um bocadinho e surge logo a "Just a Man", que me acompanhou nas minhas férias durante dias a fio, sobretudo naqueles em que andei em Tallinn com um grupinho de pessoal de diferentes nacionalidades que junto se divertiu, riu, conversou de tudo e mais alguma coisa como se conhecesse há anos . Bebíamos muito também, mas isso agora não interessa nada. Isto quando me batem as saudades em alturas em que estou mais em baixo não é nada bom. Mas não há razão para preocupações extremas. Tenho demasiado amor à vida para sequer pensar em mandá-la à merda por um minuto que seja.
30.9.07
28.9.07
26.9.07
Cá vai:
O «Correio da Manhã» revela hoje que a alemã Gabriele Pauli, militante da União Social-Cristã defende que o casamento deveria ser um contrato temporário prorrogável, ou seja, deveria terminar automaticamente ao fim de sete anos, podendo o casal renovar os votos se quisesse. Eu acho bem. Acho bem porque se acabariam as temíveis crises dos sete anos. Acho bem porque se acabariam – sem grandes dores de cabeça – os casamentos falhados. Acho bem porque haveria festa de sete em sete anos. E, sobretudo, acho bem porque o casamento a prazo iria obrigar a mais esforços, tal como os fazem os namorados. A possibilidade/o perigo de o outro não querer renovar os votos ao fim de sete anos poderia obrigar-nos a mais trabalho de casa, a menos discussões, a mais cinemas, a mais jantares, a mais flores, a mais cuidados. A mais sexo. A mais. Acho bem. Olho para mim, olho à minha volta e creio ainda mais nessa teoria. O casamento deveria ter prazo. Pelo nosso bem.
Uma merda, é o que é. Estava a gostar tanto do calor e agora vem o frio lembrar-se que também é gente só para me chatear um bocadinho, o porco.
24.9.07
Para começar bem a semana I
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão de meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!
Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!
Tudo no mundo é frágil, tudo passa...
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!
E, olhos postos em ti, vivo de rastros:
"Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: princípio e fim!..."
Florbela Espanca
23.9.07
Enquanto escrevo este post, chego é à conclusão que a bela da compota deixa o teclado pegajoso, o que é uma porra.
21.9.07
Se os piropos agora não fossem quase ilegais, atrevia-me a dizer que a Julie Delpy é um doce que me apetecia saborear uma noite inteira. Mas além disto soar compleatamente estúpido e parolo, ela deve ter mais com quem partilhar serões.
Serve tal de prelúdio idiota para referir o seguinte: a menina resolveu lançar-se na aventura de dirigir um filme. Coincidência, ou talvez não, a fita chama-se "Dois Dias em Paris", o que me deixou logo desconfiado de que seria uma tentativa de chegar aos calcanhares dos brilhantes e absurdamente belos "Antes do Amanhecer" e "Antes do Anoitecer".
Ainda não vi o filme, por isso não posso dizer se é bom ou mau. Aquilo que me apetece para aqui desabafar é que se ela conseguir chegar aos calcanhares da cena que se segue, basta apenas isso, tiro-lhe o meu chapéu e ajoelho-me numa cama de pregos. É, simplesmente, um dos diálogos mais ternos e deliciosos que já vi. Como eu gosto: simples mas muito, mesmo muito, bem feito.
Diria lindo, mas depois acusam-me de andar lamechas.
19.9.07
Nine Inch Nails - The Hand That Feeds
Ah, e aprecio bastante estes senhores também. Agora chega que por hoje exagerei.
Pixies - Monkey gone to heaven
Não sei se já disse, acho que sim, mas gosto muito disto. Não sei se já disse, acho que sim, que vibro ao ouvir esta coisa boa já lá vão mais de 15 anos. Não sei já disse, acho que sim, que isto é mesmo delirante. Não sei se já disse... É melhor ficar por aqui. Depois acusam-me de ser chato.
1 . Dormir, muito e profundamente.
2. Jantares, jantares, jantares, copos, copos, copos e gargalhadas, bastantes.
3. Uma ida àquele restaurante a que pretendo ir novamente já lá vai quase um ano.
4. Um ou dois passeios na marginal acrescidos da indispensável leitura de jornais frente ao mar.
5. Fazer compras para a casa qual fada do lar.
6. Continuar a escrever coisas estúpidas neste humilde blog
7. Mais uns copos e uma dose exagerada de humor non-sense.
8. Olhar para o Porto durante a noite do lado de Gaia, de preferência sem cair ao rio.
9. Dormir mais um bocado.
10. Pastar, preguiçar e outras coisas tão boas que se fazem quando o ócio aperta.
Segunda-feira vou chegar à conclusão que não fiz metade. Mas fica a boa intenção. Ao menos que durma.
18.9.07
Goldfrapp
João, vê lá se gostas disto. Se não te agradar posso mandar para trás e peço um prato de carne ou peixe à tua escolha. Só não pago a conta que este mês isto anda tremido.
Obs: o vídeo não é oficial mas as imagens de Paris até que são porreiras, diz lá que não são.
17.9.07
16.9.07
Pulp - Common People
Gosto destes tipos, em particular do Jarvis Cocker. Olho para ele e recordo-me como era na adolescência: alto, desengonçado, magro e com um penteado que só mais tarde concluí que era um bocadito ridículo. E parvo, característica que ainda hoje mantenho com um certo prazer.
15.9.07
Lá terá que ser...
... diz que é uma corrente. E eu dessas coisas tenho medo, muito medo. Tanto que enquanto escrevo estas curtas linhas estou a urinar-me pernas abaixo.
14.9.07
13.9.07
Praga, Praha, Prague
Senhoras e senhores, eis a cidade mais bonita que tive o privilégio de visitar. Percorri aqueles cantinhos todos com a melhor companhia do mundo. Obrigado, mana: foste o melhor que podia ter tido numa fase bem complicada da minha vida!
12.9.07
Magnolia - Wise Up
Eis a (quase) cena final de um dos meus filmes favoritos. A banda sonora, da menina Aimee Mann, é ainda melhor. Grandioso. Que saudades de ver isto outra vez. Espera lá, acho que tenho o filme ali em DVD, foi uma das melhores prendas do meu 30º aniversário, ainda por cima oferecida por um grupo de GRANDES amigos que decidiu encher-me as medidas com um monte de filmes me fazem babar de satisfação. Só faltou o Cinema Paraíso, mas estão perdoados. Obrigado camaradas! Por vossa causa lá vou eu deitar-me outra vez madrugada dentro com uma manhã de trabalho à minha espera...
11.9.07
Portishead - Glory Box
Se fosse mulher, esta era a canção que exemplificaria de forma perfeita o que esperaria do homem que desejasse amar da forma mais intensa do mundo. Como sou homem, limito-me a esperar que alguma me diga um dia uma coisa do género.
10.9.07
Confesso que achei aquilo muito estranho e não demorei muito tempo a percerber que aquela teoria era completamente absurda, assim como as 500 que se seguiram aos atentados – um pouco ao ritmo do que hoje se vai passando com o caso Maddie. O coração dos Estados Unidos tinha sido atacado e pensei de imediato que estava em marcha o início da III Guerra Mundial. Por breves instantes imaginei-me no meio de um cenário de conflito qualquer, mas enfiei um pacote de açúcar na boca e desci à Terra em dois tempos.
Pouco depois de as torres caírem, literalmente, algo a que assisti com a boca aberta de espanto (o que eu gosto de bocas abertas de espanto) mandaram-me realmente para o World Trade Center. Estive para responder que não valia a pena porque já não havia World Trade Center e o jornal não comportaria uma viagem de urgência para Nova Iorque – o máximo que estive para fazer no estrangeiro foi um trabalho em Omã, adiado precisamente por causa do 11 de Setembro – mas o que a chefia pretendia era que fosse para o World Trade Center do Porto, onde havia uma bela de uma ameaça de bomba.
Lá chegado, deparei-me com uma cena verdadeiramente portuga: o edifício fora evacuado por razões óbvias mas perímetro de segurança nem vê-lo. Resultado, uma multidão concentrava-se à porta e esperava pacientemente que a bomba explodisse. O que seria bom para mim em termos jornalísticos porque assistiria ao vivo e a cores a um pequeno massacre que arrastaria para a morte uns cem pacatos cidadãos que apenas queriam divertir-se a ver uns engenhos fazer um prédio ir pelos ares.
Tal não aconteceu mas mesmo assim deu para fazer umas coisas no local, não me lembro exactamente o quê. O que sei é que, regressado à redacção, tive ainda trabalhinho de sobra até às três da manhã (isso mesmo, três da manhã!). Eu e o resto dos camaradas, verdade seja dita. Valeu um rápido mas agradável jantar pelo meio, em Leça da Palmeira, onde ouvi uma das melhores da noite: uma senhora que se queixava do cancelamento da emissão do Big Brother 'só' por causa do que acontecera em Nova Iorque. Ainda por cima em noite de expulsão, lamentava ela...
Resumindo, foi um dos dias mais trabalhosos que tive até hoje mas que me deu um prazer do caraças. Até porque no meio da anarquia a coisa correu bem graças à inteligência e cabeça fria de meia dúzia – eu apenas me limitei a embarcar na onda. Quem dera mais dias do género, garanto que são coisas destas que me dão verdadeira pica.
PS: A 11 de Setembro de 2007 vou fazer um julgamento de uma senhora que decidiu simular uma gravidez e raptar uma bebé de um hospital. Levarei um rádio pequeno para ficar colado ao ouvido não vá o Bin Laden lembrar-se de derrubar outras torres quaisquer, o malandro.
9.9.07
The Clash - Should I stay or should I go
E como se esquecem tristezas futebolísticas e outras que não vêm ao caso, como é? Ouvindo isto. Outros que são grandes, muito grandes, bastante grandes, enormes. Não é que seja intolerante, mas quem não gosta dos Clash merece ser colocado numa jaula de tigres com o cio.