Em apenas três dias de trabalho fiz mais de 500 quilómetros de carro, uma ida a Espanha incluída, dediquei uma média de doze horas à vida laboral (o que eu gosto de vida laboral, mas não me ocorre melhor e como não aprecio repetições não vou escrever trabalho de novo como há duas linhas atrás), fui avaliado pelo meu desempenho e praticamente não tive espaço para mim nem para os que mais gosto.
Dá raiva – um bocadinho, apenas, que não sou dessas coisas – pensar que há menos de uma semana estava longe e sem a cabeça neste tipo de questões. E mais raiva ainda perceber que bastou pouquíssimo tempo para tudo voltar a ser como dantes.
Daí que atribua cada vez mais valor às coisas simples da vida (olha, escrevi vida outra vez). E que curtos mas marcantes momentos se transformem em eternidade na minha memória, atirando para trás o que não importa.
(Que raio de frase rebuscada. Mais quatro assim e acho que estou apto a escrever um livro cheio de lugares comuns, tipo Paulo Coelho ou outra besta do género)
(E agora vou ouvir Nina Simone que a senhora faz sentir-me nas nuvens sem ter fumado nada ou bebido mais que a conta)
31.10.08
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3 comentários:
Trabalhas metade do nome do jornal. Pensa que se trabalhasses na Mil Ideias, tinhas que ter 500 ideias por dia, se fosse no Século só ao fim de 50 anos podias voltar para casa e na Coca-Cola snifavas Coca todo o dia.
Ai,Pedro, ainda tens tanto para caminhar...
Mas, depois,quando estiveres do meu lado, chegarás à conclusão que afinal até passou depressa!
Para mim,acho que foi ontem.
Nunca me esquecerei do meu primeiro dia de trabalho.
Tão longe: 3 de Novembro de 1969.
Agora faz as contas...
Foi há pouco mais que anteontem. Também me lembro do meu primeiro dia de trabalho a sério num jornal: 15 de Março de 1999. Parece que não mas já lá vão quase dez anos. Isto para não contar com os nove meses na Pizza Hut, essa instituição onde juntei umas belas economias para ir passar quase três semanas a Espanha. Entrei lá a 20 de Fevereiro de 1998 e saí a 1 de Setembro do mesmo ano. E pelo meio estudava, ou fazia de conta.
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