18.11.08

Revolta (e muito)

Revoltante é ter que pagar dinheiro a relativo a uma empresa para a qual não trabalho há quatro anos e que comigo nunca teve um comportamento contratual digno de registo.

Revoltante é perceber que essa mesma empresa me chulou em tudo o que tinha a chular (não me pagando horas extraordinárias, por exemplo) e agora nem sequer se oferece para compensar os danos perante as Finanças que vou ter que cobrir para que não entre em prejuízo perante o Estado por causa de erros que ela, a empresa, provocou.

Revoltante é perceber que o patrão dessa mesma empresa continua impune apesar de já ter cometido infindáveis ilegalidades com antigos e actuais funcionários.

Revoltante é saber que esse mesmo patrão, de seu nome Eduardo Costa, faz tudo para arrastar nos tribunais o pagamento de compensações a pessoas que despediu sem sequer lhes garantir os mais básicos direitos previstos na lei.

Revoltante é saber que esse senhor é presidente de um clube que disputa uma das divisões profissionais do nosso futebol, tem empresas nos mais diversos ramos e continua a receber chorudas ajudas do Estado para, supostamente, promovê-las e expandi-las quando as suas artimanhas são mais que públicas.

Revoltante é ter a sensação que vou desembolsar 150 euros por erros de gestão de contabilidade com os quais nada tenho a ver (valor ridículo, contudo, comparando com as verbas muito mais elevadas que outros ex-colegas vão ter que pagar). É a mesma sensação que teria se pegasse nos tais 150 euros e os atirasse para o caixote do lixo.

Revoltante é ter eu que compensar uma dívida que não contraí perante o Estado sob pena de ser visto como infractor e não a entidade patronal que patrocinou a fraude.

Revoltante é cada vez mais apercerber-me que num país de merda como este são os pequenos contribuintes que mais têm a autoridade fiscal à perna, enquanto empresários sem escrúpulos cometem as mais diversas atrocidades perante as Finanças e não são punidos a bem do suposto estímulo da economia nacional.

Por isso é que de mim Portugal não leva absolutamente mais nada a não ser o obrigatório. Não merece.

3 comentários:

rute disse...

Portugal dá-te a minha amizade. Leva-a que é livre de impostos e não precisa de retenção na fonte. Beijinhos.

Anónimo disse...

já reparaste que o baixinho se chama eduardo oliveira costa e o josé do bpn tb. é oliveira costa?

John River disse...

Revolta tanto que já não tenho palavras. Acho absolutamente dantesco o princípio de entrar numa empresa onde tudo é ilegal e sair a fazer cobranças aos funcionários que entretanto foram despedidos por acção dessa fiscalização. É como multar um ferido grave por estar deitado na via.
Vão à merda!