Ter o trabalho de andar quase meio ano a fazer uma manta gigante é, já de si, um bocadinho estúpido. Pendurá-la depois numa ponte, parece-me mais idiota ainda. Agora, a questão é que aquilo tinha tanto de enorme que ontem jantei mesmo em frente à Ponte D. Luiz, cuja vista nocturna é das poucas coisas que me faz ter orgulho em ter nascido e viver no Porto, e não vi porra de manta nenhuma quando ela deveria lá estar exposta desde o início da tarde. Terá sido culpa do vinho que bebi? Não é suposto porque não me excedi por aí adiante. Das cervejas que se seguiram? Nada provável. Por ter depois estado entretido a tentar perceber o que as linhas das mãos podem significar em relação aos caminhos da vida? Quem sabe. Aliás, isto de andar a ler a sina e de me a lerem descambou em qualquer coisa a modos que muito agradável. Mas isso agora não interessa e ninguém tem nada a ver com isso...
(Não, a foto não tem a manta. A beleza de um monumento como este impede-me de ajudar a estragar-lhe a imagem com tal parvoíce)
1 comentário:
Mas a manta está lá, de facto. Mesmo no meio da ponte, por cima do arco. E sim, parvamente estendida e orgulhosamente idiota. É arte...
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