Quando for grande quero fazer discursos de Ano Novo e dizê-los na televisão como se fosse o Presidente da República. A receita é simples. Misturam-se meia dúzia de banalidades sobre os tempos difíceis que nos esperam, acrescentam-se palavras bacocas de esperança e espera-se pelos elogios deste e daquele. Estes últimos funcionam exactamente como as reacções àqueles jantares oferecidos pelos amigos que não correm lá muito bem: parabéns que está tudo óptimo e depois, costas voltadas, toca a ir buscar sais de fruto porque as dores de estômago não se aguentam mas não se teve coragem para revelar que a carne estava mal assada e a sobremesa uma bosta.
By the way, ao ouvir as palavras de Cavaco Silva vieram-me à memória outras de um outro Presidente que aproveitava a data para enviar tudo o que era recado para um Governo autoritário onde o bem estar dos portugueses estava em segundo lugar. Quem liderava esse Governo, quem era? Se responderam Cavaco Silva acertaram em cheio.
2.1.09
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário