Daqui a uns dias juro que explico a razão de este antro andar tão abandonado de há uns tempos para cá. Até lá vou preparar-me para o Outono. E continuar a espantar-me com a força de querer agarrar a vida de uma das pessoas a quem mais devo, das ínfimas que verdadeiramente adoro e por quem era capaz de fazer tudo e tudo o que fizesse seria sempre pouquíssimo. Um Pai, resumidamente.
22.9.09
3.9.09
Cheira-me...
O novo filme de Giuseppe Tornatore, Baaria, ainda não estreou em Portugal. No entanto, os críticos do Público não perderam tempo e começaram já a desancá-lo.
Temos obra-prima.
2.9.09
O (meu) País Basco
Estive recentemente no País Basco e desmontei quase todas as ideias que tinha sobre o que na realidade lá se passa e quais as reais ambições nacionalistas/independentistas da região.
Para começar, quase ninguém fala basco. Apesar de ser uma língua ensinada nas escolas, difundida nos media (há três canais de televisão que transmitem exclusivamente em basco) e espalhada por tudo o que é indicação oficial (ruas, monumentos, edifícios, etc), o certo é que basta andar na rua e perceber que as conversas são em castelhano. Seja no centro de Bilbau (supostamente a cidade onde os fervores nacionalistas mais se fazem sentir), seja numa pequena aldeia encravada na montanha. E a língua é um dos principais factores de identidade de um povo, basta ver que na Catalunha toda a gente se expressa em catalão e na Galiza em galego.
Os sinais de apoio à linha radical da ETA são praticamente inexpressivos. Cartazes de apoio aos separatistas bascos (e corri Alava, Guipuzkoa e Biskaia, as três províncias bascas), não os vi. Murais do género vi-os poucos (uns três ou quatro e todos em locais isolados) e bandeiras de apoio aos presos etarras penduradas nas janelas só as vi duas (uma na zona antiga de Bilbau, a outra numa pequena aldeia na estrada que corre a costa até San Sebastian). San Sebastian onde estive um dia depois de uma manifestação de supostos apoiantes da ETA cujo impacto foi mínimo (quase tantos polícias como manifestantes) e ao qual a comunicação social (pública e privada, anti e pró-nacionalista) deu relevância menor.
O Athletic Bilbau, um dos maiores clubes de Espanha e o maior catalisador desportivo das ambições nacionalistas bascas, possui uma forte identidade nacionalista, é certo, mas apenas isso. Os adeptos (sim, eu estive no mítico San Mamés), comunicam-se em castelhano e não aproveitam os jogos para ensaiar protestos pró-independência. Os poucos que o tentam são assobiados pelos restantes.
Resumindo, o que o País Basco representa é uma região com forte identidade nacionalista. Confundir isso com o desejo independentista de uma pequena minoria é pura ilusão – ou querer falsear a realidade. E confundir nacionalismo com tendências independentistas é completamente absurdo, para não dizer ignorante.
Para começar, quase ninguém fala basco. Apesar de ser uma língua ensinada nas escolas, difundida nos media (há três canais de televisão que transmitem exclusivamente em basco) e espalhada por tudo o que é indicação oficial (ruas, monumentos, edifícios, etc), o certo é que basta andar na rua e perceber que as conversas são em castelhano. Seja no centro de Bilbau (supostamente a cidade onde os fervores nacionalistas mais se fazem sentir), seja numa pequena aldeia encravada na montanha. E a língua é um dos principais factores de identidade de um povo, basta ver que na Catalunha toda a gente se expressa em catalão e na Galiza em galego.
Os sinais de apoio à linha radical da ETA são praticamente inexpressivos. Cartazes de apoio aos separatistas bascos (e corri Alava, Guipuzkoa e Biskaia, as três províncias bascas), não os vi. Murais do género vi-os poucos (uns três ou quatro e todos em locais isolados) e bandeiras de apoio aos presos etarras penduradas nas janelas só as vi duas (uma na zona antiga de Bilbau, a outra numa pequena aldeia na estrada que corre a costa até San Sebastian). San Sebastian onde estive um dia depois de uma manifestação de supostos apoiantes da ETA cujo impacto foi mínimo (quase tantos polícias como manifestantes) e ao qual a comunicação social (pública e privada, anti e pró-nacionalista) deu relevância menor.
O Athletic Bilbau, um dos maiores clubes de Espanha e o maior catalisador desportivo das ambições nacionalistas bascas, possui uma forte identidade nacionalista, é certo, mas apenas isso. Os adeptos (sim, eu estive no mítico San Mamés), comunicam-se em castelhano e não aproveitam os jogos para ensaiar protestos pró-independência. Os poucos que o tentam são assobiados pelos restantes.
Resumindo, o que o País Basco representa é uma região com forte identidade nacionalista. Confundir isso com o desejo independentista de uma pequena minoria é pura ilusão – ou querer falsear a realidade. E confundir nacionalismo com tendências independentistas é completamente absurdo, para não dizer ignorante.
Duvido que a ínfima parte dos que um dia desejam um País Basco independente concorde com os métodos terroristas da ETA. O que todos pretendem é uma autonomia forte, que em parte já existe mas ainda pode ser reforçada, que lhes reconheça as suas características históricas e culturais. E com isso concordo em absoluto.
Agora só espero que a ETA não se lembre de ler isto e depois colocar uma bomba lapa debaixo do meu carro.
Agora só espero que a ETA não se lembre de ler isto e depois colocar uma bomba lapa debaixo do meu carro.
1.9.09
Ponderações
Estou cada vez mais decidido a sair daqui para fora.
Antes olhar a merda de longe do que senti-la na boca.
Antes olhar a merda de longe do que senti-la na boca.
Fridas
Não resisto a contar um episódio que tive o privilégio de vivenciar na FNAC aqui há uns meses, poucos, talvez em Julho (também precisões destas não são aqui necessárias que isto não é nenhuma acta oficial).
Andava em busca de bilhetes para o concerto que Frida Hyvönen deu em Braga (que acabei por não ir ver) quando me dirigi à bela da bilheteira da FNAC do Norteshopping e auscultei sobre a disponibilidade dos ditos.
- De quem?!
- Frida Hyvönen.
- Não sei se há, um momento que vou verificar no computador.
- ....
- Como é que disse que se chamava a cantora?
- Frida Hyvönen.
- Só um momento que estou a analisar.
- Ok.
- É, realmente não temos. Aliás, tem a certeza que ela se chama Frida Hy... como é que disse que era?
- Hyvönen.
- Não será Frida Kahlo? É que a outra não conheço.
Andava em busca de bilhetes para o concerto que Frida Hyvönen deu em Braga (que acabei por não ir ver) quando me dirigi à bela da bilheteira da FNAC do Norteshopping e auscultei sobre a disponibilidade dos ditos.
- De quem?!
- Frida Hyvönen.
- Não sei se há, um momento que vou verificar no computador.
- ....
- Como é que disse que se chamava a cantora?
- Frida Hyvönen.
- Só um momento que estou a analisar.
- Ok.
- É, realmente não temos. Aliás, tem a certeza que ela se chama Frida Hy... como é que disse que era?
- Hyvönen.
- Não será Frida Kahlo? É que a outra não conheço.
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