31.10.08

Sarajevo

Percorri estas ruas há dias. E aprendi a dar mais valor aos que sofrem com a estupidez da guerra.

Ora porra!!!!!

Em apenas três dias de trabalho fiz mais de 500 quilómetros de carro, uma ida a Espanha incluída, dediquei uma média de doze horas à vida laboral (o que eu gosto de vida laboral, mas não me ocorre melhor e como não aprecio repetições não vou escrever trabalho de novo como há duas linhas atrás), fui avaliado pelo meu desempenho e praticamente não tive espaço para mim nem para os que mais gosto.

Dá raiva – um bocadinho, apenas, que não sou dessas coisas – pensar que há menos de uma semana estava longe e sem a cabeça neste tipo de questões. E mais raiva ainda perceber que bastou pouquíssimo tempo para tudo voltar a ser como dantes.

Daí que atribua cada vez mais valor às coisas simples da vida (olha, escrevi vida outra vez). E que curtos mas marcantes momentos se transformem em eternidade na minha memória, atirando para trás o que não importa.

(Que raio de frase rebuscada. Mais quatro assim e acho que estou apto a escrever um livro cheio de lugares comuns, tipo Paulo Coelho ou outra besta do género)

(E agora vou ouvir Nina Simone que a senhora faz sentir-me nas nuvens sem ter fumado nada ou bebido mais que a conta)

29.10.08

Resuminho

Houve Zagreb até ao dia começar a raiar e aquelas cervejas bebidas no antigo cinema com gente linda e fantástica (thanks Sonja and congrats for your future marriage, your husband is a real lucky guy).

Houve gente de Espanha, Irlanda, Israel, Japão, Brasil, França, Suécia (grande Anders, já tens casa onde ficar quando vieres ao Porto), da Hungria, do Canadá (and so on) que entrou na minha vida.

Houve aquele hostel impossível de descrever em Ljubliana e o bar mais louco onde já estive (o vinho era uma merda mas isso não interessa nada).

Houve o François e a Florence (shut up, the queen is sleeping)

Houve aquelas conversas à noite com cinco graus de temperatura e uma bela de uma lareira a aquecer-nos mais que os cafés que fomos bebendo (e não apanhei nenhuma gripe, não).

Houve Sarajevo e os olhos lindos da Harisa e o espanhol perfeito da Alma. E histórias da guerra que me fez admirar-vos como vocês não imaginam.

Houve paisagens lindas, montanhas arrebatadoras e muito mar claro e calmo.

Houve a simpatia do casal que me acolheu em Dubrovnik e a viagem curta mas bem interessante a Montenegro.

Houve o inglês macarrónico do Bruno, que em Split me 'emprestou' uma casa que mais parecia um palácio.

Houve a curtíssima ida a Itália pelo meio dos Alpes Julianos.

Houve muita coisa para contar que não cabe nestas linhas.

E há uma vontade imensa de voltar àqueles lados nos próximos tempos.

27.10.08

Olá que estou de volta



As fotos das férias seguem dentro de breves instantes. Entretanto podem ir tomar um banho e demorar-se qb.

9.10.08

Boas férias para mim

A mochila está pronta (lá vou eu andar com mais de dez quilos às costas)

A vontade de partir é mais que muita (é a mania que tenho de conhecer lugares e pessoas novas)

A pica e a adernalina já não têm por onde mais subir (o pior é que fico com um formigueiro no estômago que só não incomoda porque já não penso em mais nada)

Os planos estão feitos (a piada vai ser saírem ao contrário, é quase sempre assim e ainda bem)

Os contactos estão estabelecidos (até já arranjei portugueses com quem partilhar uns cafés e cervejas em Sarajevo, que isto da internet e das comunicações rápidas tem as suas vantagens)

Ora bem, posto isto (e o que eu gosto da expressão posto isto), adeus não digo que isso é para quem morre e apenas pretendo passar férias temporárias e não etenas. Fiquem com um até já e qualquer já sabem: comprem. Ou então tentem entrar em contacto comigo enquanto ando pela Croácia e Bósnia. Se não atender é porque ou estarei muito ocupado ou fui sequestrado.

Abraços e beijinhos

Deste que se assina, coisa e tal, tal e coisa

6.10.08

Contagem decrescente

Só faltam quatro dias

Uma modelo italiana de 20 anos está a vender a sua virgindade na Internet. Resumidamente, e melhor resumo é impossível, vai pela primeira vez para a cama com quem lhe oferecer mais dinheiro.

Se é pura ou puta, deixo ao vosso critério.

Eu cá acho que ela é um exemplo singular no mundo: trata-se da única mulher que se consegue entregar à prostituição com o hímen absolutamente intacto. Um case study, diria.

1.10.08

Ora aqui está algo que pode mudar o mundo (ou não)

Depois de quase um mês em estado vegetativo, o meu telemóvel voltou a funcionar.

Bom, imagino que depois desta preciosa informação o vosso estado de euforia seja tal que só querem é correr nus pela rua fora. (hummm... acho que já li isto em qualquer lado)

Mas não façam tamanho disparate. Além de não merecer tanto, correm o risco de apanhar uma bela de uma constipição. (hummm... isto também não me soa nada estranho, não)

Qualquer já sabem: comprem. Ou então liguem-me.

PS 1: Aqui o vosso amigo mais uma semana e qualquer coisa e está a aventurar-se para o lado dos Balcãs. (não foi para meter nojo, apenas estou com uma pica tal que tenho de fazer qualquer coisa e gritar na varanda a esta hora da noite é chato)

PS 2: A votação para eleger o nome do meu novo gato está encerrada. Fiquei contente porque participaram mais pessoas que nas duas últimas eleições presidenciais. No entanto, devo dizer-vos que a escolha há muito que a defini. Foi a minha pontinha de ditador africano a funcionar. E, além disso, ter o animal anónimo durante semanas podia causar-lhe danos incalculáveis para o resto da vida. Ele está a marimbar-se e reage da mesma forma chame-lhe eu por Alfredo, Roberto, Maria das Dores, Batatinha, Filipe, Pedro, Tomé, João Pé Torto, Zé Carioca, Adozinda, Pantufa ou Aspirina C: não me liga absolutamente nenhuma, o ingrato.

PS 3: O anúncio oficial do nome fica para mais tarde que agora, para além de não me apetecer escrever mais palermices, tenho que ir dormir pois conto acordar quase de madrugada por razões profissionais (assim o despertador mo permita).

Obrigado, cumprimentos à família e Bom Natal.