28.11.07

Para ti

Perguntaste o que queria mais da vida?
Quero fazer-te feliz e deixar-me embalar por ti o resto da vida. Quero poder ultrapassar tudo e todos para sermos um só. Quero que descubras comigo o nosso caminho. Quero que sorrias ao meu lado ao acordar. Quero deixar no teu rosto pedaços de beijos para não te esqueceres nunca de mim. Quero que estejas comigo para perceber se isto é tudo loucura ou se podemos mesmo sonhar connosco. Quero sentir-te. Quero-te a ti.
É pedir muito?
Só tu saberás se sim ou não.
Adoro-te!

27.11.07

Mais para as quotas (das boas) *

Só para dizer que te amo
Nem sempre encontro o melhor termo
Nem sempre escolho o melhor modo.

Devia ser como no cinema
A língua inglesa fica sempre bem
E nunca atraiçoa ninguém.

O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe
Como o mar está do céu

* e com dedicatória

Isto de agora trabalhar em instalações novas onde é proibido fumar tem as suas vantagens. Reparei hoje que consumi menos de metade dos cigarros do que antes. O que é bom para a saúde e para a carteira mas péssimo para a eliminação do stress.
Ah, e agora consigo ver ao longe o mar. O que dá sempre uma paz que só eu sei como me acalma.
Já não é só o FC Porto que domina tudo o que é competição em Portugal. José Rijo, um ilustre habitante de Alpalhão, conquistou no passado fim-de-semana o seu 14º título de "Rei dos Bigodes".
Tal como no futebol, não faltaram no final referências do vencedor às circunstâncias complicadas que antecederam a vitória, a qual, segundo afirmou José Rijo ao 'Diário de Notícias', poderia ter sido mais saborosa ainda não fosse um ligeiro acidente doméstico que lhe decepou parte da profusa pilosidade facial: "O meu bigode tinha 80 centímetros e dava com ele duas voltas às orelhas fazendo-o descair sobre o nariz. Era um espectáculo".
Palavras para quê? É um artista português.

Já agora, que é feito da pasta medicinal Couto?

Ora, de que é que se queixa?

Com a tua devida autorização. Obrigadinho, depois empurro-te das escadas abaixo para demonstrar o carinho que tenho por ti. Que é muito. Só por aturares os meus desabafos mereces um prémio.

"Venho aqui mostrar a parreca".

"A minha pardalona está a mudar de cor".

"Às vezes prega-se-me umas comichões nas barbatanas".

"Tenho esta comichão na perseguida porque o meu marido tem uma infecção na ponta da natureza".

"Fazem aqui o Papa Micau?"

"Quantos filhos teve?" - pergunta o médico. "Para a retrete foram quatro, senhor doutor, e à pia baptismal levei três".

"Apareceu-me uma ferida, não sei se de infecção se de uma foda mal dada".

"Tenho de ser operado ao stick. Já fui operado aos estículos".

"Quando estou de pau feito... a puta verga".

"O Médico mandou-me lavar a montadeira logo de manhã".

Não, isto não é conversa de taberna ou de um bairro social dos mais reles do Porto e arredores. São algumas das relíquias com que foi brindado o médico Carlos Barreira da Costa no quentinho do seu consultório ao longo dos últimos 30 anos.
Garantem as estatísticas oficiais que apenas oito por cento dos portugueses conseguem poupar algum dinheiro do salário ao fim do mês. O valor mais baixo desde 1961!!!!
É tão bom viver no Terceiro Mundo e dizer que sou europeu. Tão bom que me apetece ir daqui para fora.
Não por aí há quem me queira levar para outro lado, não?
Só para daqui a uns anos poder afirmar, como o Zeca Baleiro, "minha vida agora é cool, meu passado é que foi trash".
Aceito propostas.

24.11.07

E agora a versão da mesma canção desta vez com a Katie Melua – uma querida a miúda. Interessante ver como o Shane McGowan está ligeiramente embriagado, as always, e a sua voz afectada pela falta de dentição. Continua a ser um senhor, mesmo assim. Irlandês e basta. Ou melhor, britânico filho de irlandeses. Mas com muito sangue celta a correr-lhe nas veias. E álcool.

23.11.07

Uma musiquinha de Natal, vá lá

Agora que o Natal se aproxima (socorro!!!), não vão faltar canções da época arrepiantes e a puxar para o vómito em cada esquina, nas lojas, na rádio e em tudo o que seja lugar. Esta é uma excepção. Os Pogues, do grande Shane McGowan, com a ajuda de Kirsty MacColl. Agora, livrem-se de me atirar à cara com o George Michael, a Celine Dion ou o Michael Bolton. As represálias serão duras.

You were handsome
You were pretty
Queen of New York city
When the band finished playing
They howled out for more
Sinatra was swinging,
All the drunks they were singing
We kissed on a corner
Then danced through the night

Eis como elas nos levam.... ou não *

Sally Albright:
Most women at one time or another have faked it.

Harry Burns:
Well, they haven't faked it with me.

Sally Albright:
How do you know?

Harry Burns:
Because I know.

Sally Albright:
Oh. Right. Thats right. I forgot. You're a man.

Harry Burns:
What was that supposed to mean?
Sally Albright: Nothing. Its just that all men are sure it never happened to them and all women at one time or other have done it so you do the math.

* When Harry met Sally, filme que em português tem um título digamos que bastante absurdo

22.11.07

Não me lembrava de ter um mês com tantas despesas inesperadas como este. A última foi um belo de um telemóvel depois de o meu velho Nokia ter decidido cegar. Ou seja, o visor deixou de funcionar e ficou como o 'Branca de Neve' do João César Monteiro. Para as coisas se comporem mais um bocadinho, raspei a porta do carro ao estacioná-lo no parque de estacionamento de um shopping.
Ando até a evitar fazer um teste de saúde nos próximos tempos não vá descobrir que só tenho três meses de vida.
Portugal foi ultrapassado pela República Checa no ranking de países mais desenvolvidos da OCDE, nada que me tenha surpreendido, e quase o era pela Finlândia em termos futebolísticos. Teria sido engraçado se fôssemos eliminados pelos escandinavos. Primeiro, porque gosto deles. Depois, porque a jogar desta maneira ninguém merece nada do que seja. Aliás, foi quase deprimente assistir ao jogo e à forma como a selecção se borrava de medo perante um conjunto claramente inferior. Enfim... Continuai a mimar os jogadores e o Scolari e as coisas vão ser como até aqui: andará toda a gente contente por sermos os primeiros dos últimos.
É o que eu digo, ser adepto de clube ganhador faz-me ficar mal habituado.

19.11.07

Ando apaixonado por uma bela de uma canção de um anúncio. Já tinha idade para ter mais juízo, eu sei, mas escusam de o lembrar porque a minha mãe repete-me isso as vezes suficientes para não me esquecer que ainda estou longe de corresponder ao perfil de um filho perfeito. Bem, o comercial em questão é o que publicita as virtudes, se é que as tem, do Fiat Bravo. E a música, descobri depois de uma incasável busca na internet, chama-se 'Meravigliosa Creatura' e é interpretada por uma senhora chamada Gianna Nanni, cujo nome não me dizia nada, embora em Itália pareça ser dos mais afamados. Se calhar eu é que sou igonorante, peço desculpa.
Deliciem-se com a 'canzone'. Tanto como eu é que não porque senão fico com inveja.

18.11.07

Vanessa da Mata ou a imutável mulher que se plantou ao meu lado

Deixa ver se consigo escrever isto respeitando as regras mais básicas do jornalismo. Só para matar saudades do trabalho que já lá não ponho os pés vai para mais de duas horas e isto de alombar dias e dias seguidos causa habituação tão perigosa como o tabaco.

Onde? Coliseu do Porto

Quando? Sexta-feira, 16 de Novembro, 22h00, concerto de Vanessa da Mata

Quem? Uma mulher que ficou ao meu lado

O quê? A moça acima referida, que deveria ter sensivelmente da minha idade (saída da adolescência vai para um ano ou dois, portanto) conseguiu permanecer 1h45 minutos estática, literalmente, enquanto a Vanessa da Mata se agitava no palco tentando espevitar uma multidão que dela apenas conhecia a intragável (já não a posso ouvir mais, porra), Boa Sorte/Good Luck e se marimbava para o resto das canções, as quais apenas eu e mais meia dúzia parecíamos já ter escutado em qualquer lado. Pois a referida senhora não mexeu uma vez que fosse uma parte do corpo, não esboçou um sorriso e manteve uma cara que denotaria muito mais satisfação caso estivesse num funeral.

Porquê? Isso tentei eu perceber durante todo o concerto mas não consegui. Ou seja, além de me concentrar no palco, tive a mente a divagar num assunto paralelo completamente absurdo. Característica dos Gémeos, pessoas que não conseguem estar concentradas apenas numa coisa ao mesmo tempo.

Como? A resposta anterior cabe nesta. Mas que ficar um concerto inteiro de trombas e imóvel foi uma situação nova para mim, isso foi. E estar ao lado de uma pessoa assim digamos que não é lá muito agradável. A dada altura comecei a sentir-me mal por ela. Estive até para lhe dar dois estalos na cara e pedir que acordasse, valeu que ainda vou pensando nas coisas antes de as fazer.

Falando do concerto em si, pode dizer-se que foi engraçadinho sem ter sido excepcional. Concerto de single, como chamo aos 'shows' onde a maioria do público presente apenas conhece uma ou duas músicas do artista que está em palco.

Até já há imagens no Youtube e tudo... Tremidas, é certo. Bom de perceber, portanto, que não foram recolhidas por mim. Se o tivessem sido, saíram uma perfeição, como bem devem imaginar. Paciência. Fica um cheirinho, apenas.

Mais alguma coisa ou posso pedir a conta?

15.11.07

High Fidelity

E já que estou numa de música, cá fica um dos melhores filmes sobre a mesma que vi até hoje. Como o John Cusack, um actor tão bom como tão simples, e o Jack Black, que não aprecio por aí além mas que aqui até não me desagradou. Para rever daqui a pouco tempo, tenho quase a certeza. Já agora, está a aproximar-se o Natal e tal e coisa...


E agora pouco barulho que estou em contagem decrescente para ir ver esta menina.

Só espero é não ter que levar com a euforia do público quando ela começar a cantar a Boa Sorte/Good Luck, por sinal uma das músicas mais fraquinhas que até agora deu a conhecer.
E que me deixem curtir em paz quando espalhar os primeiros acordes da "Fugiu com a Novela", a "Você vai me Destruir" ou a "Vermelho".
Uma pena que não estejas aqui para me acompanhar. Porque está "um frio que suplica um aconchego" e queria partilhar contigo"beijos intermináveis até que os olhos mudem de cor".

Agora que a rádio é obrigada a passar 25 por cento de música portuguesa, apetecia-me perguntar aos nossos autores, cantores e afins se se sentem orgulhosos. Se fosse eu não me sentiria por uma razão muito simples: é que se até aqui não foi ouvida tanta música nacional como seria desejável, tal aconteceu ou por falta de qualidade da mesma ou por incompetência dos que a deveriam promover e divulgar. Ter que ser o Estado a surprir lacunas que a inciativa privada não consegue suprir parece-me sempre um mau sinal. Porque ouvir certas coisas por obrigação não é interesse público, trata-se simplesmente de parolice e miserabilismo. Sabe a esmola.

Bem, mas vou parar de falar mal e fazer como tu, grande Rute. Divulgarei algumas das nossas relíquias e depois deixo ao critério de cada um se a lei nos fará chorar, rir, vibrar, atirar da ponte abaixo ou tentar o suicídio numa estrada de grande movimento. Ou, simplesmente, ter vergonha do país em que vivemos, como muitas vezes tenho.

Para começar, o Eduardo Nascimento, o porta-voz do Portugal fascista do Minho a Timor que representou o país no Festival da Eurovisão de 1967 com o tema "O vento mudou". Ou, como diz o voz off, 'U ventu mudu'.

Quando estou com gripe, como é o caso, é disto que me lembro amiúde. Não sei porquê. Ou melhor, até sei, mas não vale a pena avacalhar. You know what i mean...

14.11.07

"My life is just a slow train crawling up a hill", canta ela. A minha vida também é mais ou menos isso. Só não sei onde é a estação final e se o caminho de regresso será penoso ou agradável.

13.11.07



Este senhor que aqui aparece na imagem, Mateus de seu nome, foi pela primeira vez ao veterinário este fim-de-semana. A viagem, a sua estreia em grandes aventuras externas depois de longos meses confinado às quatro paredes do meu apartamento, correu melhor do que esperava. Quer dizer, o miar estridente dele provocou-me surdez ligeira no ouvido esquerdo, mas tudo bem, o amor aos animais é bonito e eu aprecio. Desde que não leve uma cornada de um touro ou outra ferradela de um dobbermann dar-me-ei por feliz e continuarei a clamar pelos direitos dos ditos sem que caia no ridículo, como muita boa gente (?) faz. O que importa é que o gato está agora vacinado contra tudo o que é doença, pesado numa balança infalível (quatro quilos e meio, o monstro) e não irá haver parasita que o mate aos bocadinhos. Pior mesmo foi o que paguei por tudo isto. Garanto que se fosse eu o consultado desembolsaria muito menos – aliás, ando a adiar uma ida ao médico há meses. Interessante foi ter ficado com um boletim sobre o estado de saúde do paciente, completado com algumas informações bastante úteis. Como a que sua raça é a "Europeu Comum". Mais do que eu, portanto, que se fosse um europeu comum gabar-me-ia de ter as mesmas condições dos restantes europeus de primeira linha e não andava para aqui a brincar à vidinha num país que só é Europa por acidente de geografia.

12.11.07

Ser adepto do FC Porto é, realmente, torcer por um clube especial. Depois de ter procurado bater o record de vitórias, objectivo que acabou por não alcançar por mera infelicidade, eis que o FCP levantou a cabeça e partiu em busca de um novo propósito: superar o número de empates consecutivos em jogos para o campeonato. Pelos vistos, parece que a coisa está correr bem. Oxalá os árbitros continuem a ajudar a tal desiderato, como tem acontecido até aqui.

Algo que o FC Porto poderia fazer, para bem do meu ego, era interromper esta série de empates no jogo da Luz frente ao Benfica. Aí, o que gostaria mesmo era de ganhar com um golo no último minuto de descontos marcado da forma mais absurda possível, tipo o Sektioui acertar com o nariz na bola, o Quaresma engatar uma trivela bem engatada a 35 metros da baliza ou o Luisão atrasar do meio campo para o Quim e este deixar passar a redondinha por debaixo do pé direito. Isso é que era.

9.11.07

Vanessa da Mata

Esta menina vem cá este mês. Já que não poderei ouvi-la abraçado a quem quero, aceito sugestões a quem me pretenda acompanhar. Esqueçam é os amassos, isso está fora de questão por muito que goste de vocês. Beijinhos na testa ainda vá, o resto é abuso.

Está o tempo tão bom e anda um monte de gente a pedir um Inverno como deve de ser. É por isso que às vezes me apetecia perder a cabeça e desatar a espancar quem merece. Pena dar chatice. E fazer doer os nós dos dedos.
Isto tudo para dizer o quê? Que não sei o que fazer com a minha roupa mais quente. Camisolas acho que ainda não as usei e até as tenho jeitosas, seria um crime deitá-las fora. Dar aos pobres daqui não vale a pena porque o calor está igual para todos.
Acho que as vou mandar para África, não tarda muito e começa lá a nevar.
E envio papas Cerelac também. Não gosto de ver vestuário a nadar nos corpos de ninguém.

7.11.07

Zeca Baleiro - Balada de Agosto

Eu sei que isto parece mal vindo de um homem. Mas este moço faz-me sentir bem, mesmo quando canta supostas lamechices. O mérito acho que é esse. Transformar o que podia ser uma bela bosta em algo com o mínimo de sensibilidade. Gostei, gosto e acho que vou continuar a gostar.

6.11.07

Ainda mal refeito do recente acidente que deixou uma singela mossa na porta dianteira direita do meu carro e hoje ia espetando-me outra vez. Fiquei a milímetros de uma viatura cujo condutor se lembrou de travar de repente para abordar uma dessas mulheres que tem como posto de trabalho a rua e usa roupas ridículas para atrair clientela. Uma puta, vá.
Só gostava de saber quem iria ficar mais lixado se houvesse um embate. Se eu por ter mais uma despesa, se ela por perder uma oportunidade de engordar a carteira.
Treze mortos num violento acidente de viação e as duas estações que supostamente se dedicam exclusivamente a notícias, SIC N E RTP N, a nadarem completamente ao lado da actualidade no momento em que ela acontecia. A primeira manteve o intragável programa onde três supostos adeptos famosos dos grandes clubes debitam baboseiras sobre o mundo do futebol. A outra brindou-nos com uma apropriadíssima reportagem sobre índios da Amazónia.
Fazer televisão assim também eu. Teria era vergonha.

3.11.07

There's two kinds of people in this world, there's winners and there's loosers. Okay, you know what the difference is? Winners don't give up


Já tinha saudades destes dias pasmacentos de Outono, de passar folgas de manta pelos joelhos a ver filmes e filmes, de adormecer no sofá ouvindo os outros na rua e a tentar perceber o que lá fazem quando podiam estar bem mais confortáveis em casa..

E de ter surpresas boas.

Agora vamos ao "Último Rei da Escócia".

1.11.07

Weapon Of Choice - Fatboy Slim

Natacha, eu sei que copiar ideias dos outros não é lá muito bonito. Mas enriquecer o meu antro de estupidez com este magnífico momento do grande Christopher Walken, um senhor, é irresistível. Depois, se quiseres, podes espanacar-me. Desde que não me rebentes a cana do nariz em pedaços fininhos tudo bem. Há quem diga que dói muito. Ou atropela-me, deve ser engraçado. Escolhe.