31.12.08

2009

2009 vai ser ano de crise? Que se foda!

2009 vai é ser ano para encarar com o maior optimismo do mundo.

É a diferença entre viver e andar a contar os dias para a morte.

Bom 2009 para todos.

Algo para lá de bonito para terminar 2008 *

Just like a bird that sings up the sun
In a dawn so very dark
Such is my faith for you
Such is my faith
And all the world's darkness can't swallow up
A single spark
Such is my love for you
Such is my love

There is a kingdom
There is a king
And he lives without
And he lives within

The starry heavens above me
The moral law within
So the world appears
So the world appears
This day so sweet
It will never come again
So the world appears
Through this mist of tears

There is a kingdom
There is a king
And he lives without
And he lives within

* e também para recordar o melhor concerto que vi este ano.

22.12.08

Bom Natal etc e tal

Por mais que tente, não consigo encontrar música natalícia mais excelente do que esta.

21.12.08

Perfeito!!!!!!!

All I need is a little time,
To get behind this sun and cast my weight,
All I need is a peace of this mind,
Then I can celebrate.

All in all theres something to give,
All in all theres something to do,
All in all theres something to live,
With you ...

All I need is a little sign,
To get behind this sun and cast this weight of mine,
All I need is the place to find,
And there Ill celebrate.

All in all theres something to give,
All in all theres something to do,
All in all theres something to live,
With you ...

19.12.08

Deolinda - Clandestino

Isto é tão bom, que confesso ficar arrepiado (literalmente) quando escuto pérola tão bem polida. Lá está, é uma das poucas coisas que me faz ter orgulho de ser português. Dá vontade de chegar perto dos moços e os encher de beijos e abraços para lhes agradecer o prazer que me proporcionam.

A letra é prenda de Natal. Um bom exemplo de como é fácil oferecer algo barato e de grande qualidade.

"A noite vinha fria
negras sombras a rondavam
era meia-noite
e o meu amor tardava

a nossa casa, a nossa vida
foi de novo revirada
à meia-noite
o meu amor não estava

ai, eu não sei aonde ele está
se à nossa casa voltará
foi esse o nosso compromisso

e acaso nos tocar o azar
o combinado é não esperar
que o nosso amor é clandestino

com o bebé, escondida,
quis lá eu saber, esperei
era meia-noite
e o meu amor tardava

e arranhada pelas silvas
sei lá eu o que desejei:
não voltar nunca...
amantes, outra casa...

e quando ele por fim chegou
trazia flores que apanhou
e um brinquedo pró menino

e quando a guarda apontou
fui eu quem o abraçou
o nosso amor é clandestino"

Agora um bocadinho (mas um bocadinho só) mais a sério: o que acontece quando pura e simplemente nos demitimos de tentar justificar algo que tem tanto de estranho como de assustadoramente bom? Nada. É o melhor para que tamanha sensação se prolongue para lá do infinito.

O mais curioso é ao fim destes anos de vida (não são muitos, mas os suficientes para julgar perceber alguma coisinha disto) descobrir que ainda é possível deliciar-me com algo que não cabe no campo das definições. E que também não quero que caiba para não estragar nada.

Porquê isto? Porque me apetece. E este blogue é meu e eu faço dele o que quiser.
E se de repente um desconhecido lhe oferecer flores? Não, não é Impulse. É mariquice, especialmente se a oferta for de homem para homem.

Isto tudo para dizer o quê? Que o jornalista iraquiano que atirou um par de sapatos ao Bush merecia ser condenado a prisão perpétua por manifesta falta de pontaria.

Vão estas questões ajudar ao fim de uma guerra qualquer? Parece que não, até porque ler blogues é coisa que guerrilheiros não fazem sob pena de levarem um tiro na cabeça para aprenderem a não dispersar a atenção por motivos fúteis.

E pronto, com licença que vou apanhar frio e venho já.

17.12.08

Deolinda

Difícil não é ser bom, difícil é ser original. Os ‘Deolinda’ é o projecto mais inovador da música portuguesa que surgiu nos últimos anos. Logo os quiseram catalogar. Que é fado, disseram. É nada, isto é uma mistura de tanta coisa interessante que não tem definição possível. O que, estranheza onde estás, está longe de ser defeito. Neste caso é qualidade. E muita. Se o som não é propriamente classificável (tamanhas as misturas que o caracterizam), a riqueza das letras é indescritível de tão boa. E esta, particularmente, é brilhante. Nunca o modo de ser, viver e encarar o dia-a-dia dos portugueses foi tão deliciosamente resumido.

Agora sim, damos a volta a isto!
Agora sim, há pernas para andar!
Agora sim, eu sinto o optimismo!
Vamos em frente, ninguém nos vai parar!

-Agora não, que é hora do almoço...
-Agora não, que é hora do jantar...
-Agora não, que eu acho que não posso...
-Amanhã vou trabalhar...

Agora sim, temos a força toda!
Agora sim, há fé neste querer!
Agora sim, só vejo gente boa!
Vamos em frente e havemos de vencer!

-Agora não, que me dói a barriga...
-Agora não, dizem que vai chover...
-Agora não, que joga o Benfica...
e eu tenho mais que fazer...

Agora sim, cantamos com vontade!
Agora sim, eu sinto a união!
Agora sim, já ouço a liberdade!
Vamos em frente, e é esta a direcção!

-Agora não, que falta um impresso...
-Agora não, que o meu pai não quer...
-Agora não, que há engarrafamentos...
-Vão sem mim, que eu vou lá ter...

16.12.08

Bom dia*

* Air - Playground Love

Acho que não é preciso acrescentar mais nada.

12.12.08

Joan As Police Woman

"It's safe
to be alone
and be lonely
but I found a gun
with no safety
and I am going to
shoot down my ghost town
completely
Because I know there's a
place for us"

É por isso que gosto tanto de música. Porque quando menos se espera há um qualquer pedaço de letra que acerta em cheio naquilo que vai na minha cabeça. Bendita seja.

E assim vai o mundo (ou não)

Pois que não me apetece escrever nada de especial. Além de estar com sono, facto de tal forma importante que a fome em África passa para segundo plano quando se fala nele, pouco ou nada me apraz expandir nesta coisa. E notem que consegui juntar apraz e o verbo expandir na mesma frase. Nunca vos disse que tenho qualquer coisa contra os verbos terminados na conjugação 'ir'? Bem me parecia que não. Mas se não o fiz foi, simplesmente, porque tenho a certeza de que não olhariam para mim da mesma forma se o fizesse. "Antes tivesses guinado para o mundo desconhecido da homossexualidade", diriam. E coisas como estas não são fáceis de escutar. Já me bastou quando me contaram que o Pai Natal não existe. Momento de enorme desgosto porque percebi então que fora um qualquer homem fajuto que me sodomizara na consoada do ano anterior e não uma personagem mítica. Algo como estar a pensar ser violado pela Nicole Kidman e no final concluir que, afinal, tinha sido a filha daquela gorda do segundo esquerdo traseiras a protagonista do acto.

Como vêem só sai estupidez. Mas a culpa não é minha. E não sou eu que estou a ter o sacrifício de ler isto. Sim, que enquanto por aqui passaram os olhos houve um número indeterminado de pessoas que contraíram o vírus da sida e outro não menos interminável que urinou nos lençóis. E vocês por aqui, em vez de contribuírem para evitar tragédias.

Ah, e tenho os lábios a gretar por causa do frio. Já agora, também preciso que saibam que considero a cidade do Porto a ideal para o suicídio em dias de Inverno. Não tivesse eu que fazer amanhã e talvez experimentasse a sensação. Infelizmente, a agenda não o permite. Além disso, o suicídio parece-me algo incontornável. Para quem gosta de ter o controlo das situações, como é o meu caso, não deve ser sensação agradável perceber que depois de morto é complicado regressar a este mundo. A não ser que reencarnasse num útero qualquer deste mundo. Risco que não pretendo correr. Ainda dava por mim a nascer num qualquer hospital do Paquistão ou da Papua Nova Guiné e ser mais feio do que sou é coisinha que acho que não suportaria fosse em que vida fosse.

(agora sim, posso ir dormir em paz depois de partilhar tamanha prosa com a digníssima audiência. Sinto-me, antes do mais, aliviado por poder contar com todos os que me visitam. Com os outros também, embora menos um bocadinho)

Abram alas para a grande Patti Smith

Ou, se assim entenderem, para o Noddy. No que diz respeito a abrir alas, cada um é como cada qual. Mas eu cá prefiro abri-las a personagens mais interessantes como esta senhora.

9.12.08

De maneira que é assim...

De repente, eis que nos cai no caminho algo de surpreendente que não dá vontade nenhuma de largar.

Apenas de agarrar entre as mãos e fazer com que o amanhã seja cada vez melhor.

Pronto, tenho dito. Até porque há alturas em por muito que se fale ou escreva nunca se consegue exprimir tudo o que se pretende exprimir.

7.12.08

O velho Manoel

Manoel de Oliveira faz esta semana 100 anos. Até lhe dava os parabéns, mas não o conheço pessoalmente e não é de bom tom deixar mensagens de congratulação a desconhecidos.
O que realmente comove, ou agonia, é saber que Portugal inteiro, ou quase, está a adular o senhor por ocasião do seu centenário. Não porque o homem é um bom cineasta – 95 por cento dos portugueses nunca viram um filme dele –, mas apenas porque porque um velhinho chega tão longe no tempo e ainda continua em actividade. E nós, tugas, gostamos disso. Gostamos de ver algo que fuja ao normal. De atirar moedas para a mulher de barbas nas feiras de diversões, de aplaudir o deficiente que faz malabarismo no meio da rua, de nos babarmos com os velhos que andam a chular dinheiro do Estado para satisfazer os seus gostos pessoais. Sim, porque é isso que Manoel de Oliveira faz, cinema é que não é de certeza (e eu já assisti a uma parte da obra do homem, por isso sei do que falo, não é como muita gente que sobre ele opina sem conhecer um segundo que seja dos seus filmes). Isso e humilhar os actores que trabalham para ele, há relatos vários de semelhantes episódios. Mas o povo aplaude. Se ele andasse para aí a realizar filmes pornográficos aplaudiria com igual entusiasmo, se matasse macacos com as mãos idem, igualmente se se entretesse a comer amendoins com casca. É velho e não joga dominó no jardim e chega. O resto não interessa nada.

4.12.08

Com licença que agora vou dormir que o meu mal é sono.

Desculpem qualquer incómodo.

Há livro de reclamações na recepção.

E cerveja gelada no frigorífico.

(acho que sobraram pedaços de pizza do jantar, também)

E agora uma que não é bem um recuerdo tatuado em mim mas interessante desafio à memória de quem a queira estimular

Ai que bem cheiras, que bem cheiras dos sovacos,
as meias rotas e os sapatos descascados,
Nas avenidas ainda fazes os teu engates,
e tudo graças ao perfume Patchouly...

oo oo ooh

Essas miúdas das escolas secundárias,
com cheiro a leite e o soquete bom a ....,
ficam maradas com o teu charme perfumado,
o teu perfume Patchouly...

Essas míudas das escolas secundárias
já fumam ganzas na paragem do eléctrico,
como essas barbas com mais mousse que pentelho,
dobram-se em duas quando estão ao pé de ti...

oo oo ooh

Porque elas gostam de te ver e cheirar
o teu perfume Patchouly

(um grande Patchouly na testa para todos os quantos que sentiram abrir pequenas gavetas escondidas e bolorentas da memória aos primeiros acordes da cançoneta)

Recuerdos de um passado que ficou tatuado em mim - Parte III

E estes senhores tive eu privilégio de ver a dois palmos dos olhos, quase literalmente. Tinha-os turvados de álcool e outras coisas, é certo. Mas isso agora nada e a minha mãezinha de vez em quando passa por aqui e pode ficar aborrecida.

Recuerdos de um passado que ficou tatuado em mim - Parte II

Recuerdos de um passado que ficou tatuado em mim - Parte I (*)

(*) sei que parece o pedaço de uma letra do João Pedro Pais, mas não consegui arranjar mais jeitoso. Quem quiser que me aperte os testículos até conseguir coisinha melhor.

2.12.08

The Mess Hall

Eis algo que se descobre por acaso e fica-se colado à primeira. Chamam-se The Mess Hall, são australianos e têm a particularidade de serem compostos apenas por baterista e guitarrista. Poderoso.