12.12.08

E assim vai o mundo (ou não)

Pois que não me apetece escrever nada de especial. Além de estar com sono, facto de tal forma importante que a fome em África passa para segundo plano quando se fala nele, pouco ou nada me apraz expandir nesta coisa. E notem que consegui juntar apraz e o verbo expandir na mesma frase. Nunca vos disse que tenho qualquer coisa contra os verbos terminados na conjugação 'ir'? Bem me parecia que não. Mas se não o fiz foi, simplesmente, porque tenho a certeza de que não olhariam para mim da mesma forma se o fizesse. "Antes tivesses guinado para o mundo desconhecido da homossexualidade", diriam. E coisas como estas não são fáceis de escutar. Já me bastou quando me contaram que o Pai Natal não existe. Momento de enorme desgosto porque percebi então que fora um qualquer homem fajuto que me sodomizara na consoada do ano anterior e não uma personagem mítica. Algo como estar a pensar ser violado pela Nicole Kidman e no final concluir que, afinal, tinha sido a filha daquela gorda do segundo esquerdo traseiras a protagonista do acto.

Como vêem só sai estupidez. Mas a culpa não é minha. E não sou eu que estou a ter o sacrifício de ler isto. Sim, que enquanto por aqui passaram os olhos houve um número indeterminado de pessoas que contraíram o vírus da sida e outro não menos interminável que urinou nos lençóis. E vocês por aqui, em vez de contribuírem para evitar tragédias.

Ah, e tenho os lábios a gretar por causa do frio. Já agora, também preciso que saibam que considero a cidade do Porto a ideal para o suicídio em dias de Inverno. Não tivesse eu que fazer amanhã e talvez experimentasse a sensação. Infelizmente, a agenda não o permite. Além disso, o suicídio parece-me algo incontornável. Para quem gosta de ter o controlo das situações, como é o meu caso, não deve ser sensação agradável perceber que depois de morto é complicado regressar a este mundo. A não ser que reencarnasse num útero qualquer deste mundo. Risco que não pretendo correr. Ainda dava por mim a nascer num qualquer hospital do Paquistão ou da Papua Nova Guiné e ser mais feio do que sou é coisinha que acho que não suportaria fosse em que vida fosse.

(agora sim, posso ir dormir em paz depois de partilhar tamanha prosa com a digníssima audiência. Sinto-me, antes do mais, aliviado por poder contar com todos os que me visitam. Com os outros também, embora menos um bocadinho)

3 comentários:

rute disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
rute disse...

O quê? O Pai natal não existe? Buaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Anónimo disse...

Há muito que não lia algo assim. Vindo de ti, é claro!...