31.3.08

Boa semana (I hope)

Black Cherry - Goldfrapp

Pulp

Dose dupla de uma das minhas bandas favoritas. Especialmente quando estou bem disposto.

Não sei se já disse, mas na adolescência era alto, magro e descoordenado como o Jarvis Cocker, o vocalista. E também cheguei a ter um penteado tão ridículo como o dele. Sim, admito que já fui assim. E escusam de pedir para mostrar fotos da época que jamais o farei.

Acho que depois de ter lutado contra a morte quando nasci – sim, que quando a minha mãezinha me deu à luz eu tinha o cordão umbilical enrolado no pescoço com três nós e vim ao mundo mais morto que outra coisa – mais nada, ou quase nada, me vai importunar. Pelo contrário, dá-me cada vez mais gozo lutar por aquilo que quero, por quem quero. Até o que parece impossível.
Posso ter milhares de obstáculos pela frente. Mas é como diz o meu pai: o que custa a conquistar dá mais prazer que o resto.
E Fernando Pessoa, que não é o meu pai, também escreveu uma coisa em que penso muitas vezes. Algo como isto (cito de memória): guardo todas as pedras que se atravessam no meu caminho; um dia vou construir um castelo.

Se quisesse dizer melhor não conseguiria. A minha vida é assim. Um monte de pedras que um dia vão transformar-se num bonito castelo. Por isso as vou recolhendo e guardando com carinho. Para que um dia possa olhar para trás e dizer que fiz tudo para merecer o que o presente me oferece de bom e esquecer o sofrimento por que passei para o conseguir. Com quem mais quero do meu lado.
As enfermeiras da Clínica San Rafael, da cidade de Cádis, no sul de Espanha, foram punidas porque se recusaram a usar mini-saia no trabalho. Está tudo aqui.

As moças queixaram-se que nem sequer se podiam baixar para atender os pacientes que estão deitados nas camas e, vai daí, decidiram desobedecer ao patrão e passar a usar calças, as tolas. Tamanha ousadia valeu-lhe o desconto de 30 euros no salário.

Acho bem que lhes tenham reduzido o ordenado. O ambiente numa clínica é tão deprimente, que ver umas pernocas bem feitas regala a vista dos mais moribundos.

Só não percebi se a tal clínica também obrigava os enfermeiros a vestir mini-saia....


Já agora, não deveria ser obrigatório as minhas camaradas de profissão usar saia curta? É de fazer um abaixo-assinado. Ou então, se medida não for para a frente nos próximos quinze dias, proponho uma greve. Já que não se disponibilizam para aliviar o stress dos homens durante o horário de fecho, ao menos que nos compensem de alguma maneira.
Parece que já há mais muçulmanos que católicos no mundo.

E andam para aí a explodir como se não houvesse amanhã, caso contrário a abada seria ainda maior.

Já agora, não seria tempo de a Igreja Católica rever as suas posições e condutas para conseguir perceber que o afastamento das pessoas se deve não à falta de fé mas ao facto de a mensagem estar a ser passada de um modo tão obtuso que afasta qualquer crente?

29.3.08

Eis o meu lema de vida pela boca deste Senhor (uma vénia para ele, pf)

Tira a mão do queixo não penses mais nisso (humm... que isto faz lembrar-me alguém)
O que lá vai já deu o que tinha a dar
Quem ganhou ganhou e usou-se disso
Quem perdeu há-de ter mais cartas pra dar
E enquanto alguns fazem figura
Outros sucumbem à batota
Chega aonde tu quiseres
Mas goza bem a tua rota

Enquanto houver estrada pra andar
A gente vai continuar
Enquanto houver estrada pra andar
Enquanto houver ventos e mar
A gente não vai parar
Enquanto houver ventos e mar

Todos nós pagamos por tudo o que usamos
O sistema é antigo e não poupa ninguém
Somos todos escravos do que precisamos
Reduz as necessidades se queres passar bem
Que a dependência é uma besta
Que dá cabo do desejo
A liberdade é uma maluca
Que sabe quanto vale um beijo

27.3.08

Bom dia

Come fly with me, lets fly lets fly away
If you can use, some exotic booze
Theres a bar in far bombay
Come fly with me, well fly well fly away

Come fly with me, lets float down to peru
In lama land, theres a one man band
And hell toot his flute for you
Come fly with me, well float down in the blue

Once I get you up there, where the air is rarefied
Well just glide, starry eyed
Once I get you up there, Ill be holding you so near
You may here, angels cheer - because were together

Weather wise its such a lovely day
You just say the words, and well beat the birds
Down to acapulco bay
Its perfect, for a flying honeymoon - they say
Come fly with me, well fly well fly away

Boa semana para quem merece....

Quem não a merecer que a procure

26.3.08

Não sei se já disse isto, que de estimulante tem muito pouco, mas irritam-me as pessoas que me batem repetidamente no ombro para chamarem a atenção quando querem falar comigo.

Dá-me vontade de lhes arrancar as unhas dos pés aos pedaços. Ou de lhes espetar os dedos nos olhos e depois pedir desculpa.

Como sou pacífico, apenas as insulto por dentro.
Anda toda a gente indignada porque o Estado quer exigir aos noivos os recibos de tudo o que foi despesa de casamento. Acho bem. Se fosse eu a fugir aos impostos tinha as Finanças em cima não tardaria nada. E não ando para aqui a organizar festas de matrimónio. Pelo contrário, a única que organizei redundou em divórcio quatro anos mais tarde. Portanto, está visto que não tenho jeito para a coisa.

Por falar nisso, não me recordo se os donos das instalações onde consumei a bela da festa chegaram a passar recibo. Paciência, o que paguei depois pelos papéis do divórcio também não deu para descontar no IRS. E ainda foi bastante.

25.3.08

Fosse sempre assim

Gosto de dias assim. Que começam com conversas surreais no elevador com alguém que nunca tinha visto antes na vida e com quem voltei-me a cruzar-me pouquíssimas horas depois no meio do nada. Prosseguem com diálogos mais irreais ainda no local de trabalho, intervalados por uma hora de almoço em que deu para desabafar algo muito meu com alguém que tenho como mais do que amigo. E dele ouvir igualmente coisas que ficam entre nós e assim consolidam uma amizade que tem tanto de longa como de sólida. Tempo ainda para cruzar-me na rua mais movimentada da cidade com as últimas pessoas que lá esperava encontrar – mas ainda bem que as encontrei, deu para matar saudades boas (não, não vou ver amanhã Portishead, deixei de gostar deles a partir do momento em que não consegui bilhete para o concerto).
Seguiu-se uma tarde de trabalho de atirar para o chão, compensada com o alcançar de algo que julgava irremediavelmente perdido depois de tempo infinito perdido em buscas que me deram cabo da paciência e dos nervos. E que bem que sabem estas pequenas conquistas. Por isso é que ainda gosto muito do que faço, apesar de achar que qualquer dia tenho um acidente vascular cerebral por causa do stress.
Ponto final já em casa com um belo de um banho a servir de aperitivo para depois andar por aqui com um copo de bom vinho na mão a ouvir música que adoro enquanto penso nas coisas simples da vida – e nas mais complexas também, que sou gajo de emaranhar pensamentos como se não houvesse amanhã. Não importa se sozinho, interessa que em paz comigo mesmo.

24.3.08

Eu não disse que eles (os vídeos) iam aparecer vindos do nada?

Para que conste, estava à espera deles desde o final da semana passada.

Está visto que o Youtube já está adaptado ao ritmo exasperantemente lento de Portugal.
É pena.

Esta musiquinha não é bem da 'Geração Nestum'. Mas põe-me bem disposto de tão engraçadinha.

Viva a geração Nestum!

Foi uma bela noite, foi... Pena a última meia-hora, mas não se pode ter tudo...
E viva quem tem 30 anos ou mais. É tão bom!

Dúvida existencial

Agora que a Páscoa já passou, alguém se importa de me explicar por que raio de razão associamos ovos – sejam de chocolate, saídos do cu da galinha, daqueles cozidos com casca de cebola e carregadinhos de pimenta, whatever – à época?
Sim, é que é algo que me causa confusão.
E dores de estômago, também.

23.3.08

Queria eu partilhar a primeira musiquinha que ouvi nesta Páscoa e o Youtube insistiu em me contrariar, o grande animal. Paciência, fica para a próxima. Aliás, se for como da outra vez, qualquer dia aparecem aqui uns três ou quatro vídeos seguidos vindos do nada. Incluindo aqueles da bela da 'Geração Nestum', a minha, pois claro... Recuerdos de uma noite bem passada recentemente.

Não sei se já disse mas sabe-me andar nos 30 anos.
Quer dizer, sabe-me bem numas coisas, noutras a maturidade só provoca dores de cabeça que deviam ser evitáveis não fosse outra parte do corpo, que ainda não consigo controlar, me trair (a palavra traição é tão feia, não é? Por isso é que adoro ouvir falar em fiducia, confiança em italiano). Ainda por cima quando "no fundo do tempo foge o futuro, é tarde demais", como cantam os Xutos no 'Homem do Leme'. Penso tantas vezes nisto.

Boa Páscoa.
E não comam muitos ovos que faz mal ao fígado, aumenta o colesterol e engorda.

E celebramos a Páscoa por causa disto...

Jesus Cristo (JC) decidiu descer da cruz ao fim de três dias porque já não aguentava as dores nas mãos. Esta é a versão oficial que consta dos relatórios da Polícia Judiciária depositados na Torre do Tombo da cidade de Jerusalém. Um polícia meu amigo decidiu revelar-me toda a verdade. Joshua, que abriu em Portugal uma cadeia de restaurantes homónima e cá ficou até ser obrigado a fugir por dívidas ao fisco, deu-me as fotocópias onde são transcritas as últimas horas de agonia de Cristo. Ou melhor, daquele que toda a gente pensa ser Cristo mas afinal é simplesmente um vagabundo.
Passo a explicar. Estava JC em plena cruz quando, ao fim de dia e meio, percebeu que aquela merda estava mal pregada. De acordo com a documentação oficial, JC chegou à conclusão que não valia a pena morrer pelos outros e, sobretudo, finar-se com pouco mais de 30 anos e uma vida pela frente. Daí que viu um velho sem-abrigo a roçar-se nos seus pés e pediu-lhe ajuda. A troco de um pequeno milagre, solicitou-lhe que o despregasse. O gajo acedeu. No fim, suplicou-lhe uns trocos para uma cervejas, mas JC (que não era burro) pegou no indigente e espetou-lhe com classe na cruz que devia ser de Cristo. E partiu rumo às praias do Mar Morto para ir ter com umas gajas que entretanto Judas lhe orientou. Acabou por morrer em consequência de uma dose bem misturada de chá de menta, haxixe e vinho tinto. Dois meses depois de ter aterrado na Dead Beach Zone.
O outro velho, esse, ficou esquecido na cruz e o pessoal caiu que nem um pato e começou a entoar a tanga da ressurreição. O que afinal sucedeu foi o que o homenzinho, Raphael de sua graça, adormeceu mal foi crucificado e acordou no exacto momento em que os carrascos se preparavam para o levar para longe. Os fiéis, que nunca perceberam a troca de corpos, ficaram abismados e começaram a adorá-lo pensando que voltava à vida depois de morto.
Os ovos de Páscoa, por seu lado, têm origem na capacidade fecal de Raphael. O homem não se conteve e soltou-se várias vezes. Quem passava pensou que aquilo eram ovos para alimentar o povo faminto e a coisa passou a ser conhecida da maneira que todos hoje sabemos.
Boa Páscoa, seja lá o que isso for!

Obs: escrevi isto para um blog que mantive durante ligeiramente mais que pouco tempo já lá vão uns anos e de cuja existência já quase não me lembrava.

20.3.08

O meu pai é o melhor do mundo...

... não é nada... O meu pai é o meu pai. O meu e ponto final. Quero lá saber do pai dos outros quando tenho o meu velhote dos cabelos grisalhos, teimoso, etc e tal...

Bem, não era preciso ser Dia do Pai para dizer o que te vou dizer, mas cá vai. Atrasado, mas bem de cá de dentro.

Só sei é que me orgulho de ti. De tudo que és, foste, me ensinaste e deste. E não estou a falar de bens materiais, mas sim do que me proporcionou ser aquilo que sou hoje. De me teres transformado numa pessoa para quem a vida apenas faz sentido se seguida num caminho de rectidão, que se orgulha de ter herdado de ti o gosto em saborear aquelas pequenas coisas que nos enriquecem tanto, que sempre te escutou quando dizias que isto só vale a pena se lutarmos arduamente por aquilo que pretendemos pois só assim retiraremos mais gozo do que conquistamos, de nunca aceitar facilidades, de ter sentido de responsabilidade, respeito pelos outros e orgulho do que somos sem pisarmos quem está ao lado. Dos conhecimentos que me passaste sem nada impores, porque dava, e ainda dá, um prazer dos diabos ouvir-te.

Sabes, lembro-me perfeitamente de quando me passeavas ao colo no corredor de casa para eu adormecer – é a memória mais antiga e terna que tenho de ti. De quando íamos ao futebol aos domingos à tarde, das férias no Algarve, de me ensinares a nadar naquele mar calminho e quente, dos gelados que comia ao teu lado na esplanada do bar da praia (aquele que tinha o camaleão enorme, lembras-te), dos jantares naquelas noites quentes com a mamã e a Inês, dos convívios com os amigos que consideras mais que família, dos livros que me passavas para a mão, de ler jornais espraiado no chão da sala, de brincar contigo no sofá, das caminhadas...

Também houve coisas menos boas. Mas com o tempo fui instruindo a memória a reter apenas o que de mais positivo a vida me proporcionou, retirando das experiências negativas ensinamentos úteis para o futuro. Porque tu e a mamã sempre insistiram que não vale a pena andar para aqui amargurado com nada.

À medida que fui crescendo, tive em ti alguém que me serviu de porto seguro e sempre respeitou as minhas opções, fossem profissionais ou pessoais. Aliás, quando passei por um dos momentos mais difíceis da minha vida, não vai assim há muito tempo, uma simples frase tua significou tudo. Tu tens esse dom, de em poucas palavras conseguires exprimir o mais importante. É um conforto, sabes? Por isso é que mais que muitas vezes me sinto abraçado sem que seja preciso tocares-me, basta o pouco que te sai da boca.

Agora, e daqui para a frente, interessa-me é continuar a olhar para a ti e ver aquele teu sorriso discreto que denuncia que estás bem sem precisares de acrescentar nada. Ver-te abrir a porta de casa e dizeres à mamã que “chegou o pirata” – nem sequer imaginas como isso me faz sentir por dentro. De saber que vamos abrir ainda muitas garrafas de vinho juntos. E de ter a certeza que um dia, espero que daqui a não muitos anos, vais acarinhar tanto ou mais ainda um filho meu. Será um gozo enorme vê-lo chamar-te avô enquanto o pegas nos braços.

Ah, e vamos à Galiza não tarda nada. Quer dizer, teimosos como somos vamos discutir o percurso umas quinhentas vezes e ainda acabamos é em França. Mas não faz mal. É disso que eu gosto e sei que gostas também, velhote.


A música é para ti. Uma das nossas favoritas.

18.3.08

Sei que isto é completamente estúpido, mas...

Alguém conhece a receita ideal para conseguir eliminar e/ou reduzir drasticamente sintomas de raiva, desilusão, amargura e desalento?

Quem conhecer que me avise, por favor.

Obrigado.

Sai cançoneta de fazer bebés, pf

Confesso que só há pouco tempo comecei a prestar atenção (ia escrever dar ouvidos, mas pareceu-me demasiado estúpido) a uma rádio que se chama M80 e se dedica a passar êxitos das décadas de 70, 80 e 90. Bem, pelo que também me apercebi a playlist deve ter manga curta e não é raro ouvir canções com pouco mais de ano e meio.
Há duas coisas que é curioso verificar quando ouço a M80. Primeiro, que no meus tempos de adolescência havia coisinhas com muita qualidade mas outras que provocavam, e ainda provocam, a reacção pavloviana de meter dois dedos na boca para puxar o vómito. Como isto.
Depois, acho que em determinadas alturas a M80 funciona como uma espécie de emissão prolongada do 'Oceano Pacífico', esse lendário programa nocturno da RFM que prima por passar musiquinha digamos que a virar para o choco. Ou de fazer bebés. Resumindo, musiquinha ideal para banda sonora de noites quentes e suadas dentro do carro ali para os lados da praia de Leça (isto antecedido de uns copos no Batô, o bar onde fui mais feliz em tempos e onde já não ponho os pés vai para uma eternidade).
Que atire a primeira pedra quem nunca viveu esses momentos que tinham tanto de românticos como de excitantes por nunca se saber se se seria assaltado ou apanhado pela polícia. Desde que não me acerte na cabeça, tudo bem.

16.3.08

Amy Winehouse

And in this grey,
In this blue shade
My tears dry on their own

(só para ver se a coisa anima um bocadinho que tem andado bem cinzenta para estes lados).

15.3.08

Piercings

O Governo vai proibir piercings na língua.
Por acaso estou a pensar fazer um mas na sobrancelha. Vou é despachar-me antes que o Estado me impeça de furar a pele como bem me apetece.


Já agora, ainda se pode respirar ou saiu alguma lei que o interdita e não me apercebi?

Rita Redshoes

Esta menina é portuguesa, tem uma voz docinha e pela amostra que já ouvi dela, que foi pouca, está para lá da conta do que se tem feito por cá. E tem uma carinha que apetece morder e fazer miminhos durante uns minutos largos.

14.3.08

Frase do dia (ou da noite, melhor dizendo)

"Somos mesmo parvos, não somos?"

Até que somos. E sabes qual é o mal? É reconhecermos isso, lutarmos contra isso, não conseguirmos fazer nada contra isso e continuarmos a deixar que isso nos domine apesar de querermos atirar tudo o que nos faz mal para trás das costas.

Mas é tão difícil...

13.3.08

Bons dias!

Qualquer coisa é favor incomodar que hoje deu-me para acordar bem disposto. Pode ser que assim continue.

Soltas de Fernando Pessoa

Triste de quem vive em casa,
Contente com o seu lar,
Sem que um sonho, no erguer de asa,
Faça até mais rubra a brasa
Da lareira a abandonar!

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Quem pudesse gritar para despertarmos! Estou a ouvir-me gritar dentro de mim, mas já não sei o caminho da minha vontade para a minha garganta.

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Bendito seja eu por tudo o que não sei
gozo tudo isso como quem sabe que há o sol

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E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz

12.3.08

Antes do Amanhecer

Faith No More - Evidence

Hoje estou numa de marimbar para as músicas que só me trazem más recordações. Esta, por exemplo, leva-me para Tallin, onde vivi o meu pedacinho de "Antes de Amanhecer". Acho que já escrevi isto por aqui algures e não vai assim há muito tempo, se o Alzheimer não me trai.

Ena, ena...

... os senhores do Youtube já me deixam postar vídeos outra vez....
Grandes malucos, aqui a querer enervar uma pessoa durante dias a fio.
Se tivesse tido um enfarte ou um ataque de ansiedade gostaria de ver o que teriam feito por mim, gostaria.

Aimee Mann - You Do

Como ando sem paciência para escrever nada de nada, fica mais uma que sabe bem ouvir mais que de vez em quando. Sem vídeo, que não é necessário para nada, e da banda sonora de um dos meus filmes favoritos.

Daqui a uns tempos, dia 15 deste mês, faz nove anos que me iniciei nesta coisa do jornalismo. Parece que foi ontem (frase batida mas a mais adequada para o momento). Lembro-me perfeitamente do meu primeiro dia de trabalho, de como despachei uma página de Internacional com receio de estar a escrever merda a cada linha.

Sinto que ainda me falta aprender muito e orgulho-me de trabalhar, e de ter trabalhado, com profissionais que me ensinaram muito. Orgulho-me ainda mais por muitos serem meus amigos e aturarem a minha parovíce apesar de terem mais que idade para serem meus irmãos mais velhos ou até mesmo meus pais. Os outros, os que que me acompanharam nesta caminhada dentro e fora das redacções e marcam no BI mais ou menos o mesmo do que eu, souberam compreender aquele tolo que lança umas atoardas quando está stressado frente ao computador e atoardas idênticas em longas noites de copos (e foram tantas até hoje, ainda bem). E também me orgulho deles na mesma dose.

Engraçado que revejo as peças que fiz e me recordo de todas elas devido a pequenos ou grandes pormenores que as rodearam (sim, eu tenho um arquivo organizado com tudo o que escrevi até hoje).

Que isto é um vício bom, é. Que isto tenho a felicidade de fazer aquilo que realmente gosto de fazer, tenho. Que não quero deixar isto apesar de todos os dias pensar como seria bom ter horário de funcionário público, não quero. Se sou um bom profissional não sei, tenho a noção que ainda tenho muito caminho pela frente e que podia ser muito melhor.

Afinal, ainda gosto de acordar e não saber o que vou fazer durante o dia. De tanto poder passar um dia sentado frente ao computador como a centenas de quilómetros de casa. De não ter rotina, de ter gosto em sair em reportagem, do stresse de ter 400 coisas para fazer ao mesmo tempo, dos meus camaradas, de fazer rir e rir-me com eles, de repetir em voz alta "foda-se, caralho, merda" quando as coisas não me saem bem (e começar a cantar o fado do cigano, também), quando vou em serviço com a sensação de que nada vou conseguir e de lá sair com um sorriso de satisfação depois de me ter atirado para o chão para sacar tudo o que pretendo...

Enfim, de gabar-me de poder dizer que tudo o que sou profissionalmente o devo a com quem aprendi e também, modéstia à parte, à minha capacidade de ter a noção de nunca se sabe tudo e que cada há sempre algo a aprender. Porque no dia em que olhar para uma peça minha e achar que está perfeita, sei que qualquer está mal em mim.

Demência ou necessidade de férias?

- Quando confundo o código do multibanco com o de um dos meus e-mails e quase fico com o cartão retido na caixa do banco?

- Quando desato a buzinar a um anormal que me impede a passagem no trânsito e o gajo reage mostrando-me algo parecido com uma barra de ferro?

- Quando quero ao mesmo tempo estar sozinho e ter os amigos (apenas os melhores, os de circunstância dispenso) à volta?

- Quando me apercebo que não estou bem onde estou mas ainda não sei bem para onde ir?

- Quando insisto em massacrar-me apenas porque sim?

- Quando estou bem num dia e no dia seguinte me sinto a pior pessoa do mundo (isso deve ser por ser Gémeos, já devia estar habituado, eu sei)?

- Quando as memórias de coisas boas me parecem bem distantes?

- Quando quero explodir de raiva e só não o faço porque ainda tenho amor próprio?

- Quando o dinheiro que junto para o que quero das férias ainda não é suficiente para o que realmente pretendo?

- Quando me apetecia dizer a quem adoro que os realmente adoro e as palavras teimam em sair da boca?

- Quando sinto que não dou a devida atenção a quem genuinamente me quer bem?

- Quando me apetecia juntar meia dúzia de gente boa, os tais que realmente adoro, e com ela passar um fim-de-semana inteiro, ou mais tempo ainda, num sítio espectacular onde a palavra tristeza fosse proibida de entrar e apenas fossem permitidos copos, gargalhadas, non-sense e tudo, mas tudo mesmo, que pudesse fazer daquelas horas as mais perfeitas de sempre? (isto é um convite, não sei se perceberam... Podem colar-se que eu faço a selecção)

- Quando conto os dias para o concerto do Nick Cave como se fosse um tolinho?

- Quando tenho saudades dos copos que bebi nas últimas férias com quem nunca me sairá da memória (o meu pedacinho de Antes do Amanhecer, já morrerei feliz) e uns simples e-mails me fazem sentir vontade de sair daqui para fora (greets from Porto, anyway).

- Quando acho que tenho que ver um concerto dos Xutos só para matar saudades de tempos bons? (E uma vontade de rir nasce do fundo do ser. E uma vontade de ir, correr o mundo e partir, a vida é sempre a perder...)

- Quando ouço músicas só para me lembrar de pessoas e memórias específicas e elimino outras porque não quero recordar-me de outras situações que gostaria de apagar mas ainda não consigo?

- Quando acho que foi na adolescência que vivi os tempos mais felizes da minha vida com a pessoa a quem associo a palavra ternura , apesar de não a ver faz tempo, e temo que isso não volte acontecer com mais ninguém?

- Quando me sinto bem com o que tenho e ao mesmo tempo incompleto?

- Quando olho para a felicidade dos outros e sinto inveja boa, que a há?

- Quando continuo acreditar em algo que só me faz mal?

- Quando desato a escrever tudo o que me vai na alma sem me preocupar com quem me lê?

11.3.08

Serei normal? *

Bem, já que não posso postar músicas (como mais abaixo poderão verificar), deixem-me dizer, se é que isto interessa, que estou a ouvir Arcade Fire vai para duas horas seguidas e não me apetece parar. Faz-me bem. Como certas pessoas que eu cá sei.

Já agora, alguma sugestão para a primeira música do dia de amanhã, é favor deixá-la aqui, se tal não custar por aí além. Arcade Fire é que não, please.

* eu sei que não, mas é sempre bom perguntar para ver se alguém me afaga o ego consoante a resposta

Revivalismo ou falta de orçamento?

Os ZZ Top e os Crowded House vão participar na próxima edição do festival Super Bock Super Rock do Porto. Será curioso ver em palco bandas cujos membros têm, no mínimo, 72 anos. Quanto mais não seja para tentar acertar qual será o primeiro a morrer durante o concerto.
A minha semana começou com mais de 300 quilómetros de percurso entre o Porto, Monção, Viana do Castelo e novamente o Porto. (ver Espanha do outro lado do rio só serviu para aumentar a minha raiva de ter nascido aqui, do lado errado da margem)

Amanhã espera-me uma viagem, outra, até Amarante.

Tendo em conta que ainda vou trabalhar mais sete dias depois disso, temo acabar a fazer um serviço algures entre os Himalaias e a Austrália.

Uma ajudinha, por favor

O que devo fazer agora que o Youtube não me deixa postar vídeos?

- Queixar-me à professora?
- Saltar de um 12º andar?
- Ler António Lobo Antunes até ao suicídio?
- Punir-me com 45 cabeçadas numa parede?
- Atirar uma velhinha para o meio da rua para aliviar o stress?
- Atacar o site do Youtube?
- Lançar impropérios à primeira pessoa que me apareça à frente mesmo que se trate da minha mãe?
- Ter relações sexuais com um homem para perceber que há coisas bem piores do que não inserir vídeos neste blog?
- Descer a Rua Santa Catarina apenas com uma tanga a cobrir as partes íntimas?
- Despedir-me do jornal e começar uma dignificante carreira na área da restauração de móveis de talha?
- Dedicar-me à bricolage ou a artes marciais com nomes esquisitos?
- Deixar de ouvir música?
- Eliminar este blog?
- Comprar a discografia completa do Demis Roussos?
- Ouvir Roberto Carlos até à exaustão?
- Comer iscas de fígado durante dia e meio?
- Algemar-me à cama e atirar a chave janela fora?
- Fazer uma peregrinação a Santiago de Compostela de joelhos?
- Cortar o dedo mindinho da mão direita?
- Assassinar o meu gato à pedrada?
- Dizer aos meus pais que tenho dois dias de vida?
- Lançar um boato qualquer sobre a minha pessoa?
- Votar no CDS-PP nas próximas eleições?
- Passar férias sozinho no extremo da Europa longe de tudo e todos? (isto já fiz e não correu lá muito mal)
- Apaixonar-me por alguém de longe, muito longe, e depois sofrer com isso? (também já sei o que isso é, estou ainda de ressaca para perceber se feliz ou infelizmente)
- Ou simplesmente perguntar a quem perceba da coisa o que está mal?

9.3.08

A uma rapariga *

Abre os olhos e encara a vida! A sina
Tem que cumprir-se! Alarga os horizontes!
Por sobre lamaçais alteia pontes
Com tuas mãos preciosas de menina.

Nessa estrada de vida que fascina
Caminha sempre em frente, além dos montes!
Morde os frutos a rir! Bebe nas fontes!
Beija aqueles que a sorte te destina!

Trata por tu a mais longínqua estrela,
Escava com as mãos a própria cova
E depois, a sorrir, deita-te nela!

Que as mãos da terra façam, com amor,
Da graça do teu corpo, esguia e nova,
Surgir à luz a haste de uma flor!...

* poema de Florbela Espanca

Humm... que isto faz-me lembrar sorrisos claros dos lados do Adriático. Cafés, cervejas e cigarros por entre olhares doces e sorrisos tímidos. Conversas de horas que não queríamos terminar. Longos passeios numa cidade desconhecida para os dois mas que parecia nossa. Jantares à chuva condimentados com muita, mas mesmo muita, ternura. Noites de copos, partilhas e tristeza bonita, que também a há. Cumplicidade de anos entre alguém que se conhecera há dias.

Tanta coisa boa que nunca se vai repetir. Porque há pessoas, cenários e circunstâncias que se cruzam connosco apenas uma vez na vida.
Permanece uma amizade que preservamos apesar da distância – e ainda bem.

8.3.08

Professores, essa nefasta corporação

“Portugal é, há muito, um país mental e estruturalmente corporativo e qualquer reforma que qualquer governo intente esbarra sempre contra uma feroz resistência da corporação atingida. E para que serve uma corporação? Para proteger os medíocres, não os bons”.

Tudo o que eu penso sobre as reivindicações dos professores está bem resumido neste excerto do artigo de opinião de Miguel Sousa Tavares escrito para a edição do Expresso desta semana.

Os quase 100 mil docentes que se manifestaram em Lisboa, em suma, o que foram lá fazer foi defender a sua coutada, independentemente da validade das propostas da Ministra da Educação. Não interessa quais são, interessa que mexem com hábitos instalados há muitos anos que premeiam não o mérito mas o facilitismo. Ou algum foi lá agradecer que Maria Lurdes Rodrigues tenha, por exemplo, acabado com o drama da colocação dos professores, impondo contratos de permanência na mesma área durante três anos?

Já agora, Mário Nogueira, líder da FENPROF e putativo sucessor de Carvalho da Silva à frente da CGTP, é professor do Ensino Básico mas não dá aulas vai para 18 anos. Sintomático, não é?
Olha, voltou-me a 'buntade' mais depressa do que estava à espera.



Ainda bem, digo eu, marimbando-me para opiniões contrárias.



Com licença que vou a isto.

7.3.08

Aviso

Por manifesta falta de vontade, por vários motivos que agora não vêm ao caso e não são do interesse de quem por aqui passa (ou da maioria), venho por este motivo comunicar que a minha vontade de escrever neste humilde e absurdo blogue é, ou tem sido, praticamente nula.

Até que regresse o impulso da escrita que permite alimentar este antro de estupidez, permitam-me que me retire. Baterei a porta devagar, prometo.

A gerência agradece
Eu que sou feio, sólido, leal,
A ti, que és bela, frágil, assustada,
Quero estimar-te, sempre, recatada
Numa existência honesta, de cristal.

Sentado à mesa de um café devasso,
Ao avistar-te, há pouco fraca e loura,
Nesta babel tão velha e corruptora,
Tive tenções de oferecer-te o braço.

E, quando socorrestes um miserável,
Eu, que bebia cálices de absinto,
Mandei ir a garrafa, porque sinto
Que me tornas prestante, bom, sudável.

«Ela aí vem!» disse eu para os demais;
E pus me a olhar, vexado e suspirando,
O teu corpo que pulsa, alegre e brando,
Na frescura dos linhos matinais.

Via-te pela porta envidraçada;
E invejava, - talvez que não o suspeites!
-Esse vestido simples, sem enfeites,
Nessa cintura tenra, imaculada....Soberbo dia!

Impunha-me respeito
A limpidez do teu semblante grego;
E uma família, um ninho de sossego,
Desejava beijar o teu peito.

Com elegância e sem ostentação,
Atravessavas branca, esbelta e fina,
Uma chusma de padres de batina,
E de altos funcionários da nação.

«Mas se a atropela o povo turbulento!
Se fosse, por acaso, ali pisada!»
De repente, parastes embaraçada
Ao pé de um numeroso ajuntamento,

E eu, que urdia estes frágeis esbocetos,
Julguei ver, com a vista de poeta,
Uma pombinha tímida e quieta
Num bando ameaçador de corvos pretos.

E foi, então que eu, homem varonil,
Quis dedicar-te a minha pobre vida,
A ti, que és ténue, dócil, recolhida,
Eu, que sou hábil, prático, viril.

Cesário Verde

5.3.08

Regina Spektor - Somedays

Somedays aren't yours at all
They come and go as if they're someone elses days
They come and leave you behind some elses face
And it's harsher than yours
And colder than yours

They come in all quiet sweep up and then they leave
And you don't hear a single floor board creak
They're so much stronger than the friends you try to keep by your side

Downtown, downtown
I'm not here, not anymore
I've gone away
Don't call me don't write

I'm in love with your daughter
I want to have her baby I'm in love with your daughter
So can I please

Downtown, downtown
I'm not here
Not anymore
I've gone away don't call me don't write
I've gone away don't call me don't write

Somedays aren't yours at all
They come and go as if they're someone elses days
They come and leave you behind some elses face
And it's harsher than yours

Os anjos que conheço são de erva e de silêncio
nalgum jardim de tarde. Mas quais os mais ardentes?
Feitos de mar e sol, elevam-se nas ondas,
entre as mulheres de coxas tão fortes como touros

O meu luto é de mesas e de bandeiras sem paz
É estar sem corpo à espera, inconsolada boca,
o fogo ateia o peito, a cabeça perde a fronte,
o vazio rodopia, é o celeste inferno.

Desço ainda um degrau com o anjo infernal,
um turbilhão de ervas, um redemoinho de sangue
Quem me vale agora se perdi o meu cavalo?


António Ramos Rosa

E deu-me para recordar isto também

Jesus and Mary Chain - Some Candy Talking

4.3.08

Um dia de merda é...

- Quando se acorda para trabalhar com uma ressaca arreliadora e pouquíssimas horas de sono.

- Quando se perde uma manhã a fazer dezenas de telefonemas infrutíferos.

- Quando se leva mais que duas horas a escrever um texto que em dias normais demoraria metade do tempo a fazer.

- Quando se tem que desembolsar 50 euros porque a Polícia Municipal se lembrou de rebocar o nosso carro.

- Quando se chega à dita da viatura e se verifica que o rádio deixou de funcionar sabe-se lá porquê.

- Quando se questiona se tudo o que se anda para aqui a fazer tem algum tipo de sentido.

- Quando ponderamos se vale ainda a pena lutar por algo depois de levar tanto pontapé no rabo.

- Quando nos sentimos a pessoa mais sozinha do mundo mesmo tendo à volta montes de gente à volta (raio de frase tão batida e lamechas, mas não consigo encontrar melhor).

Obs: Vou ali engolir uma caixa de antidpressivos e já venho. Ou então dormir. Talvez dormir, que morrer não me dá lá muito jeito agora e ainda gosto de andar por aqui. Apesar da perspectiva masoquista da coisa.

Ainda vale a pena confiar nos amigos

Fil, só por isto fica aqui prometido que te pago não uma mas duas ou três vodkas com melão. Apesar de, e sabes disso, achar que tal bebida é um bocado amaricada. Mas desde que não me apareças à frente de leggings ou com salto tipo agulha continuarei a confiar nos teus predicados masculinos. Além de que tal indumentária certamente não combinaria com a tua barba.

Obrigado. Já sabes: se for o feliz contemplado deixarei que me acompanhes e possas partilhar comigo a doçura das covinhas das bochechas da menina.

Abraço mais que retribuído.

E toca a combinar uma noite de copos para o mais brevemente possível. Para daqui a cinco minutos, se não tiveres nada de extraordinário para fazer.

E deu-me para isto...

I was dreaming in my dreaming
Of an aspect bright and fair
And my sleeping it was broken
But my dream it lingered near
In the form of shining valleys
Where the pure air recognized
And my senses newly opened
I awakened to the cry
That the people / have the power
To redeem / the work of fools
Upon the meek / the graces shower
Its decreed / the people rule

The people have the power
The people have the power
The people have the power
The people have the power

Vengeful aspects became suspect
And bending low as if to hear
And the armies ceased advancing
Because the people had their ear
And the shepherds and the soldiers
Lay beneath the stars
Exchanging visions
And laying arms
To waste / in the dust
In the form of / shining valleys
Where the pure air / recognized
And my senses / newly opened
I awakened / to the cry

Refrain

Where there were deserts
I saw fountains
Like cream the waters rise
And we strolled there together
With none to laugh or criticize
And the leopard
And the lamb
Lay together truly bound
I was hoping in my hoping
To recall what I had found
I was dreaming in my dreaming
God knows / a purer view
As I surrender to my sleeping
I commit my dream to you

Refrain

The power to dream / to rule
To wrestle the world from fools
Its decreed the people rule
Its decreed the people rule
Listen
I believe everything we dream
Can come to pass through our union
We can turn the world around
We can turn the earths revolution
We have the power
People have the power ...

Juro, mas juro mesmo, que nunca mais vou jantar a um restaurante turco e depois enfrascar licor de tangerina até altas horas na véspera de um dia em que me levanto cedo.
A conversa foi mais que boa. Mas estou podre e só me apetece beber água com gás ao pequeno almoço.

Interessante, não é? Nota-se...

2.3.08

The Pogues - If I Should Fall from Grace with God

É o que dá regressar às Guinness. Depois fica-se com vontade ouvir isto pela 15453ª vez.

1.3.08

Ora portantos...

Não houve rum nem bolachas integrais, mas vodka com laranja e pints de Guinness (ou, melhor dizendo, houve pint de Guinness porque o outro lembrei-me de o entornar em cima de ti num gesto técnico de elevada perfeição e delicadeza).

Não houve sacos cama nem tendas, mas houve um belo de um caixote do lixo verde (ou, melhor dizendo, berde, berdinho).

Não houve má disposição, apenas desabafos sobre o que nos correu mal sem que isso nos estragasse a noite (com muitos falecidos, e falecidas, pelo meio. E camelos, ou a falta deles, também).

Houve música, copos, fotos e afins.

Houve análises atentas a certos estrangeiros com indumentárias esquisitas.

Houve planos de viagens traçados em papel pequeno em tamanho mas grande em sonhos.

Houve sorrisos, muitos, que adorei partilhar contigo.

E houve a confirmação de que me fazes mais do que bem.

A repetir, sem dúvida.

PS: E não roas as unhas que isso faz mal à saúde e estraga-te as mãos

Faith No More - From out of Nowhere

Olha os meus amigos de há montes de anos, olha. Olha as lembranças daquele concerto louco no Estádio do Bessa, olha. Olha os recuerdos das últmas férias, olha. Olha tanta coisa boa, olha.