29.8.08

Toca a votar aqui ao lado....

.... é de graça e não provoca dores de dentes, esófago, nos ossos das pernas, músculos do rosto e outras partes do corpo (das mais às menos íntimas)


A gerência agradece.
E o meu futuro novo animal também.

Pronto, é isto que cá vai por dentro *

When the day is long and the night, the night is yours alone,
When you're sure you've had enough of this life, well hang on
Don't let yourself go, 'cause everybody cries and everybody hurts sometimes

Sometimes everything is wrong. Now it's time to sing along
When your day is night alone, (hold on, hold on)
If you feel like letting go, (hold on)
When you think you've had too much of this life, well hang on

'Cause everybody hurts. Take comfort in your friends
Everybody hurts. Don't throw your hand. Oh, no. Don't throw your hand
If you feel like you're alone, no, no, no, you are not alone

If you're on your own in this life, the days and nights are long,
When you think you've had too much of this life to hang on

Well, everybody hurts sometimes,
Everybody cries. And everybody hurts sometimes
And everybody hurts sometimes. So, hold on, hold on
Hold on, hold on, hold on, hold on, hold on, hold on
Everybody hurts. You are not alone

* uma das melhores músicas que conheço, das que queria ouvir encostado ao teu ombro.

28.8.08

É bom começar o dia com estes dois, é

Barack Obama

Eis um excerto da intervenção de Barack Obama na convenção do Partido Democrata em 2004. Lembro-me de ouvir isto e pensar em Martin Luther King.

Quatro anos depois, espero é que os americanos sejam inteligentes quando forem votar. Apenas isso. Exemplos recentes deixam-me pessimista. Mas a esperança é a última a morrer.

Rammstein

Grande malha, grande som, grande vídeo.

A brincar, a brincar, foi a ouvir Rammstein que fui recordando algumas noções do Alemão que aprendi na escola já lá vão quase quinze anos. Continuo é a perceber muito pouco, mas sempre é melhor do que nada.

27.8.08

Cada vez que olho para o 'Primeiro de Janeiro' dá-me raiva. Acreditem que há certas pessoas a quem me apetecia espetar-lhes uma cabeçada bem dada na cana do nariz se as encontrasse pela frente. Já deveria ter estômago para muita coisa, mas gente rasca e sem valores enoja-me. E por lá é o que mais abunda agora. Uns lá dentro, outros cá fora a rastejar pelos restos enquanto ignoram a desgraça dos outros.
Pensei ir a Lisboa no sábado ver o Benfica-FC Porto. Mas ao fazer um pequeno orçamento mental da viagem quase tive um AVC. Mais vale comprar amendoins, caju, muita cerveja e assistir à desgraça pela televisão. Ou então passar os olhos pela guerra na Geórgia, nuns atentados no Iraque, nuns incêndios florestais, talvez até saber pormenor sobre certos assaltos violentos. Mal por mal... O que conta é estar entretido.
Olha, parece que tenho um blog.
Olha, parece que ele anda para aqui tão sozinho e abandonado, tadinho.
Olha, parece que até chora ao esperar ansiosamente escritos meus.
Olha, parece que estou a escrever parvoíces outra vez.
Olha, parece que sempre foi assim.
Olha, parece que sim.
Olha, parece vou ali e já venho.
Olha, parece que está bem.
Olha, parece que então qualquer coisa e obrigado.
Olha, parece que nem por isso.
Olha, parece que ok.
Olha, parece que me apetece parar antes que saia mais idiotice.
Olha, parece que está bem.
Olha, parece que é agora.
Olha, parece que já foi.

Um grande bem-haja para mim.
Aprecio bastante bem-hajas. Isso e sushi.
Embora prefira bem-hajas. Sempre não perturba o estômago.

22.8.08

20.8.08

Desculpas absurdas IV

"Isto para mim está visto que de manhã é só na caminha"
Marco Fortes, lançador do peso depois de péssima classificação nas eliminatórias disputadas de... manhã.
(Era na caminha era, era na caminha mas com um bando de presidiários a sodomizar-te até devolveres o dinheiro que andaste a receber durante estes anos todos de preparação para os Jogos Olímpicos. Dinheiro que também é meu, já agora, que pago impostos a tempo e horas)

"Não fui feita para este tipo de competições"
Vânia Silva, lançadora do martelo, após ficar quase em primeiro das últimas.
(Se calhar o melhor é actuares apenas em torneios na tua rua e em festas de aniversário, não vás cansar-te muito)

"Cheguei à pista e bloqueei quando vi aquele público todo"
Arnaldo Abrantes, último na sua eliminatória dos 200 metros a grande distância do penúltimo
(Realmente é chato correr num estádio olímpico cheio de pessoas, é. Para a próxima avisa que o pessoal sai todo para te sentires à vontade. Ou então dedica-te à pesca, um desporto mais solitário)


Até a Mongólia tem mais medalhas que nós, porra! A Mongólia!!!!! Vá lá que as Seychelles parece que ainda não ganharam nada. E o Suriname parece que também não, valha-nos o consolo.

Tindersticks - Another Night In

Greeds all gone now, theres no question
And I can see you push your hair behind your ears
Regain your balance
Doesnt matter where she is tonight
Or with whoever she spends her time
If these arms were meant to hold her
They were never meant to hold her so tight
For the love of that girl
Greeds all gone now, the panic subsides
When I could run, pulling arms to love her
Try to put myself on on the inside

For the love of that girl
Tears swell, you dont know why
For the love of that girl
They never fall, they can never run dry
For the love of that girl

Promise is never over, never questioned it needed reply
But she could breathe deep into my neck
Let me know Im just on the outside

(chorus)

Greeds all gone now, theres no question
And I can see you push your hair behind your ears
Regain your balance
Doesnt matter where she is tonight
Or with whoever she spends her time
If these arms were meant to hold her
They were never meant to hold her so tight

(chorus)

Gostava de saber onde se desliga o botão da saudade. Estou farto de o procurar e não o encontro. O pior é que se calhar não quero encontrá-lo e prefiro continuar assim.

16.8.08

Ennio Morricone

Eis a receita ideal para deixar um gajo para lá de bem disposto e super arrepiado logo pela manhã.

Bom fim-de-semana!

Para memória futura

Quando morrer, há alguns desejos que gostava que me fossem proporcionados. Primeiro, não quero flores nem ninguém vestido de preto no velório. Depois, pretendo música, muita música. Excepto o My Way, do Sinatra. Quer dizer, se for esta versão até aceito, aliás exijo-a. Caso contrário, o meu espírito assombrar-vos-á o resto das vossas vidas, durem elas o que durarem. Finalmente, quero as minhas cinzas atiradas para o mar. Isso é mais que um desejo, é quase uma ordem.

Ah, e livrem-se de discutir sobre o meu seguro de vida. Apesar de não ser uma quantia por aí além, já está bem destinado e a pessoa em causa sabe-o. Além do mais, se detesto que falem de mim nas minhas costas agora, depois de morto irei achar uma falta de respeito.

E porquê agora esta conversa? Porque não gosto de deixar assuntos pendentes (não é por estar com ideias suicidas, a minha vontade de viver – bem e por muitos anos – é bastante, garanto)

"Colegas são as putas. Nós somos jornalistas e os jornalistas são camaradas e tratam-se por tu".

Esta foi a resposta de Neves de Sousa a uma camarada que o abordou para tirar uma dúvida qualquer referindo-se a ele como 'colega'.

Conhecia a estória há algum tempo e recordei-a recentemente através de uma magnífica crónica do não menos magnífico Baptista-Bastos.

Devo dizer que me lembro dela amiúde. Estamos numa época em que os camaradas são cada vez menos e os preenchedores de conteúdos abundam. Colegas, ao fim e ao cabo. Putas de serviço, basicamente.

15.8.08

Ou sou eu que estou errado?

Não existe uma súbita onda de criminalidade violenta em Portugal. Estamos é em Agosto e não há notícias.

(Há alguns anos li uma teoria bem interessante de um autor cujo nome não me recordo que explica que a violência é tão mais sentida pela população quanto mais propalada pelos media. Ou seja, num país com poucos crimes, ou os normais, se todos os dias nos inundarem com notícias sobre sangue vamos ter a ideia que somos violentos como o Brasil não tarda nada. Se, pelo contrário, formos realmente um país onde acontece um crime em cada esquina mas a comunicação social passar ao lado do fenómeno, andaremos todos aqui felizes da vida como se vivêssemos no paraíso. Simples, não é?)

Desculpas absurdas III

Não são bem desculpas, mas uma boa anedota sobre a nossa participação nos Jogos Olímpicos.

Um judoca desatou a bater como um desalmado num brasileiro que supostamente lhe roubou a namorada aqui há uns anos – eu também faria isso, só que não em plenas Olímpiadas. Perdeu os combates seguintes. Tivesse tido mais adversários que o cornearam e agora estaria de medalha de ouro ao pescoço.

A égua de um dos representantes portugueses assustou-se com o painel electrónico e ficou literalmente histérica. Desculpando a brejeirice, uma égua histérica na cama não é mau de todo, nos Jogos Olímpicos é aborrecido e deita a perder o trabalho de muitos anos.

14.8.08

Primeiro de Janeiro

Faz hoje exactamente duas semanas que o 'Primeiro de Janeiro' fechou. Fechou não, que os seus trabalhadores foram alvo de um despedimento colectivo indigno e desumano. Porque sabujos houve que se apressaram a tomar-lhe as rédeas e a acatar ordens de um patrão igualmente sabujo passando por cima dos direitos dos outros de forma a cumprir ordens superiores para colocar o jornal cá fora de novo com o menor número de meios possível. Igual a uma fábrica de confecções ou outra qualquer, portanto; fecha-se agora, abre-se daqui a bocado com menos funcionários, típico do provincianismo do patronato português.

Se nada escrevi sobre o que aconteceu no 'Janeiro' não foi por falta de consideração pela instituição e pelas pessoas – a grande maioria delas porque a algumas só me apetecia cuspir-lhes na cara – que lá resistiram até ao fim. Não o fiz porque, muito sinceramente, a minha vontade de desabafar neste blogue tem sido quase nula e porque acreditei, chamem-me ingéuno se quiserem, que durante estes dias de angústia houvesse uma luz que reacendesse a esperança de reintegrar os meus camaradas no seu lugar legítimo mercê da luta que meritoriamente travaram para chamar a atenção sobre o que estão a sofrer na pele. Infelizmente voltei a ser traído pelo meu optimismo. Já tenho idade para ter juízo e não acreditar tanto na bondade do destino mas nunca mais aprendo.

Passei cinco anos da minha vida no 'Primeiro de Janeiro'. Foi lá que comecei a trabalhar num jornal. Dia 15 de Março de 1999 entrei naquela redacção pequena de espaço, quente e até um tanto anárquica e por lá me mantive até 31 de Maio de 2004, curiosamente dia de aniversário. Não se pode dizer que tenha abandonado o 'Janeiro' porque fiquei sempre com um carinho muito especial por ele. Apesar dos defeitos (que eram muitos), da irresponsabilidade intelectual de uma minoria (suficiente para estragar o esforço de quase todos), da luta diária para colocar cá fora algo minimamente decente (mesmo com muitas correntes internas absolutamente exasperantes de tão estúpidas), guardo as melhores recordações do tempo que lá passei.

Foi no 'Janeiro' que aprendi grande parte do que sei hoje. E que fiz amigos que ainda hoje mantenho e com quem adoro recordar estórias passadas em conjunto dentro daquelas paredes e fora delas em longas noites onde se misturam copos, nostalgia, gargalhadas e muitos sorrisos de cumplicidade por um passado comum vivido em conjunto. Alguns deles, muito poucos, cabem até no restrito lote do que se pode considerar irmandade e não amizade. O 'Janeiro' tinha isso: misteriosamente conseguia criar laços de afecto entre as pessoas dificilmente desatáveis. Mesmo nos momentos mais filhos da puta. Aliás, era aí que se conseguia perceber quem era quem, quem queria o quê, quem estava ao lado de quem, quem remava para o lado da dignidade e quem preferia chafurdar o pântano da sacanice.

Por isso, na hora difícil em que recebi a notícia do fecho do 'Janeiro', acreditem que foi como se também eu tivesse sido despedido, como se a desgraça também fosse minha, como se o sofrimento me atravessasse tanto o coração como a vocês. Porque eu também fui do 'Janeiro' e tenho orgulho nisso. Bastante. E do 'Janeiro' uma vez na vida, e repito que estive lá cinco anos, do 'Janeiro' para a vida toda. Apesar de tudo: das más condições, dos salários miseráveis, da tristeza de ver o trabalho de todos pouco reconhecido. Fica a honra de ter trabalhado naquele que foi em tempos um dos melhores, senão o melhor, jornal português.

Propositadamente não falei do comportamento abjecto dos que supostamente deveriam ter estado à frente da defesa dos vossos interesses. Dos que afirmam que o carácter se demonstra nos momentos mais difíceis e que à primeira oportunidade saltam do barco e esfaqueiam nos costas quem lhes deu de comer. Dá-me nojo abordar pessoas que não passam de ratos.

13.8.08

Metade de Portugal está de férias, a outra metade anda a queixar-se que as férias souberam a pouco e já sonha com as do próximo ano que nunca mais chegam.

Eu, que só as tenho em Outubro, rio-me de fininho de todos eles...

Desculpem, acordei meio sádico hoje. Antes isto que escrevi do que atirar velhinhos para o meio da estrada em hora de ponta.

12.8.08

Desculpas absurdas II

Mais umas pérolas dos nossos atletas olímpicos depois de resultados pouco conseguidos:

"A culpa foi do vento que se sentia no pavilhão"
Marco Vasconcelos, afastado no badminton por um... indiano

"Isto foi tudo culpa dos árbitros porque já eu tinha ganho a todas as que passaram à minha frente"
Telma Monteiro, judoca que andou a prometer medalhas e vai chegar a Portugal com migalhas e um carimbo de falta de fair play colado à testa.

11.8.08

Ofereço...

.... uma infecção na garganta (daquelas fortíssimas, que não ando para aqui a vender o mau pelo bom), febre e dez dias consecutivos de trabalho.

Tudo em bom estado

O preço é coisa a discutir. Mas com a disposição que estou, quem quiser pode levar a encomenda de graça.

Os interessados que me contactem.

Obrigado

9.8.08

Primeiro dia de Jogos Olímpicos, primeiro dia de desculpas absurdas de atletas portugueses a quem as provas correram particularmente mal.
André Cardoso, que terminou acima dos setenta primeiros no ciclismo, justificou a sua prestação menos conseguida com "uma má-disposição". Faltou saber se física, se mental.
Ana Moura , eliminada na primeira ronda do torneio de badminton, disse que foi para o jogo com "uma dor de cabeça" que lhe retirou a concentração.

Enfim, estamos ainda no início e a pérola maior ainda está por bater. Ocorreu nos Jogos de 1992 ou 1996, não sei ao certo, e teve como protagonista um maratonista que não cumpriu nem metade do percurso. Porquê? O próprio explicou na altura com uma cara de quem o tinha violado sem clemência: "ontem à noite comi uns molhos e hoje não aguentava as dores de barriga".

Fantástico...

Obs: Quem disser mal da Naide Gomes a cem metros de mim corre o risco de ser fuzilado. Aquilo sim é um exemplo do que é uma mulher atleta. Mesmo que não ganhe o ouro, merecerá sempre o nosso agradecimento dadas as condições paupérrimas em que treina e os resultados magníficos que alcança – é, simplesmente, a melhor saltadora do mundo.

6.8.08

Juro que não tenho nada contra os indianos e paquistaneses que habitam no Porto. Mas gostava de lhes sugerir que seria bom que utilizassem os passeios em vez das ruas quando saem à rua em família – estamos a falar de grupos de vinte pessoas, por aí. Parecendo que não, incomodam quem está a conduzir e, não é que queria ser chato, criam uma situação que pode tornar-se um perigo.
Além do mais, isto ainda não é Bombaim ou Lahore. Está a aproximar-se disso, mas ainda falta um pedaço para chegar lá.