31.12.08

2009

2009 vai ser ano de crise? Que se foda!

2009 vai é ser ano para encarar com o maior optimismo do mundo.

É a diferença entre viver e andar a contar os dias para a morte.

Bom 2009 para todos.

Algo para lá de bonito para terminar 2008 *

Just like a bird that sings up the sun
In a dawn so very dark
Such is my faith for you
Such is my faith
And all the world's darkness can't swallow up
A single spark
Such is my love for you
Such is my love

There is a kingdom
There is a king
And he lives without
And he lives within

The starry heavens above me
The moral law within
So the world appears
So the world appears
This day so sweet
It will never come again
So the world appears
Through this mist of tears

There is a kingdom
There is a king
And he lives without
And he lives within

* e também para recordar o melhor concerto que vi este ano.

22.12.08

Bom Natal etc e tal

Por mais que tente, não consigo encontrar música natalícia mais excelente do que esta.

21.12.08

Perfeito!!!!!!!

All I need is a little time,
To get behind this sun and cast my weight,
All I need is a peace of this mind,
Then I can celebrate.

All in all theres something to give,
All in all theres something to do,
All in all theres something to live,
With you ...

All I need is a little sign,
To get behind this sun and cast this weight of mine,
All I need is the place to find,
And there Ill celebrate.

All in all theres something to give,
All in all theres something to do,
All in all theres something to live,
With you ...

19.12.08

Deolinda - Clandestino

Isto é tão bom, que confesso ficar arrepiado (literalmente) quando escuto pérola tão bem polida. Lá está, é uma das poucas coisas que me faz ter orgulho de ser português. Dá vontade de chegar perto dos moços e os encher de beijos e abraços para lhes agradecer o prazer que me proporcionam.

A letra é prenda de Natal. Um bom exemplo de como é fácil oferecer algo barato e de grande qualidade.

"A noite vinha fria
negras sombras a rondavam
era meia-noite
e o meu amor tardava

a nossa casa, a nossa vida
foi de novo revirada
à meia-noite
o meu amor não estava

ai, eu não sei aonde ele está
se à nossa casa voltará
foi esse o nosso compromisso

e acaso nos tocar o azar
o combinado é não esperar
que o nosso amor é clandestino

com o bebé, escondida,
quis lá eu saber, esperei
era meia-noite
e o meu amor tardava

e arranhada pelas silvas
sei lá eu o que desejei:
não voltar nunca...
amantes, outra casa...

e quando ele por fim chegou
trazia flores que apanhou
e um brinquedo pró menino

e quando a guarda apontou
fui eu quem o abraçou
o nosso amor é clandestino"

Agora um bocadinho (mas um bocadinho só) mais a sério: o que acontece quando pura e simplemente nos demitimos de tentar justificar algo que tem tanto de estranho como de assustadoramente bom? Nada. É o melhor para que tamanha sensação se prolongue para lá do infinito.

O mais curioso é ao fim destes anos de vida (não são muitos, mas os suficientes para julgar perceber alguma coisinha disto) descobrir que ainda é possível deliciar-me com algo que não cabe no campo das definições. E que também não quero que caiba para não estragar nada.

Porquê isto? Porque me apetece. E este blogue é meu e eu faço dele o que quiser.
E se de repente um desconhecido lhe oferecer flores? Não, não é Impulse. É mariquice, especialmente se a oferta for de homem para homem.

Isto tudo para dizer o quê? Que o jornalista iraquiano que atirou um par de sapatos ao Bush merecia ser condenado a prisão perpétua por manifesta falta de pontaria.

Vão estas questões ajudar ao fim de uma guerra qualquer? Parece que não, até porque ler blogues é coisa que guerrilheiros não fazem sob pena de levarem um tiro na cabeça para aprenderem a não dispersar a atenção por motivos fúteis.

E pronto, com licença que vou apanhar frio e venho já.

17.12.08

Deolinda

Difícil não é ser bom, difícil é ser original. Os ‘Deolinda’ é o projecto mais inovador da música portuguesa que surgiu nos últimos anos. Logo os quiseram catalogar. Que é fado, disseram. É nada, isto é uma mistura de tanta coisa interessante que não tem definição possível. O que, estranheza onde estás, está longe de ser defeito. Neste caso é qualidade. E muita. Se o som não é propriamente classificável (tamanhas as misturas que o caracterizam), a riqueza das letras é indescritível de tão boa. E esta, particularmente, é brilhante. Nunca o modo de ser, viver e encarar o dia-a-dia dos portugueses foi tão deliciosamente resumido.

Agora sim, damos a volta a isto!
Agora sim, há pernas para andar!
Agora sim, eu sinto o optimismo!
Vamos em frente, ninguém nos vai parar!

-Agora não, que é hora do almoço...
-Agora não, que é hora do jantar...
-Agora não, que eu acho que não posso...
-Amanhã vou trabalhar...

Agora sim, temos a força toda!
Agora sim, há fé neste querer!
Agora sim, só vejo gente boa!
Vamos em frente e havemos de vencer!

-Agora não, que me dói a barriga...
-Agora não, dizem que vai chover...
-Agora não, que joga o Benfica...
e eu tenho mais que fazer...

Agora sim, cantamos com vontade!
Agora sim, eu sinto a união!
Agora sim, já ouço a liberdade!
Vamos em frente, e é esta a direcção!

-Agora não, que falta um impresso...
-Agora não, que o meu pai não quer...
-Agora não, que há engarrafamentos...
-Vão sem mim, que eu vou lá ter...

16.12.08

Bom dia*

* Air - Playground Love

Acho que não é preciso acrescentar mais nada.

12.12.08

Joan As Police Woman

"It's safe
to be alone
and be lonely
but I found a gun
with no safety
and I am going to
shoot down my ghost town
completely
Because I know there's a
place for us"

É por isso que gosto tanto de música. Porque quando menos se espera há um qualquer pedaço de letra que acerta em cheio naquilo que vai na minha cabeça. Bendita seja.

E assim vai o mundo (ou não)

Pois que não me apetece escrever nada de especial. Além de estar com sono, facto de tal forma importante que a fome em África passa para segundo plano quando se fala nele, pouco ou nada me apraz expandir nesta coisa. E notem que consegui juntar apraz e o verbo expandir na mesma frase. Nunca vos disse que tenho qualquer coisa contra os verbos terminados na conjugação 'ir'? Bem me parecia que não. Mas se não o fiz foi, simplesmente, porque tenho a certeza de que não olhariam para mim da mesma forma se o fizesse. "Antes tivesses guinado para o mundo desconhecido da homossexualidade", diriam. E coisas como estas não são fáceis de escutar. Já me bastou quando me contaram que o Pai Natal não existe. Momento de enorme desgosto porque percebi então que fora um qualquer homem fajuto que me sodomizara na consoada do ano anterior e não uma personagem mítica. Algo como estar a pensar ser violado pela Nicole Kidman e no final concluir que, afinal, tinha sido a filha daquela gorda do segundo esquerdo traseiras a protagonista do acto.

Como vêem só sai estupidez. Mas a culpa não é minha. E não sou eu que estou a ter o sacrifício de ler isto. Sim, que enquanto por aqui passaram os olhos houve um número indeterminado de pessoas que contraíram o vírus da sida e outro não menos interminável que urinou nos lençóis. E vocês por aqui, em vez de contribuírem para evitar tragédias.

Ah, e tenho os lábios a gretar por causa do frio. Já agora, também preciso que saibam que considero a cidade do Porto a ideal para o suicídio em dias de Inverno. Não tivesse eu que fazer amanhã e talvez experimentasse a sensação. Infelizmente, a agenda não o permite. Além disso, o suicídio parece-me algo incontornável. Para quem gosta de ter o controlo das situações, como é o meu caso, não deve ser sensação agradável perceber que depois de morto é complicado regressar a este mundo. A não ser que reencarnasse num útero qualquer deste mundo. Risco que não pretendo correr. Ainda dava por mim a nascer num qualquer hospital do Paquistão ou da Papua Nova Guiné e ser mais feio do que sou é coisinha que acho que não suportaria fosse em que vida fosse.

(agora sim, posso ir dormir em paz depois de partilhar tamanha prosa com a digníssima audiência. Sinto-me, antes do mais, aliviado por poder contar com todos os que me visitam. Com os outros também, embora menos um bocadinho)

Abram alas para a grande Patti Smith

Ou, se assim entenderem, para o Noddy. No que diz respeito a abrir alas, cada um é como cada qual. Mas eu cá prefiro abri-las a personagens mais interessantes como esta senhora.

9.12.08

De maneira que é assim...

De repente, eis que nos cai no caminho algo de surpreendente que não dá vontade nenhuma de largar.

Apenas de agarrar entre as mãos e fazer com que o amanhã seja cada vez melhor.

Pronto, tenho dito. Até porque há alturas em por muito que se fale ou escreva nunca se consegue exprimir tudo o que se pretende exprimir.

7.12.08

O velho Manoel

Manoel de Oliveira faz esta semana 100 anos. Até lhe dava os parabéns, mas não o conheço pessoalmente e não é de bom tom deixar mensagens de congratulação a desconhecidos.
O que realmente comove, ou agonia, é saber que Portugal inteiro, ou quase, está a adular o senhor por ocasião do seu centenário. Não porque o homem é um bom cineasta – 95 por cento dos portugueses nunca viram um filme dele –, mas apenas porque porque um velhinho chega tão longe no tempo e ainda continua em actividade. E nós, tugas, gostamos disso. Gostamos de ver algo que fuja ao normal. De atirar moedas para a mulher de barbas nas feiras de diversões, de aplaudir o deficiente que faz malabarismo no meio da rua, de nos babarmos com os velhos que andam a chular dinheiro do Estado para satisfazer os seus gostos pessoais. Sim, porque é isso que Manoel de Oliveira faz, cinema é que não é de certeza (e eu já assisti a uma parte da obra do homem, por isso sei do que falo, não é como muita gente que sobre ele opina sem conhecer um segundo que seja dos seus filmes). Isso e humilhar os actores que trabalham para ele, há relatos vários de semelhantes episódios. Mas o povo aplaude. Se ele andasse para aí a realizar filmes pornográficos aplaudiria com igual entusiasmo, se matasse macacos com as mãos idem, igualmente se se entretesse a comer amendoins com casca. É velho e não joga dominó no jardim e chega. O resto não interessa nada.

4.12.08

Com licença que agora vou dormir que o meu mal é sono.

Desculpem qualquer incómodo.

Há livro de reclamações na recepção.

E cerveja gelada no frigorífico.

(acho que sobraram pedaços de pizza do jantar, também)

E agora uma que não é bem um recuerdo tatuado em mim mas interessante desafio à memória de quem a queira estimular

Ai que bem cheiras, que bem cheiras dos sovacos,
as meias rotas e os sapatos descascados,
Nas avenidas ainda fazes os teu engates,
e tudo graças ao perfume Patchouly...

oo oo ooh

Essas miúdas das escolas secundárias,
com cheiro a leite e o soquete bom a ....,
ficam maradas com o teu charme perfumado,
o teu perfume Patchouly...

Essas míudas das escolas secundárias
já fumam ganzas na paragem do eléctrico,
como essas barbas com mais mousse que pentelho,
dobram-se em duas quando estão ao pé de ti...

oo oo ooh

Porque elas gostam de te ver e cheirar
o teu perfume Patchouly

(um grande Patchouly na testa para todos os quantos que sentiram abrir pequenas gavetas escondidas e bolorentas da memória aos primeiros acordes da cançoneta)

Recuerdos de um passado que ficou tatuado em mim - Parte III

E estes senhores tive eu privilégio de ver a dois palmos dos olhos, quase literalmente. Tinha-os turvados de álcool e outras coisas, é certo. Mas isso agora nada e a minha mãezinha de vez em quando passa por aqui e pode ficar aborrecida.

Recuerdos de um passado que ficou tatuado em mim - Parte II

Recuerdos de um passado que ficou tatuado em mim - Parte I (*)

(*) sei que parece o pedaço de uma letra do João Pedro Pais, mas não consegui arranjar mais jeitoso. Quem quiser que me aperte os testículos até conseguir coisinha melhor.

2.12.08

The Mess Hall

Eis algo que se descobre por acaso e fica-se colado à primeira. Chamam-se The Mess Hall, são australianos e têm a particularidade de serem compostos apenas por baterista e guitarrista. Poderoso.

30.11.08

Demência e insanidade provocadas pelo frio quase negativo que se tem feito sentir nos últimos dias traduzem-se em algo tão simples como isto: ouvir em qualquer lado que a temperatura vai atingir os 12 (doze!!!!) graus de máxima e ficar feliz da vida por imaginar um dia solarengo em que até dará para beber um copo junto à praia.

Vou ali vestir mais umas peças de roupa e já venho...

E quem me vier com a conversa de que o Inverno é que é bom, coisa e tal, é candidato a ser brindado com uma rajada de Uzi no corpo.

26.11.08

A minha sogra...

Eis um ícone da música portuguesa só compreensível para quem teve o privilégio de viver a adolescência nos anos 90.

Divirtam-se.

25.11.08

Isto sim é serviço público


Populares aplaudem a rainha Isabel II durante visita a Portugal; Mark Kauffman,1957


Pensar em bom jornalismo é pensar na Life. Pensar em boa fotografia, ou em como boas fotos são tão ou mais importantes que um bom texto, é pensar na Life. Pensar em luto jornalístico é pensar no desaparecimento da Life.

O Google decidiu agora brindar-nos a todos – que isto da aldeia global tem mais vantagens que desvantagens – com o fabuloso e completíssimo arquivo fotográfico da Life.

É a História do final do século XIX e grande parte do século XX ao alcance de todos.

Notável!!!!!!

22.11.08

Frida Hyvonen

Que esta melodia seja sinal de um fim-de-semana para lá de engraçado.

21.11.08

Uma questão de nome

Parece que foi detido o José Oliveira e Costa.

Agora, só falta o Eduardo...

Jornalistas

Depois temos a classe em si, um quarto poder que não é mais que um poder de quarto, quarto esse ocupado pelos donos das empresas que decidem a seu belprazer quem atacar e quem defender e recusam aos peões que para si trabalham qualquer direito reivindicativo através do mediatismo da sua publicação.Uma merda com carteira profissional, mal pago, por todos pressionado, por ninguém defendido, que se acha uma peça importante na sociedade mas que está no fundo da cadeia alimentar e que por todos os outros é chupado, cuspido e até desossado. Assim é o jornalista hoje em dia!

Excerto de um brilhante texto que pode ser lido aqui.

Bravo, grande João!

Juro que não escrevi isto para atirar-me a mais uma garrafa de whisky em tua casa, não....

20.11.08

Vergonha

Perder 6-2 com o Brasil, ou seja com quem for, já não é futebol; trata-se de humilhação pura e dura.

A minha vontade era ir esperar pelos jogadores ao aeroporto e insultá-los do pior. Especialmente à bicha do Cristiano Ronaldo, que, antes de abrir a boca e dizer que é o melhor do mundo, devia reflectir seriamente sobre as suas exibições ao serviço de Portugal. Continua a ser uma nulidade para o colectivo, mas o pessoal gosta. É o mal dos portugueses: levam no corpo a toda a hora, mas insistem em levar cada vez mais. E mimam quem não merece. Porra de povo tão estúpido.

PS1: Ficar acordado até tão tarde para ver um jogo da selecção ultrapassa os meus limites de sensatez, admito. Mais valia ter ficado hora e meia a olhar para o Baby TV. Não teria insónias, de certeza absoluta.

PS2: O melhor da noite foi a vitória da Argentina na Escócia. Por causa de um senhor chamado Diego Armando Maradona hei-de sentir-me argentino para o resto da vida. Foi graças a ele que aprendi o que é beleza, magia e excelência no futebol.

18.11.08

Revolta (e muito)

Revoltante é ter que pagar dinheiro a relativo a uma empresa para a qual não trabalho há quatro anos e que comigo nunca teve um comportamento contratual digno de registo.

Revoltante é perceber que essa mesma empresa me chulou em tudo o que tinha a chular (não me pagando horas extraordinárias, por exemplo) e agora nem sequer se oferece para compensar os danos perante as Finanças que vou ter que cobrir para que não entre em prejuízo perante o Estado por causa de erros que ela, a empresa, provocou.

Revoltante é perceber que o patrão dessa mesma empresa continua impune apesar de já ter cometido infindáveis ilegalidades com antigos e actuais funcionários.

Revoltante é saber que esse mesmo patrão, de seu nome Eduardo Costa, faz tudo para arrastar nos tribunais o pagamento de compensações a pessoas que despediu sem sequer lhes garantir os mais básicos direitos previstos na lei.

Revoltante é saber que esse senhor é presidente de um clube que disputa uma das divisões profissionais do nosso futebol, tem empresas nos mais diversos ramos e continua a receber chorudas ajudas do Estado para, supostamente, promovê-las e expandi-las quando as suas artimanhas são mais que públicas.

Revoltante é ter a sensação que vou desembolsar 150 euros por erros de gestão de contabilidade com os quais nada tenho a ver (valor ridículo, contudo, comparando com as verbas muito mais elevadas que outros ex-colegas vão ter que pagar). É a mesma sensação que teria se pegasse nos tais 150 euros e os atirasse para o caixote do lixo.

Revoltante é ter eu que compensar uma dívida que não contraí perante o Estado sob pena de ser visto como infractor e não a entidade patronal que patrocinou a fraude.

Revoltante é cada vez mais apercerber-me que num país de merda como este são os pequenos contribuintes que mais têm a autoridade fiscal à perna, enquanto empresários sem escrúpulos cometem as mais diversas atrocidades perante as Finanças e não são punidos a bem do suposto estímulo da economia nacional.

Por isso é que de mim Portugal não leva absolutamente mais nada a não ser o obrigatório. Não merece.

17.11.08

A primeira da (longa) semana

Agora, estranho é acordar com uma vontade incontrolável de comer cozido à portuguesa logo ao pequeno-almoço. Fiquei-me por umas torradas. É mais saudável, mais barato e, ainda assim, um nadinha de nada mais racional.

15.11.08

Bom fim-de-semana

E fiquem com este doce de menina. Chama-se
Lykke Li, é sueca e até viveu uns anos em Portugal e tudo. Uma querida.

13.11.08

Brilhante!!!!

Miriam Makeba

Miriam Makeba morreu esta semana após terminar um concerto de homenagem a Roberto Saviano, o jovem italiano que tem a cabeça a prémio por ter escrito um notável livro sobre o modo de actuação da Mafia. Ela era a Mama Africa, mulher símbolo da resistência ao regime de apartheid na África do Sul. Uma das poucas vozes negras que se fizeram ouvir durante os longos de anos de terror do domínio branco. Mais um pedaço de História que parte. Mais uma herança que nos cabe preservar condignamente.

(gravação da TV Record em São Paulo, 1968)

Pequena sugestão

Que tal acedermos todos ao pedido do Paulo Bento para criar mau ambiente no Estádio de Alvalade? Por mim, estou disposto a soltar uma cáfila de camelos famintos por sexo em pleno relvado de modo a poderem satisfazer as suas necessidades sexuais no corpo do treinador do Sporting. Podia ser que deixasse de ser tão idiota daí para a frente. E que também percebesse que cabelo com risca ao meio já nem nas aldeias mais escondidas da Beira Interior se usa.

Pronto, foi apenas uma ideia. Podia dar-me para pior. Vá lá que não pensei em rinocerontes, esses tarados.

12.11.08

Distraídos os meninos

Parece que os Estados Unidos perderam uma bomba atómica na Gronelândia. Se isto serve de consolo à Casa Branca, eu também já perdi as chaves de casa e nunca morri por causa disso. Portanto, é só uma questão de terem calma como eu tive que tudo se resolve.

Já agora, se alguém encontrar a bomba por aí que me diga. A minha mãe está quase a fazer anos e não sei o que lhe oferecer. E aquilo é coisa para ficar bem junto à lareira. Ou ao lado das fotos de família.

8.11.08

Patti Smith

Eis algo que já tem quase 30 anos e parece que nos foi hoje soprado ao ouvido. Já foi adaptada pelos U2 e pelos Simple Minds (pelo menos) e é uma das razões principais porque gosto tanto desta senhora.

Chama-se Dancing Barefoot, algo que gostaria de fazer soubesse eu dançar em condições.

5.11.08

Barack Obama


Rosa Parks e Martin Luther King devem estar orgulhosos. Finalmente, cumpriu-se o que faltava para todos sermos iguais.
O Mundo pode olhar em frente com mais optimismo.

31.10.08

Sarajevo

Percorri estas ruas há dias. E aprendi a dar mais valor aos que sofrem com a estupidez da guerra.

Ora porra!!!!!

Em apenas três dias de trabalho fiz mais de 500 quilómetros de carro, uma ida a Espanha incluída, dediquei uma média de doze horas à vida laboral (o que eu gosto de vida laboral, mas não me ocorre melhor e como não aprecio repetições não vou escrever trabalho de novo como há duas linhas atrás), fui avaliado pelo meu desempenho e praticamente não tive espaço para mim nem para os que mais gosto.

Dá raiva – um bocadinho, apenas, que não sou dessas coisas – pensar que há menos de uma semana estava longe e sem a cabeça neste tipo de questões. E mais raiva ainda perceber que bastou pouquíssimo tempo para tudo voltar a ser como dantes.

Daí que atribua cada vez mais valor às coisas simples da vida (olha, escrevi vida outra vez). E que curtos mas marcantes momentos se transformem em eternidade na minha memória, atirando para trás o que não importa.

(Que raio de frase rebuscada. Mais quatro assim e acho que estou apto a escrever um livro cheio de lugares comuns, tipo Paulo Coelho ou outra besta do género)

(E agora vou ouvir Nina Simone que a senhora faz sentir-me nas nuvens sem ter fumado nada ou bebido mais que a conta)

29.10.08

Resuminho

Houve Zagreb até ao dia começar a raiar e aquelas cervejas bebidas no antigo cinema com gente linda e fantástica (thanks Sonja and congrats for your future marriage, your husband is a real lucky guy).

Houve gente de Espanha, Irlanda, Israel, Japão, Brasil, França, Suécia (grande Anders, já tens casa onde ficar quando vieres ao Porto), da Hungria, do Canadá (and so on) que entrou na minha vida.

Houve aquele hostel impossível de descrever em Ljubliana e o bar mais louco onde já estive (o vinho era uma merda mas isso não interessa nada).

Houve o François e a Florence (shut up, the queen is sleeping)

Houve aquelas conversas à noite com cinco graus de temperatura e uma bela de uma lareira a aquecer-nos mais que os cafés que fomos bebendo (e não apanhei nenhuma gripe, não).

Houve Sarajevo e os olhos lindos da Harisa e o espanhol perfeito da Alma. E histórias da guerra que me fez admirar-vos como vocês não imaginam.

Houve paisagens lindas, montanhas arrebatadoras e muito mar claro e calmo.

Houve a simpatia do casal que me acolheu em Dubrovnik e a viagem curta mas bem interessante a Montenegro.

Houve o inglês macarrónico do Bruno, que em Split me 'emprestou' uma casa que mais parecia um palácio.

Houve a curtíssima ida a Itália pelo meio dos Alpes Julianos.

Houve muita coisa para contar que não cabe nestas linhas.

E há uma vontade imensa de voltar àqueles lados nos próximos tempos.

27.10.08

Olá que estou de volta



As fotos das férias seguem dentro de breves instantes. Entretanto podem ir tomar um banho e demorar-se qb.

9.10.08

Boas férias para mim

A mochila está pronta (lá vou eu andar com mais de dez quilos às costas)

A vontade de partir é mais que muita (é a mania que tenho de conhecer lugares e pessoas novas)

A pica e a adernalina já não têm por onde mais subir (o pior é que fico com um formigueiro no estômago que só não incomoda porque já não penso em mais nada)

Os planos estão feitos (a piada vai ser saírem ao contrário, é quase sempre assim e ainda bem)

Os contactos estão estabelecidos (até já arranjei portugueses com quem partilhar uns cafés e cervejas em Sarajevo, que isto da internet e das comunicações rápidas tem as suas vantagens)

Ora bem, posto isto (e o que eu gosto da expressão posto isto), adeus não digo que isso é para quem morre e apenas pretendo passar férias temporárias e não etenas. Fiquem com um até já e qualquer já sabem: comprem. Ou então tentem entrar em contacto comigo enquanto ando pela Croácia e Bósnia. Se não atender é porque ou estarei muito ocupado ou fui sequestrado.

Abraços e beijinhos

Deste que se assina, coisa e tal, tal e coisa

6.10.08

Contagem decrescente

Só faltam quatro dias

Uma modelo italiana de 20 anos está a vender a sua virgindade na Internet. Resumidamente, e melhor resumo é impossível, vai pela primeira vez para a cama com quem lhe oferecer mais dinheiro.

Se é pura ou puta, deixo ao vosso critério.

Eu cá acho que ela é um exemplo singular no mundo: trata-se da única mulher que se consegue entregar à prostituição com o hímen absolutamente intacto. Um case study, diria.

1.10.08

Ora aqui está algo que pode mudar o mundo (ou não)

Depois de quase um mês em estado vegetativo, o meu telemóvel voltou a funcionar.

Bom, imagino que depois desta preciosa informação o vosso estado de euforia seja tal que só querem é correr nus pela rua fora. (hummm... acho que já li isto em qualquer lado)

Mas não façam tamanho disparate. Além de não merecer tanto, correm o risco de apanhar uma bela de uma constipição. (hummm... isto também não me soa nada estranho, não)

Qualquer já sabem: comprem. Ou então liguem-me.

PS 1: Aqui o vosso amigo mais uma semana e qualquer coisa e está a aventurar-se para o lado dos Balcãs. (não foi para meter nojo, apenas estou com uma pica tal que tenho de fazer qualquer coisa e gritar na varanda a esta hora da noite é chato)

PS 2: A votação para eleger o nome do meu novo gato está encerrada. Fiquei contente porque participaram mais pessoas que nas duas últimas eleições presidenciais. No entanto, devo dizer-vos que a escolha há muito que a defini. Foi a minha pontinha de ditador africano a funcionar. E, além disso, ter o animal anónimo durante semanas podia causar-lhe danos incalculáveis para o resto da vida. Ele está a marimbar-se e reage da mesma forma chame-lhe eu por Alfredo, Roberto, Maria das Dores, Batatinha, Filipe, Pedro, Tomé, João Pé Torto, Zé Carioca, Adozinda, Pantufa ou Aspirina C: não me liga absolutamente nenhuma, o ingrato.

PS 3: O anúncio oficial do nome fica para mais tarde que agora, para além de não me apetecer escrever mais palermices, tenho que ir dormir pois conto acordar quase de madrugada por razões profissionais (assim o despertador mo permita).

Obrigado, cumprimentos à família e Bom Natal.

27.9.08

Ora aí está

To let myself go
To let myself flow
Is the only way of beeing
There´s no use telling me
There´s no use taking a step back
A step back for me

24.9.08

Quero que o verdadeiro Outuno chegue depressa para que o chão da minha cidade fique pejado de folhas castanhas claras.

Quero que o verdadeiro Outuno chegue depressa porque não há nada mais belo do que o anoitecer do Porto nestes meses.

Quero que o verdadeiro Outono chegue depressa para poder sair à rua, encostar as mãos à boca e aquecê-las durante um bom pedaço antes de enfrentar o frio.

Quero que o verdadeiro Outono chegue depressa para poder enrolar-me na cama e cobrir-me até à cabeça.

Quero que o verdadeiro Outono chegue depressa para poder beber chá de menta a ferver e comer bolachas de manteiga.

Quero que o verdadeiro Outono chegue depressa para poder desejar calor e sentir aquelas curtas brisas quentes como uma dávida dos deuses.

Quero que o verdadeiro Outuno chegue depresse porque tenho pressa de abraçar alguém e é no Outono que melhor sabem os abraços apertados.

Quero que o verdadeiro Outono chegue depressa para que um bom vinho tinto saiba verdadeiramente a vinho tinto.

Quero que o verdadeiro Outono chegue depressa para poder estar com os que mais gosto enquanto a chuva cai lá fora e escorre nas janelas.

Quero que o verdadeiro Outuno chegue depressa para tomar aqueles longos banhos e depois deles ficar enrolado na toalha uma eternidade.

Quero que o verdadeiro Outuno chegue depressa e pronto.

23.9.08

Ane Brun

E que tal esta vozinha doce da Noruega para embalar o sorriso?

22.9.08

Dizem que o Outono começa hoje.

E o Verão quando começou que não dei por ele? Fez-me lembrar aquelas pessoas que nas festas passam por nós, cumprimentam fugazmente e depois, quando queremos falar com elas de novo passado uns tempos largos, já foram embora.

Koop (e desculpem lá ser chato)

Confesso que estou viciado nisto. Faz-me bem, solta energia e só não ando para aí a dançar feito tolo porque sinceramente não tenho o mínimo jeitinho para tal (embora gostasse).

Swing your body and forget the world is watching you, é o que é.

21.9.08

Koop

Chamam-lhe Electro Jazz. Eu acho é que uma mistura inteligente de muita coisa que resulta em algo bem interessante, do mais interessante que ouvi ultimamente. São os suecos Koop. Sim, porque a Suécia não é só o IKEA. Ou os Abba, vá. E mulheres boas.

17.9.08

Abaixo os fóruns

Gostava que todos os que perdem tempo a telefonar para os chamados fóruns da televisão e rádio conseguissem entender que a figura que fazem é particularmente ridícula. O que me interessa a mim, e suponho que a qualquer pessoa normal, a opinião do senhor António Madeira, camionista do Seixal, ou de Margarida Valério, professora de Alfândega de Fé, sobre o aumento do preço dos combustíveis, a crise económica nos Estados Unidos, a destruição da camada de ozono ou os resultados da Liga das Campeões? Absolutamente nada. Zero.
Se eu ligasse para casa de alguém ao calhas, me apresentasse e pedisse dois minutos e meio para emitir o que me vai na alma sobre um qualquer assunto da actualidade, diriam o quê? Talvez que "este gajo é maluco" ou "não tem mais nada de útil para fazer" e desligariam imediatemente a chamada, não?
Pois bem, é isso mesmo que penso de vocês....

Arranjem alguma ocupação interessante para passar o tempo e não aborreçam quem quer estar sossegado, é um favor que vos peço.

Stone Temple Pilots - Interstate Love Song

O que curti ter sido adolescente quando coisas como esta batiam forte. Recordo tudo com mais que nostalgia boa. É com prazer, com frio no estômago, com orgulho de ter vivido o que vivi com quem vi. (não estou a falar de mulheres, suas mentes perversas. Quer dizer, por acaso também estou... Mas no singular, de alguém que deixou o toque delicado bem marcado nas minhas mãos naquele ano que pareceu uma vida inteira). Enfim...

Não liguem aos primeiros 30 segundos do vídeo, please.

15.9.08

Ena, ena...

... parece que os U2 vêm ao Porto em Junho do próximo ano. E logo para dois concertos de estádio.

I'll be there!

14.9.08

- Gostava de saber por que nos acontece isto.
- Também eu.
- Não percebes?
- Percebo, mas se te explicar perde o encanto todo.
- Então não expliques, vamos ficar assim. Iludidos mas encantados.
- Queres mais ou posso acabá-lo?
- Acaba-o.
- Achas que o céu fica mais negro quando olhamos para ele?
- Depende de quem o olha.
- Tu o que vês?
- Pedaços de estrelas e um bocadinho de nós em cada uma delas. Nós, não eu e tu. Todos.
- ...
- E tu?
- Não sei, não consigo ir tão longe.
- Então podemos ficar aqui mesmo.
- É melhor.
- Iludidos?
- Não. Encantados.

11.9.08

And sometimes it happens that you are friends and then
You are not friends,
And friendship has passed.
And whole days are lost and among them
A fountain empties itself.

And sometimes it happens that you are loved and then
You are not loved,
And love is past.
And whole days are lost and among them
A fountain empties itself into the grass.

And sometimes you want to speak to her and then
You do not want to speak,
Then the opportunity has passed.
Your dreams flare up, they suddenly vanish.

And also it happens that there is nowhere to go and then
There is somewhere to go,
Then you have bypassed.
And the years flare up and are gone,
Quicker than a minute.

So you have nothing.
You wonder if these things matter and then
As soon you begin to wonder if these things matter
They cease to matter,
And caring is past.
And a fountain empties itself into the grass.

Brian Patten
Confesso que fui pescar este belíssimo poema ao blogue do Pacheco Pereira. Sim, porque eu espreito o Abrupto de vez em quando...

Que isto arrepia-me, arrepia

Oh! Oceans, rivers, lakes
That we could swim as two
But I already own my
Own body of water

6.9.08

Quanto tempo falta para as férias, Pedro?
Parece que pouco mais de um mês.

Já sabes para onde queres ir e como, Pedro?
Parece que sim.

Há planos de viagem devidamente elaborados, Pedro?
Parece também que sim, pelo menos na minha cabeça.

Já tens sítio para onde ir, e ainda por cima de graça, pelo menos num dos países onde queres ir, Pedro?
Parece bem que talvez.

Já tens com quem partilhar alguns dias de viagem lá longe, Pedro?
Parece que sim, com montes de boa vontade do outro lado.

Já marcaste avião, alojamento e essas coisas que, vistas bem as coisas, são essenciais, Pedro?
Parece que estou à espera que esteja tudo esgotado para depois stressar à última hora.

Mas é disso que tu gostas mesmo, não é, Pedro?
Parece que sempre fui assim e dificilmente mudarei.

Mas depois não te queixes, ok, Pedro?
Parece que não, ao invés cortarei os pulsos ou baterei com a cabeça numa parede escamada.

4.9.08

Olha que coisa tão boa, olha

Ring! ring! its 7:00 a.m.!
Move yself to go again
Cold water in the face
Brings you back to this awful place
Knuckle merchants and you bankers, too
Must get up an learn those rules
Weather man and the crazy chief
One says sun and one says sleet
A.m., the f.m. the p.m. too
Churning out that boogaloo
Gets you up and gets you out
But how long can you keep it up?
Gimme honda, gimme sony
So cheap and real phony
Hong kong dollars and indian cents
English pounds and eskimo pence

You lot! what?
Dont stop! give it all you got!
You lot! what?
Dont stop! yeah!

Working for a rise, better my station
Take my baby to sophistication
Shes seen the ads, she thinks its nice
Better work hard - I seen the price
Never mind that its time for the bus
We got to work - an youre one of us
Clocks go slow in a place of work
Minutes drag and the hours jerk

When can I tell em wot I do?
In a second, maaan...oright chuck!

Wave bub-bub-bub-bye to the boss
Its our profit, its his loss
But anyway lunch bells ring
Take one hour and do your thanng!
Cheeesboiger!

What do we have for entertainment?
Cops kickin gypsies on the pavement
Now the news - snap to attention!
The lunar landing of the dentist convention
Italian mobster shoots a lobster
Seafood restaurant gets out of hand
A car in the fridge
Or a fridge in the car?
Like cowboys do - in t.v. land

You lot! what? dont stop. huh?

So get back to work an sweat some more
The sun will sink an well get out the door
Its no good for man to work in cages
Hits the town, he drinks his wages
Youre frettin, youre sweatin
But did you notice you aint gettin?
Dont you ever stop long enough to start?
To take your car outta that gear
Dont you ever stop long enough to start?
To get your car outta that gear
Karlo marx and fredrich engels
Came to the checkout at the 7-11
Marx was skint - but he had sense
Engels lent him the necessary pence

What have we got? yeh-o, magnificence!!

Luther king and mahatma gandhi
Went to the park to check on the game
But they was murdered by the other team
Who went on to win 50-nil
You can be true, you can be false
You be given the same reward
Socrates and milhous nixon
Both went the same way - through the kitchen
Plato the greek or rin tin tin
Whos more famous to the billion millions?
News flash: vacuum cleaner sucks up budgie
Oooohh...bub-bye

Magnificence!!

Fucking long, innit?

O Presidente da República disse em Varsóvia que a Polónia está na moda em Portugal.
Está?! Palavra que não dei por isso, talvez ande distraído.

A não ser que Cavaco estivesse a falar das estudantes polacas que vêm para cá fazer Erasmus. Se foi isso, dou-lhe toda a razão e mais alguma. Conheço quem tenha comprovado pessoalmente que as moças são bastante aprazíveis. Jeitosas. Boas de cama, vá.

Agora, como o Presidente saberá isso é algo que não me apetece questionar. A bem da Nação que já chega de escândalos.

29.8.08

Toca a votar aqui ao lado....

.... é de graça e não provoca dores de dentes, esófago, nos ossos das pernas, músculos do rosto e outras partes do corpo (das mais às menos íntimas)


A gerência agradece.
E o meu futuro novo animal também.

Pronto, é isto que cá vai por dentro *

When the day is long and the night, the night is yours alone,
When you're sure you've had enough of this life, well hang on
Don't let yourself go, 'cause everybody cries and everybody hurts sometimes

Sometimes everything is wrong. Now it's time to sing along
When your day is night alone, (hold on, hold on)
If you feel like letting go, (hold on)
When you think you've had too much of this life, well hang on

'Cause everybody hurts. Take comfort in your friends
Everybody hurts. Don't throw your hand. Oh, no. Don't throw your hand
If you feel like you're alone, no, no, no, you are not alone

If you're on your own in this life, the days and nights are long,
When you think you've had too much of this life to hang on

Well, everybody hurts sometimes,
Everybody cries. And everybody hurts sometimes
And everybody hurts sometimes. So, hold on, hold on
Hold on, hold on, hold on, hold on, hold on, hold on
Everybody hurts. You are not alone

* uma das melhores músicas que conheço, das que queria ouvir encostado ao teu ombro.

28.8.08

É bom começar o dia com estes dois, é

Barack Obama

Eis um excerto da intervenção de Barack Obama na convenção do Partido Democrata em 2004. Lembro-me de ouvir isto e pensar em Martin Luther King.

Quatro anos depois, espero é que os americanos sejam inteligentes quando forem votar. Apenas isso. Exemplos recentes deixam-me pessimista. Mas a esperança é a última a morrer.

Rammstein

Grande malha, grande som, grande vídeo.

A brincar, a brincar, foi a ouvir Rammstein que fui recordando algumas noções do Alemão que aprendi na escola já lá vão quase quinze anos. Continuo é a perceber muito pouco, mas sempre é melhor do que nada.

27.8.08

Cada vez que olho para o 'Primeiro de Janeiro' dá-me raiva. Acreditem que há certas pessoas a quem me apetecia espetar-lhes uma cabeçada bem dada na cana do nariz se as encontrasse pela frente. Já deveria ter estômago para muita coisa, mas gente rasca e sem valores enoja-me. E por lá é o que mais abunda agora. Uns lá dentro, outros cá fora a rastejar pelos restos enquanto ignoram a desgraça dos outros.
Pensei ir a Lisboa no sábado ver o Benfica-FC Porto. Mas ao fazer um pequeno orçamento mental da viagem quase tive um AVC. Mais vale comprar amendoins, caju, muita cerveja e assistir à desgraça pela televisão. Ou então passar os olhos pela guerra na Geórgia, nuns atentados no Iraque, nuns incêndios florestais, talvez até saber pormenor sobre certos assaltos violentos. Mal por mal... O que conta é estar entretido.
Olha, parece que tenho um blog.
Olha, parece que ele anda para aqui tão sozinho e abandonado, tadinho.
Olha, parece que até chora ao esperar ansiosamente escritos meus.
Olha, parece que estou a escrever parvoíces outra vez.
Olha, parece que sempre foi assim.
Olha, parece que sim.
Olha, parece vou ali e já venho.
Olha, parece que está bem.
Olha, parece que então qualquer coisa e obrigado.
Olha, parece que nem por isso.
Olha, parece que ok.
Olha, parece que me apetece parar antes que saia mais idiotice.
Olha, parece que está bem.
Olha, parece que é agora.
Olha, parece que já foi.

Um grande bem-haja para mim.
Aprecio bastante bem-hajas. Isso e sushi.
Embora prefira bem-hajas. Sempre não perturba o estômago.

22.8.08

20.8.08

Desculpas absurdas IV

"Isto para mim está visto que de manhã é só na caminha"
Marco Fortes, lançador do peso depois de péssima classificação nas eliminatórias disputadas de... manhã.
(Era na caminha era, era na caminha mas com um bando de presidiários a sodomizar-te até devolveres o dinheiro que andaste a receber durante estes anos todos de preparação para os Jogos Olímpicos. Dinheiro que também é meu, já agora, que pago impostos a tempo e horas)

"Não fui feita para este tipo de competições"
Vânia Silva, lançadora do martelo, após ficar quase em primeiro das últimas.
(Se calhar o melhor é actuares apenas em torneios na tua rua e em festas de aniversário, não vás cansar-te muito)

"Cheguei à pista e bloqueei quando vi aquele público todo"
Arnaldo Abrantes, último na sua eliminatória dos 200 metros a grande distância do penúltimo
(Realmente é chato correr num estádio olímpico cheio de pessoas, é. Para a próxima avisa que o pessoal sai todo para te sentires à vontade. Ou então dedica-te à pesca, um desporto mais solitário)


Até a Mongólia tem mais medalhas que nós, porra! A Mongólia!!!!! Vá lá que as Seychelles parece que ainda não ganharam nada. E o Suriname parece que também não, valha-nos o consolo.

Tindersticks - Another Night In

Greeds all gone now, theres no question
And I can see you push your hair behind your ears
Regain your balance
Doesnt matter where she is tonight
Or with whoever she spends her time
If these arms were meant to hold her
They were never meant to hold her so tight
For the love of that girl
Greeds all gone now, the panic subsides
When I could run, pulling arms to love her
Try to put myself on on the inside

For the love of that girl
Tears swell, you dont know why
For the love of that girl
They never fall, they can never run dry
For the love of that girl

Promise is never over, never questioned it needed reply
But she could breathe deep into my neck
Let me know Im just on the outside

(chorus)

Greeds all gone now, theres no question
And I can see you push your hair behind your ears
Regain your balance
Doesnt matter where she is tonight
Or with whoever she spends her time
If these arms were meant to hold her
They were never meant to hold her so tight

(chorus)

Gostava de saber onde se desliga o botão da saudade. Estou farto de o procurar e não o encontro. O pior é que se calhar não quero encontrá-lo e prefiro continuar assim.

16.8.08

Ennio Morricone

Eis a receita ideal para deixar um gajo para lá de bem disposto e super arrepiado logo pela manhã.

Bom fim-de-semana!

Para memória futura

Quando morrer, há alguns desejos que gostava que me fossem proporcionados. Primeiro, não quero flores nem ninguém vestido de preto no velório. Depois, pretendo música, muita música. Excepto o My Way, do Sinatra. Quer dizer, se for esta versão até aceito, aliás exijo-a. Caso contrário, o meu espírito assombrar-vos-á o resto das vossas vidas, durem elas o que durarem. Finalmente, quero as minhas cinzas atiradas para o mar. Isso é mais que um desejo, é quase uma ordem.

Ah, e livrem-se de discutir sobre o meu seguro de vida. Apesar de não ser uma quantia por aí além, já está bem destinado e a pessoa em causa sabe-o. Além do mais, se detesto que falem de mim nas minhas costas agora, depois de morto irei achar uma falta de respeito.

E porquê agora esta conversa? Porque não gosto de deixar assuntos pendentes (não é por estar com ideias suicidas, a minha vontade de viver – bem e por muitos anos – é bastante, garanto)

"Colegas são as putas. Nós somos jornalistas e os jornalistas são camaradas e tratam-se por tu".

Esta foi a resposta de Neves de Sousa a uma camarada que o abordou para tirar uma dúvida qualquer referindo-se a ele como 'colega'.

Conhecia a estória há algum tempo e recordei-a recentemente através de uma magnífica crónica do não menos magnífico Baptista-Bastos.

Devo dizer que me lembro dela amiúde. Estamos numa época em que os camaradas são cada vez menos e os preenchedores de conteúdos abundam. Colegas, ao fim e ao cabo. Putas de serviço, basicamente.

15.8.08

Ou sou eu que estou errado?

Não existe uma súbita onda de criminalidade violenta em Portugal. Estamos é em Agosto e não há notícias.

(Há alguns anos li uma teoria bem interessante de um autor cujo nome não me recordo que explica que a violência é tão mais sentida pela população quanto mais propalada pelos media. Ou seja, num país com poucos crimes, ou os normais, se todos os dias nos inundarem com notícias sobre sangue vamos ter a ideia que somos violentos como o Brasil não tarda nada. Se, pelo contrário, formos realmente um país onde acontece um crime em cada esquina mas a comunicação social passar ao lado do fenómeno, andaremos todos aqui felizes da vida como se vivêssemos no paraíso. Simples, não é?)

Desculpas absurdas III

Não são bem desculpas, mas uma boa anedota sobre a nossa participação nos Jogos Olímpicos.

Um judoca desatou a bater como um desalmado num brasileiro que supostamente lhe roubou a namorada aqui há uns anos – eu também faria isso, só que não em plenas Olímpiadas. Perdeu os combates seguintes. Tivesse tido mais adversários que o cornearam e agora estaria de medalha de ouro ao pescoço.

A égua de um dos representantes portugueses assustou-se com o painel electrónico e ficou literalmente histérica. Desculpando a brejeirice, uma égua histérica na cama não é mau de todo, nos Jogos Olímpicos é aborrecido e deita a perder o trabalho de muitos anos.

14.8.08

Primeiro de Janeiro

Faz hoje exactamente duas semanas que o 'Primeiro de Janeiro' fechou. Fechou não, que os seus trabalhadores foram alvo de um despedimento colectivo indigno e desumano. Porque sabujos houve que se apressaram a tomar-lhe as rédeas e a acatar ordens de um patrão igualmente sabujo passando por cima dos direitos dos outros de forma a cumprir ordens superiores para colocar o jornal cá fora de novo com o menor número de meios possível. Igual a uma fábrica de confecções ou outra qualquer, portanto; fecha-se agora, abre-se daqui a bocado com menos funcionários, típico do provincianismo do patronato português.

Se nada escrevi sobre o que aconteceu no 'Janeiro' não foi por falta de consideração pela instituição e pelas pessoas – a grande maioria delas porque a algumas só me apetecia cuspir-lhes na cara – que lá resistiram até ao fim. Não o fiz porque, muito sinceramente, a minha vontade de desabafar neste blogue tem sido quase nula e porque acreditei, chamem-me ingéuno se quiserem, que durante estes dias de angústia houvesse uma luz que reacendesse a esperança de reintegrar os meus camaradas no seu lugar legítimo mercê da luta que meritoriamente travaram para chamar a atenção sobre o que estão a sofrer na pele. Infelizmente voltei a ser traído pelo meu optimismo. Já tenho idade para ter juízo e não acreditar tanto na bondade do destino mas nunca mais aprendo.

Passei cinco anos da minha vida no 'Primeiro de Janeiro'. Foi lá que comecei a trabalhar num jornal. Dia 15 de Março de 1999 entrei naquela redacção pequena de espaço, quente e até um tanto anárquica e por lá me mantive até 31 de Maio de 2004, curiosamente dia de aniversário. Não se pode dizer que tenha abandonado o 'Janeiro' porque fiquei sempre com um carinho muito especial por ele. Apesar dos defeitos (que eram muitos), da irresponsabilidade intelectual de uma minoria (suficiente para estragar o esforço de quase todos), da luta diária para colocar cá fora algo minimamente decente (mesmo com muitas correntes internas absolutamente exasperantes de tão estúpidas), guardo as melhores recordações do tempo que lá passei.

Foi no 'Janeiro' que aprendi grande parte do que sei hoje. E que fiz amigos que ainda hoje mantenho e com quem adoro recordar estórias passadas em conjunto dentro daquelas paredes e fora delas em longas noites onde se misturam copos, nostalgia, gargalhadas e muitos sorrisos de cumplicidade por um passado comum vivido em conjunto. Alguns deles, muito poucos, cabem até no restrito lote do que se pode considerar irmandade e não amizade. O 'Janeiro' tinha isso: misteriosamente conseguia criar laços de afecto entre as pessoas dificilmente desatáveis. Mesmo nos momentos mais filhos da puta. Aliás, era aí que se conseguia perceber quem era quem, quem queria o quê, quem estava ao lado de quem, quem remava para o lado da dignidade e quem preferia chafurdar o pântano da sacanice.

Por isso, na hora difícil em que recebi a notícia do fecho do 'Janeiro', acreditem que foi como se também eu tivesse sido despedido, como se a desgraça também fosse minha, como se o sofrimento me atravessasse tanto o coração como a vocês. Porque eu também fui do 'Janeiro' e tenho orgulho nisso. Bastante. E do 'Janeiro' uma vez na vida, e repito que estive lá cinco anos, do 'Janeiro' para a vida toda. Apesar de tudo: das más condições, dos salários miseráveis, da tristeza de ver o trabalho de todos pouco reconhecido. Fica a honra de ter trabalhado naquele que foi em tempos um dos melhores, senão o melhor, jornal português.

Propositadamente não falei do comportamento abjecto dos que supostamente deveriam ter estado à frente da defesa dos vossos interesses. Dos que afirmam que o carácter se demonstra nos momentos mais difíceis e que à primeira oportunidade saltam do barco e esfaqueiam nos costas quem lhes deu de comer. Dá-me nojo abordar pessoas que não passam de ratos.

13.8.08

Metade de Portugal está de férias, a outra metade anda a queixar-se que as férias souberam a pouco e já sonha com as do próximo ano que nunca mais chegam.

Eu, que só as tenho em Outubro, rio-me de fininho de todos eles...

Desculpem, acordei meio sádico hoje. Antes isto que escrevi do que atirar velhinhos para o meio da estrada em hora de ponta.

12.8.08

Desculpas absurdas II

Mais umas pérolas dos nossos atletas olímpicos depois de resultados pouco conseguidos:

"A culpa foi do vento que se sentia no pavilhão"
Marco Vasconcelos, afastado no badminton por um... indiano

"Isto foi tudo culpa dos árbitros porque já eu tinha ganho a todas as que passaram à minha frente"
Telma Monteiro, judoca que andou a prometer medalhas e vai chegar a Portugal com migalhas e um carimbo de falta de fair play colado à testa.

11.8.08

Ofereço...

.... uma infecção na garganta (daquelas fortíssimas, que não ando para aqui a vender o mau pelo bom), febre e dez dias consecutivos de trabalho.

Tudo em bom estado

O preço é coisa a discutir. Mas com a disposição que estou, quem quiser pode levar a encomenda de graça.

Os interessados que me contactem.

Obrigado

9.8.08

Primeiro dia de Jogos Olímpicos, primeiro dia de desculpas absurdas de atletas portugueses a quem as provas correram particularmente mal.
André Cardoso, que terminou acima dos setenta primeiros no ciclismo, justificou a sua prestação menos conseguida com "uma má-disposição". Faltou saber se física, se mental.
Ana Moura , eliminada na primeira ronda do torneio de badminton, disse que foi para o jogo com "uma dor de cabeça" que lhe retirou a concentração.

Enfim, estamos ainda no início e a pérola maior ainda está por bater. Ocorreu nos Jogos de 1992 ou 1996, não sei ao certo, e teve como protagonista um maratonista que não cumpriu nem metade do percurso. Porquê? O próprio explicou na altura com uma cara de quem o tinha violado sem clemência: "ontem à noite comi uns molhos e hoje não aguentava as dores de barriga".

Fantástico...

Obs: Quem disser mal da Naide Gomes a cem metros de mim corre o risco de ser fuzilado. Aquilo sim é um exemplo do que é uma mulher atleta. Mesmo que não ganhe o ouro, merecerá sempre o nosso agradecimento dadas as condições paupérrimas em que treina e os resultados magníficos que alcança – é, simplesmente, a melhor saltadora do mundo.

6.8.08

Juro que não tenho nada contra os indianos e paquistaneses que habitam no Porto. Mas gostava de lhes sugerir que seria bom que utilizassem os passeios em vez das ruas quando saem à rua em família – estamos a falar de grupos de vinte pessoas, por aí. Parecendo que não, incomodam quem está a conduzir e, não é que queria ser chato, criam uma situação que pode tornar-se um perigo.
Além do mais, isto ainda não é Bombaim ou Lahore. Está a aproximar-se disso, mas ainda falta um pedaço para chegar lá.

31.7.08

Bom, bom, é ouvir o telemóvel como se não houvesse amanhã enquanto se está no banho, sair a correr da banheira para o atender, chegar ao dito e ele desligar, voltar para a banheira e o rapaz regressar ao ritmo histérico, chapinar a casa toda e pegar no aparelho de novo e ouvir do outro lado um dos chefes dizer que me espera um dia daqueles – mal ele imagina que lhe falei completamente nu.

Melhor ainda é fazer mais de 300 quilómetros de carro debaixo de um sol para cima de 30 graus, andar sempre em contra-relógio (será assim que se escreve?), chegar ao jornal já à noite e ter que despachar uma peça com o corpo todo suado, a camisa ainda a colar ao corpo e as ideias a aparecerem na cabeça a um ritmo mais lento que uma maratona para maiores de 70 anos.

Agora, perfeito, mas honestamente perfeito, é terminar o trabalho e partilhar umas cervejas com a companhia ideal (um bom amigo, não vão as cabeças mais atrevidas começar com pensamentos obscenos quanto à minha pessoa) num barzinho onde nunca tinha ido mas onde passarei a sentar o cu (desculpando o calão) assiduamente. Chama-se 'O Barril', fica para os lados das Antas, perto da Francisco Sá Carneiro, e serve uns snacks que faz favor de ver. Ah, pormenor importante, pode-se fumar.

25.7.08


Tenho acompanhado a Volta à França na medida do possível, tal como o faço quase todos os anos, aliás. Quer dizer, ainda mantenho a minha sanidade nos limites para não ficar cinco horas seguidas diante da televisão, mas não resisto a dar uma longa espreitadela. Especialmente quando a beleza daquelas paisagens de montanha me faz babar e quando o pelotão atravessa vilas e cidades que são tão harmoniosas que me apetece insultar seja lá quem for por ter nascido em Portugal.


Bom, resumindo e concluindo, há algo que penso sempre que assisto ao Tour: não seria mais fácil fazer aquilo de carro?


Falando muito a sério: os comentários do Alexandre Santos e do Marco Chagas na RTP N são de se lhe tirar o chapéu de tão bons. É o que se chama excelência.

24.7.08

Agora que o caso Maddie está definitivamente encerrado, gostaria de lembrar aos investigadores aquilo que sempre lhes sugeri desde que a menina desapereceu: vocês têm a certeza que procuraram bem debaixo da cama dela?

23.7.08

Pixies

Só para dizer que hoje acordei bem disposto.

Obrigado, com licença e desculpem o mau jeito.

Dubrovnik, Croácia


E pronto, é por aqui que quero andar nas minhas férias.
Agora resta-me sonhar mais um bocadinho, juntar uns trocos mais que valentes e planear tudo direitinho.
Mas que vou fazer tudo para tal acontecer, isso vou. Nem que vá sozinho como o ano passado.
Ainda por cima já sei perfeitamente como sou quando meto uma coisa na cabeça, por isso...
Agora aturem-me

22.7.08

Hoje tive um sonho erótico com a Maya.
Estarei a ficar homossexual?

Pelo sim, pelo não, tomei banho, como dizia o outro.

21.7.08

The Doors - Touch Me

Não fui ao 'Marés Vivas' ver aquela fraude que são os restos dos The Doors estragarem uma herança que devia estar bem preservada.

Só gostava que ficassem a saber que considero esta uma das pérolas que eles, os originais, nos deixaram. Tem quase 40 anos, mas podia ter sido composta ontem que continuaria a ser belíssima. Sinal de eternidade.

Yeah!, come on, come on, come on, come on
Now touch me, baby
Cant you see that I am not afraid?
What was that promise that you made?
Why wont you tell me what she said?
What was that promise that you made?
Now, Im gonna love you, till the heavens stop the rain
Im gonna love you
Till the stars fall from the sky for you and i
Come on, come on, come on, come on
Now touch me, baby
Cant you see that I am not afraid?
What was that promise that you made?
Why wont you tell me what she said?
What was that promise that you made?
Im gonna love you, till the heavens stop the rain
Im gonna love you
Till the stars fall from the sky for you and i
Im gonna love you, till the heavens stop the rain
Im gonna love you
Till the stars fall from the sky for you and i


Ter o trabalho de andar quase meio ano a fazer uma manta gigante é, já de si, um bocadinho estúpido. Pendurá-la depois numa ponte, parece-me mais idiota ainda. Agora, a questão é que aquilo tinha tanto de enorme que ontem jantei mesmo em frente à Ponte D. Luiz, cuja vista nocturna é das poucas coisas que me faz ter orgulho em ter nascido e viver no Porto, e não vi porra de manta nenhuma quando ela deveria lá estar exposta desde o início da tarde. Terá sido culpa do vinho que bebi? Não é suposto porque não me excedi por aí adiante. Das cervejas que se seguiram? Nada provável. Por ter depois estado entretido a tentar perceber o que as linhas das mãos podem significar em relação aos caminhos da vida? Quem sabe. Aliás, isto de andar a ler a sina e de me a lerem descambou em qualquer coisa a modos que muito agradável. Mas isso agora não interessa e ninguém tem nada a ver com isso...


(Não, a foto não tem a manta. A beleza de um monumento como este impede-me de ajudar a estragar-lhe a imagem com tal parvoíce)

17.7.08

Joan As Police Woman

Ora cá vai algo que me tem preenchido os sentidos nos últimos tempos. Bem bom. Fofinho, quente, delicioso, a fugir para o lamechas mas a nunca chegar lá, simples, agradável, fazedor de sorrisos tímidos.... Gosto de ouvir isto de copo de vinho na mão e pés descalços no chão a sentir a energia subir-me pelo corpo.

E sabem de quem foi namorada a menina, sabem? Do grande Jeff Buckley...

15.7.08

Um ano (parece que foi anteontem)

Há um ano, mais dia menos dia, estava eu de partida para 15 dias de férias all by myself (não, juro que não foi daquela música dos travestis que me lembrei agora). Algo que rapidamente se transformou numa das melhores experiências da minha vida. Começou mal, é certo, com um avião perdido, quatro ligações aéreas e quase 24 horas de viagem – saí daqui eram quatro da manhã, só cheguei a Riga à meia-noite. O que vale é que me recordo disso agora mais com sorrisos do que com as dores de cabeça que tive então.
Às vezes penso que não teria feito metade do que fiz na altura. Aliás, foi bom porque me consegui colocar à prova em muita coisa. Mas o melhor de tudo foi conhecer gente de todo o lado menos de Portugal. E continuar, embora à distância, a falar com alguns deles. Eles houve japoneses (o tal que não entendia uma porra do que ele dizia e só lhe respondia sim ou não), croatas, suecos, letões, estónios, russos, bielorrussos, italianos, espanhóis... Enfim, foi a Europa quase toda e mais um bocadinho do mundo repartido por quatro países – Letónia, Lituânia, Estónia e Finlândia. Isto além de ter conhecido cidades para lá de agradáveis, apesar de todos os sacrifícios.

Foi bom, mais que bom. Pena que já foi há um ano e que não se vai repetir. Fica o desafio para algo melhor daqui para a frente, o que será complicado mas estimulante. E até deu para tirar umas fotos porreiras mesmo depois de a máquina se estragar a meio da viagem.

Há um ano também, mais dia menos dia, começava algo que me viria a dar tanto de alegria como de desilusão e um belo pretexto para nova viagem, desta vez para um bocadinho mais longe. Mas não me apetece falar disso agora.

14.7.08

Boa semana!

Vejam lá se se recordam desta bela malha...

Nina Simone

Please be patient with your life
It's only morning and you're still to live your day

(esqueçam o vídeo, a música é que é importante e dar ouvidos a esta senhora é um privilégio)

13.7.08

Lura

Gosto muito desta menina. Daquela sensualidade africana que provoca sem ferir. Ela é de Cabo Verde, terra que transforma o nada em tudo, o impossível em possível. O segredo da vida é esse: lutar pelo que se quer mesmo sabendo de todas as dificuldades. E ter a coragem para andar para a frente. Porque sem coragem nada muda e o futuro só servirá para se olhar para o passado e lamentar o que não se fez.

11.7.08

Este blog encontra-se encerrado temporariamente por falta de vontade do autor, embrenhado que está em tentar compreender as circunstâncias da vida.

Ou melhor, encerrado de todo não está. Vou aparecendo por aqui para colocar música que me diga algo. Porque há várias que acertam em cheio naquilo que vai na minha cabeça.

E mais qualquer coisinha que me apeteça.

Com licença, vou ali e já venho.

Beijinhos e abraços

8.7.08

Mais uma da melhor banda do mundo *

They love me like I was a brother
They protect me, listen to me
They dug me my very own garden
Gave me sunshine, made me happy

Nice dream, nice dream, nice dream

I call up my friend, the good angel
But she's out with her ansaphone
She says she would love to come help but
The sea would electrocute us all

Nice dream [x7]

If you think that you're strong enough
If you think you belong enough
If you think that you're strong enough
If you think you belong enough

Nice dream [x4]

* dedicada aos que verdadeiramente cuidam de mim ao ponto de me fazer sentir que sou um gajo do caraças. Que ainda os há, sim senhor, não são apenas um 'nice dream'.
Quer dizer, um gajo do caraças também não, que sou modesto. Que me fazem sentir para lá de bem, vá.

Ainda não disse o que penso sobre os resultados (?) da última reunião (?) do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol, pois não?
Simplesmente isto: hahahahahahahahahahahahahhahahah (pausa para descansar) hahahahahahahahahahahahhahahahhahah (nova pausa que isto dá cabo dos pulmões) hahahahahahahahaha (e agora chega que já estou a abafar)

É tão bom viver num país do terceiro mundo...
Pelos vistos, o avião onde seguia Barack Obama teve que aterrar de emergência devido a problemas mecânicos.

Bem dizia Hillary Clinton que a morte de um candidato podia incentivar a corrida democrata à Casa Branca. Boa tentativa. Para a próxima, e permita-me a sugestão, experimente cortar os travões da carrinha do camarada Obama. Ou então contrate alguém com boa pontaria para lhe acertar dois ou três tiros em cheio no cérebro. Pode também tentar colocar-lhe vidrinhos na sopa. O provável, porém, é que ele só morra lá para 2012, que é bem capaz de não ser conveniente à senhora, calculo.

6.7.08

Mein Schuldiges Vergnügen *

Não sei se é um 'guilty pleasure', um recalcamento qualquer, uma pontinha de 'kitsch'. Sei é que ainda me divirto à brava quando ouço isto.

* ou algo assim parecido

4.7.08

Ainda ontem éramos adolescentes cheios de sonhos na cabeça e muita vontade de experimentar a vida e hoje já és pai. Porra, o tempo passa depressa. Foi quê? Há quinze anos, dez? Qualquer coisa assim. Aliás, ainda me recordo quando falávamos como iria ser a nossa vida quando tivéssemos a idade que temos hoje. Uns passaram ao lado, outros acertaram em cheio, outros andam no meio termo. Não sei, sinceramente, onde me encaixo. A única coisa que sei é fico mais que feliz por ti, brother.

Tivemos caminhos diferentes, reencontros , mais uns quilos em cima de nós – mais de mim, é certo –, mas amizade nunca sofreu um beliscão que fosse. Não importa o tempo em que não nos cruzamos, importa é que sempre que nos voltamos a ver a força do nosso abraço é cada vez maior.

Agora, livra-te é de meteres na cabeça da criança que o Benfica é o maior . Que eu saiba a última coisa que um pai quer é que os filhos sofram.

Abração... Temos que ir entornar uns copos em breve. Se quiseres convida o bebé. Assim fica a ver como se comporta o pai quando bebe qualquer coisa a mais. Ou melhor, se calhar não é boa ideia. É melhor evitar figuras tristes para não chocar o miúdo.

3.7.08

Há ladrões que são assim como que estúpidos. Não é que houve quem decidisse roubar o carro da minha irmã, um velho Toyota Starlet (sim, aquele que foi meu durante anos a fio) para realizar um assalto?

Bom, se a coisa tinha corrido mal queria ver como é que depois conseguiam escapar fosse a quem fosse dentro do Boguinhas (era assim que o tratava carinhosamente quando o conduzia, pode dizer-se que tínhamos uma relação afectuosa como de pai para filho mimado).

Podiam ter gamado, por exemplo, um BMW ou um Mercedes. Além de ficarem melhor servidos, os donos dos veículos certamente teriam mais possibilidades de pagar o conserto dos estragos que as bestas provocaram.

Amarguinhas

Cá estão elas, as ditas Amarguinhas.

A música era a modos que cocó. Mas isso era o menos...

The Breeders

Memórias da adolescência...

Lembrei-me agora de uma bela de uma banda portuguesa da época que eram as Amarguinhas. As meninas eram de Leça e pode considerar-se que eram bem boas, especialmente a vocalista. E eu que tive a poucos metros dela várias vezes. Mas o máximo que conseguia fazer, tal como o pessoal que estava comigo, era ficar de boca aberta a babar-me e com os olhos cravados naquele corpinho. Eram as hormonas a saltar, era o que era.

2.7.08

- What's the difference between a priest and a pimple?
- A pimple comes on a boys face after puberty.

1.7.08

- Tu és mau...
- Sou nada, tu é que és.
- És feio.
- Tu e a tua família toda são mais feios do que eu.
- Tens caca no nariz.
- Tu na boca, na cara e na cabeça.
- O teu pai anda metido com a vizinha da frente.
- E a tua mãe com o bairro todo.
- Dizes isso mais uma vez e chamo o meu primo que pesa 100 quilos e anda no boxe.
- E eu chamo os meus primos todos que são polícias.
- Vou a casa buscar uma faca para te espetar na barriga.
- E eu vou buscar a arma do meu pai e rebento-te com os miolos.
- Feio.
- Mau.

É assim que vai o grau de argumentação entre Marcelo Rebelo de Sousa e o ministro da Agricultura. Isto promete...

30.6.08

Olé!




Español, español, yo soy español!!!!

29.6.08

Beth Gibbons - Mysteries

Com licença, vou tentar adormecer com esta coisa tão doce a embalar-me...


God knows how I adore life
When the wind turns on the shores lies another day
I cannot ask for more

When the time bell blows my heart
And I have scored a better day
Well nobody made this war of mine

And the moments that I enjoy
A place of love and mystery
I'll be there anytime

Oh mysteries of love
Where war is no more
I'll be there anytime

When the time bell blows my heart
And I have scored a better day
Well nobody made this war of mine

And the moments that I enjoy
A place of love and mystery
I'll be there anytime

Mysteries of love
Where war is no more
I'll be there anytime

Um jornalista macedónio foi preso, e acabou por se suicidar na cadeia, depois de a polícia descobrir que era ele o suposto autor de três macabros crimes cujos contornos descrevera durante dias a fio no jornal onde trabalhava. Ivo Kotevski, assim se chamava o senhor, matou três mulheres e suspeita-se que tenha feito o mesmo a uma quarta.

Há quem critique. Eu acho que isto tem que se lhe diga em termos de brio profissional. É o que se chama estar em cima do acontecimento e beber de fonte segura.
Não dá para pedir ao senhor de lá de cima que baixe um pouco a temperatura do ar condicionado? Dias de calor são uma dádiva, concordo. Mas isto não é calor, é um pequeno pesadelo. Ainda por cima para pessoas como eu que têm que estar a trabalhar debaixo de tamanho braseiro ao invés de se encontrarem em locais bem mais aprazíveis.

A gerência agradece.

27.6.08

Agradável, agradável é acordar às seis da manhã e pouco mais conseguir dormir até à hora a que normalmente acordo para ir trabalhar.

Mais agradável ainda é chegar ao carro e aperceber-me que houve alguém que decidiu brindá-lo com mais uma batida. Vá lá que teve a decência de deixar o contacto e diz estar disposto a pagar tudo. Do mal o menos.

Substancialmente mais agradável é ver novamente o carro bloqueado pelas bestas da Polícia Municipal, pagar uma multa generosa e pensar que deitei dinheiro ao lixo estupidamente.

Agora, agradável mesmo, no bom sentido da palavra, foi aproveitar uma noite fantástica com vocês.

Ah, o carro não voltou a pregar-me mais nenhuma partida, não senhor. Mas, para compensar, o monitor do meu computador decidiu, por vontade própria, alterar a definição de cores. De maneira que estou a olhar para ele e a ficar praticamente cego. Ou então a sentir os mesmos efeitos que sentiria se tivesse enfiado uma pastilha de LSD debaixo da língua. Só faltam mesmo as alucinações. Não deve faltar muito, é certo.

26.6.08

Penso muitas vezes nisto

O que é doença é desejar com igual intensidade o que é preciso e o que é desejável, e sofrer por não ser perfeito como se se sofresse por não ter pão. O mal romântico é este: é querer a lua como se houvesse maneira de a obter.
(Fernando Pessoa)
Saber não ter ilusões é absolutamente necessário para se poder ter sonhos.
(Fernando Pessoa)

Radiohead

Mais uma da melhor banda do mundo. Quando a ouço ou me dá para ideias suicidas, que são sempre desagradáveis e que nunca teria coragem de as concretizar porque viver faz parte dos meus planos por mais uns longos anos, ou então para passar os dedos pelos cabelos de alguém encostado ao meu ombro. À falta de uma e outra coisa, dá-me para ficar arrepiado da cabeça aos pés. E posso garantir que é raríssimo algo, seja o que for, provocar-me tal sensação.

25.6.08

Radiohead

A melhor banda do mundo. Ponto final, parágrafo, passemos ao próximo ponto.

Se bem que a cada álbum novo, como foi o caso do último, a coisa de início parece esquisita. Um pouco como a Coca Cola segundo Fernando Pessoa: primeiro estranha-se, depois entranha-se. E quando se entranha Radiohead garanto que é para ficar para lá de deliciado. Sempre.

24.6.08

Nine Inch Nails

(eis o meu lema de vida. Em tudo o que a vida diz respeito)

You're keeping in step
In the line
Got your chin held high and you feel just fine
Because you do
What you're told
But inside your heart it is black and it's hollow and it's cold

Just how deep do you believe?
Will you bite the hand that feeds?
Will you chew until it bleeds?
Can you get up off your knees?
Are you brave enough to see?
Do you want to change it?

What if this whole crusade's
A charade
And behind it all there's a price to be paid
For the blood
On which we dine
Justified in the name of the holy and the divine

Just how deep do you believe?
Will you bite the hand that feeds?
Will you chew until it bleeds?
Can you get up off your knees?
Are you brave enough to see?
Do you want to change it?

So naive
I keep holding on to what I want to believe
I can see
But I keep holding on and on and on and on

Will you bite the hand that feeds you?
Will you stay down on your knees?

23.6.08

Lula Pena - Passion

É por causa de músicas como esta que gostaria de saber dançar. Assim, limito-me a abanar a cabeça, os ombros, a bater os pés e mais qualquer coisinha. É muito bom. E é português. Com um fenomenal toque argentino, sim, mas bem português.

São João

Há duas coisas que me deixam a modos que intrigado com coisa do São João. Não que me vá suicidar por não aguentar viver com tamanhas dúvidas, é simplesmente espécie. Gosto tanto de espécie. Sobretudo pronunciado por alguém com um forte sotaque do norte. Sai qualquer coisa como 'espéce', o que equivale a dizer que a pessoa em causa parece que tem os lábios deformados ou não aprendeu a falar como deve de ser. Pode dar-se o caso de ser mongolóide, mas não me apetece colocar isso em questão.

Bom, o São João é fascinante no sentido curioso do termo porque ainda não consegui entender em que consiste a piada de levar marteladas – de plástico, é certo – na cabeça durante uma noite inteira. Ou seja, e falo por experiência própria, é chegar a casa com o crânio literalmente massacrado umas centenas de vezes. Se juntarmos a isto que já se está bem bebido, é bom de dizer que o dia seguinte é ideal para ficar em casa deitado na cama a recuparar do masoquismo.

Outra coisa é o fogo de artifício, ritual onde se gastam milhares de contos, em moeda antiga, e o proveito é pouco. São quinze minutos em que se fica de pescoço inclinado a olhar para o ar a ver os foguetes estourar a bom ritmo. Acresce o tal teor etílico do corpo e a estupidez de estar à mercê dos carteiristas. Por acaso, verdade seja dita, nunca fui roubado, mas já dei por mim com o estômago às voltas depois de quinze minutos a ver cores sucederem-se umas às outras no ar e um barulho ensurdecedor a azucrinar os ouvidos.

Agora, do que tenho saudades é daquelas festas de São João que terminavam madrugada dentro na praia. Não digo é a fazer o quê porque descobri recentemente que a minha mãe também lê este blogue.

Monty Python

Só para animar um bocadinho...
Um dos melhores sketches dos Monty Python, digo eu. Respeito quem disser o contrário. Corre é o risco de levar um pontapé nos testículos. Ou nas trompas de falópio.

21.6.08

Watch out the world's behind you
There's always someone around you who will call

20.6.08

Ora aí está o que vai cá dentro (sinto-me é como uma quinta-feira chuvosa, não como um domingo de sol)

Know it sounds funny but I just cant stand the pain
Girl Im leaving you tomorrow
Seems to me girl you know Ive done all I can
You see I begged, stole and I borrowed
Yeah
Thats why Im easy
Im easy like sunday morning
Thats why Im easy
Im easy like sunday morning
I wanna be high
Soo high
I wanna be free to know the things I do are right
I wanna be free
Just me
Oh baby
Thats why Im easy
Im easy like sunday morning
Thats why Im easy
Im easy like sunday morning