30.6.08

Olé!




Español, español, yo soy español!!!!

29.6.08

Beth Gibbons - Mysteries

Com licença, vou tentar adormecer com esta coisa tão doce a embalar-me...


God knows how I adore life
When the wind turns on the shores lies another day
I cannot ask for more

When the time bell blows my heart
And I have scored a better day
Well nobody made this war of mine

And the moments that I enjoy
A place of love and mystery
I'll be there anytime

Oh mysteries of love
Where war is no more
I'll be there anytime

When the time bell blows my heart
And I have scored a better day
Well nobody made this war of mine

And the moments that I enjoy
A place of love and mystery
I'll be there anytime

Mysteries of love
Where war is no more
I'll be there anytime

Um jornalista macedónio foi preso, e acabou por se suicidar na cadeia, depois de a polícia descobrir que era ele o suposto autor de três macabros crimes cujos contornos descrevera durante dias a fio no jornal onde trabalhava. Ivo Kotevski, assim se chamava o senhor, matou três mulheres e suspeita-se que tenha feito o mesmo a uma quarta.

Há quem critique. Eu acho que isto tem que se lhe diga em termos de brio profissional. É o que se chama estar em cima do acontecimento e beber de fonte segura.
Não dá para pedir ao senhor de lá de cima que baixe um pouco a temperatura do ar condicionado? Dias de calor são uma dádiva, concordo. Mas isto não é calor, é um pequeno pesadelo. Ainda por cima para pessoas como eu que têm que estar a trabalhar debaixo de tamanho braseiro ao invés de se encontrarem em locais bem mais aprazíveis.

A gerência agradece.

27.6.08

Agradável, agradável é acordar às seis da manhã e pouco mais conseguir dormir até à hora a que normalmente acordo para ir trabalhar.

Mais agradável ainda é chegar ao carro e aperceber-me que houve alguém que decidiu brindá-lo com mais uma batida. Vá lá que teve a decência de deixar o contacto e diz estar disposto a pagar tudo. Do mal o menos.

Substancialmente mais agradável é ver novamente o carro bloqueado pelas bestas da Polícia Municipal, pagar uma multa generosa e pensar que deitei dinheiro ao lixo estupidamente.

Agora, agradável mesmo, no bom sentido da palavra, foi aproveitar uma noite fantástica com vocês.

Ah, o carro não voltou a pregar-me mais nenhuma partida, não senhor. Mas, para compensar, o monitor do meu computador decidiu, por vontade própria, alterar a definição de cores. De maneira que estou a olhar para ele e a ficar praticamente cego. Ou então a sentir os mesmos efeitos que sentiria se tivesse enfiado uma pastilha de LSD debaixo da língua. Só faltam mesmo as alucinações. Não deve faltar muito, é certo.

26.6.08

Penso muitas vezes nisto

O que é doença é desejar com igual intensidade o que é preciso e o que é desejável, e sofrer por não ser perfeito como se se sofresse por não ter pão. O mal romântico é este: é querer a lua como se houvesse maneira de a obter.
(Fernando Pessoa)
Saber não ter ilusões é absolutamente necessário para se poder ter sonhos.
(Fernando Pessoa)

Radiohead

Mais uma da melhor banda do mundo. Quando a ouço ou me dá para ideias suicidas, que são sempre desagradáveis e que nunca teria coragem de as concretizar porque viver faz parte dos meus planos por mais uns longos anos, ou então para passar os dedos pelos cabelos de alguém encostado ao meu ombro. À falta de uma e outra coisa, dá-me para ficar arrepiado da cabeça aos pés. E posso garantir que é raríssimo algo, seja o que for, provocar-me tal sensação.

25.6.08

Radiohead

A melhor banda do mundo. Ponto final, parágrafo, passemos ao próximo ponto.

Se bem que a cada álbum novo, como foi o caso do último, a coisa de início parece esquisita. Um pouco como a Coca Cola segundo Fernando Pessoa: primeiro estranha-se, depois entranha-se. E quando se entranha Radiohead garanto que é para ficar para lá de deliciado. Sempre.

24.6.08

Nine Inch Nails

(eis o meu lema de vida. Em tudo o que a vida diz respeito)

You're keeping in step
In the line
Got your chin held high and you feel just fine
Because you do
What you're told
But inside your heart it is black and it's hollow and it's cold

Just how deep do you believe?
Will you bite the hand that feeds?
Will you chew until it bleeds?
Can you get up off your knees?
Are you brave enough to see?
Do you want to change it?

What if this whole crusade's
A charade
And behind it all there's a price to be paid
For the blood
On which we dine
Justified in the name of the holy and the divine

Just how deep do you believe?
Will you bite the hand that feeds?
Will you chew until it bleeds?
Can you get up off your knees?
Are you brave enough to see?
Do you want to change it?

So naive
I keep holding on to what I want to believe
I can see
But I keep holding on and on and on and on

Will you bite the hand that feeds you?
Will you stay down on your knees?

23.6.08

Lula Pena - Passion

É por causa de músicas como esta que gostaria de saber dançar. Assim, limito-me a abanar a cabeça, os ombros, a bater os pés e mais qualquer coisinha. É muito bom. E é português. Com um fenomenal toque argentino, sim, mas bem português.

São João

Há duas coisas que me deixam a modos que intrigado com coisa do São João. Não que me vá suicidar por não aguentar viver com tamanhas dúvidas, é simplesmente espécie. Gosto tanto de espécie. Sobretudo pronunciado por alguém com um forte sotaque do norte. Sai qualquer coisa como 'espéce', o que equivale a dizer que a pessoa em causa parece que tem os lábios deformados ou não aprendeu a falar como deve de ser. Pode dar-se o caso de ser mongolóide, mas não me apetece colocar isso em questão.

Bom, o São João é fascinante no sentido curioso do termo porque ainda não consegui entender em que consiste a piada de levar marteladas – de plástico, é certo – na cabeça durante uma noite inteira. Ou seja, e falo por experiência própria, é chegar a casa com o crânio literalmente massacrado umas centenas de vezes. Se juntarmos a isto que já se está bem bebido, é bom de dizer que o dia seguinte é ideal para ficar em casa deitado na cama a recuparar do masoquismo.

Outra coisa é o fogo de artifício, ritual onde se gastam milhares de contos, em moeda antiga, e o proveito é pouco. São quinze minutos em que se fica de pescoço inclinado a olhar para o ar a ver os foguetes estourar a bom ritmo. Acresce o tal teor etílico do corpo e a estupidez de estar à mercê dos carteiristas. Por acaso, verdade seja dita, nunca fui roubado, mas já dei por mim com o estômago às voltas depois de quinze minutos a ver cores sucederem-se umas às outras no ar e um barulho ensurdecedor a azucrinar os ouvidos.

Agora, do que tenho saudades é daquelas festas de São João que terminavam madrugada dentro na praia. Não digo é a fazer o quê porque descobri recentemente que a minha mãe também lê este blogue.

Monty Python

Só para animar um bocadinho...
Um dos melhores sketches dos Monty Python, digo eu. Respeito quem disser o contrário. Corre é o risco de levar um pontapé nos testículos. Ou nas trompas de falópio.

21.6.08

Watch out the world's behind you
There's always someone around you who will call

20.6.08

Ora aí está o que vai cá dentro (sinto-me é como uma quinta-feira chuvosa, não como um domingo de sol)

Know it sounds funny but I just cant stand the pain
Girl Im leaving you tomorrow
Seems to me girl you know Ive done all I can
You see I begged, stole and I borrowed
Yeah
Thats why Im easy
Im easy like sunday morning
Thats why Im easy
Im easy like sunday morning
I wanna be high
Soo high
I wanna be free to know the things I do are right
I wanna be free
Just me
Oh baby
Thats why Im easy
Im easy like sunday morning
Thats why Im easy
Im easy like sunday morning

Juro, mas juro mesmo, que nunca mais irei permitir que as desagradáveis surpresas da vida vão dar cabo de mim como deram não faz assim tanto tempo.
Porque tenho tenho mais vida para viver.
Porque tenho auto-estima e amor próprio suficientemente fortes para não deixar que isso aconteça.
Porque tenho amigos que não merecem ver-me assim.
Porque tenho sorrisos para distribuir somente a quem merece.

Por isso, toca a olhar em frente, cabeça bem levantada e pensamento positivo.

Isto sou eu a falar comigo próprio.

Ao fim e a cabo estou na merda....
Ok, vou esforçar-me para não insultar o Ricardo.

Ok, vou esforçar-me para não repetir que o Scolari é péssimo como treinador.

Ok, vou esforçar-me para não me rir daqueles idiotas que andavam a dizer que íamos ser campeões da Europa não tinha o torneio sequer começado.

Ok, vou esforçar-me para não afirmar que Portugal ainda treme todo quando joga contra uma selecção teoricamente superior.

Ok, vou esforçar-me para não dizer que cumprimos os objectivos que tínhamos a cumprir.

Ok, vou esforçar-me para não referir que o que me deixa podre é ver que a coisa não funciona, ou funciona mal, porque quem está no banco a orientar é uma nódoa.

Ok, vou esforçar-me para não dizer que o Cristiano Ronaldo na selecção é apenas razoável porque não tem à sua volta a qualidade de equipa que tem no Manchester United.

Ok, vou esforçar-me para não chamar incoerente e desleal ao Scolari por ter anunciado que ia para o Chelsea na altura que anunciou, dando um péssimo exemplo aos jogadores.

Ok, vou esforçar-me não para ir contra a maré dominante e dizer que o balanço do Scolari à frente não é positivo de todo (tirando o quarto lugar do Mundial, perdemos uma final de um Europeu disputado em casa contra uma selecção de terceira linha, fizemos fases de apuramento sofríveis e particulares ridículos)

Mas que dá raiva perder assim, dá.


Obs: quem quer apostar que antes de Janeiro do próximo ano o Scolari já não está no Chelsea?

19.6.08

É isto que gosto de ouvir quando não estou bem. Não é que me anime e faça com que sorria como um tolo. Mas ajuda-me a pensar se tudo o que fiz até agora merece algum tipo de sentido. Se tudo valeu a pena, se tudo foi perda de tempo, se tudo foi apenas uma rasteira que a vida me pregou para que depois possa olhar em frente com a cabeça ainda mais levantada. Se...

Pronto, agora está tudo direitinho.

Bom dia para quem merece.

Pronto, já vou dormir mais bem disposto.
O último sair que feche a porta sem acordar os vizinhos.
E quem amanhã me acordar que o faça de forma suave. Nada de soprar nos ouvidos ou fazer cócegas nos pés.

What?!!!

Pensava eu que já não havia mais idiotice para debitar e eis que a Entidade Reguladora da Energia vem propor que sejam os consumidores cumpridores a pagar as contas daqueles que fogem às suas obrigações. E também, porque o resto era pouco, que as tarifas sejam actualizadas de três em três meses.

Não há gente que merecia ser assassinada à pedrada? Ou ser atirada para um rio com mais crocodilos que água?

Portugal, Portugal, Portugal!!!


Garanto que queria estar optimista o suficiente para dizer que o jogo de mais logo com a Alemanha vai ser fácil. Mas acho que ainda sei ver futebol ao ponto de não alinhar em optimismos ridículos. Além disso, tudo que é facilidade acaba em desastre. Então no futebol nem se fala.


Agora, que gostava de ver Portugal espalhar classe, gostava. Que gostava que participássemos pela quarta vez numas meias-finais de um Europeu, gostava. Que gostava de sentir aquele gostinho de vitória contra as grandes potências que sinto sempre que lhes ganhamos, gostava. Que vou torcer pela vitória e vibrar como um tolinho, vou.

Por isso, vamos lá para dentro partir aquela merda toda, Portugal. São dez milhões, mais os emigrantes, que vão estar lá dentro connvosco.


Se formos eliminados, paciência. Sempre disse que os quartos-de-final eram o objectivo natural da Selecção. Tudo o que viesse daí em diante seria sempre mais que óptimo.



Obs: E esqueçam Cristiano Ronaldo. Quem irá para cima dos alemães e resolver o jogo de Portugal vai ser o senhor da foto: Anderson Luiz de Souza, brasileiro de São Bernardo do Campo, português do coração, o homem mais inteligente do mundo com a bola nos pés da actualidade. Grande Deco!!!!

18.6.08

E já lá vão 59!!! Deixa lá, para mim nunca vais ter mais de 40 e o que interessa é que continuas com essa cabeça mais lúcida que muito gajo novo e saúde de fazer inveja a bastantes da minha idade.
Fantástico é teres esse aspecto fantástico depois de andares mais de meia vida a aturar um filho como eu. Não deve ser fácil, tens que me ensinar o segredo. Ah, e deixa que te diga que tenho amigas que já gabaram a tua figura. Esse teu cabelo grisalho faz milagres. Tomara o George Clooney daqui a dez anos...
Parabéns, velhote. Logo abrimos uma garrafa de vinho à tua escolha e damos aquele abraço.

Se aquela coisa do AVC que descrevi uns posts abaixo correr mal, a modos que me dê para morrer como quem não quer a coisa, que as minhas exéquias sejam o mais possível parecidas com estas. E já sabem: depois é atirar as cinzas para o mar.

PS: isto é real, trata-se do serviço fúnebre de Graham Chapman, um dos fantásticos Monty Python.

Numa conferência de imprensa da Selecção, bem animada, Petit disse que amanhã seria capa do 24 Horas já não me recordo exactamente porquê. Ele que não se preocupe. O jornal em questão não faz manchetes com pessoas cujo discurso e fisionomia assustam um bebé, isso posso garantir. Além disso, era preciso que daquela boca saísse algo de jeito. Mas isso seria o mesmo que pedir ao Stevie Wonder que conduzisse um camião durante 1.000 quilómetros sem ter um acidente.


A melhor pergunta da tarde partiu de um jornalista da Associated Press que se atirou a Cristiano Ronaldo assim: "Do you prefer paella or fish and chips?".
Era preciso mais alguma coisa? Estava lá tudo... Actualidade, humor, imaginação, inteligência no insistir de um assunto que enche as páginas dos jornais nos últimos dias e que já foi batida de umas 1.585 formas diferentes sem qualquer resultado prático.
Ouvi isto em directo na rádio e fiquei invejoso. Daquela inveja boa que tenho dos camaradas de profissão que são realmente bons. É assim que se aprende.
Estou com uma dor de cabeça que, bem resumida a questão, é mais que fodida. A sério, acho que nunca tinha tido algo assim. Digamos que parece que tenho uma faca atravessada no osso frontal, uns cinco milímetros acima da sobrancelha esquerda, vai para mais de cinco horas. A visão turvou e a concentração já era há muito .
Hipocondríaco como sou, já imaginei que estou a sofrer um AVC. Mas não me apetece ir ao hospital. Deve cheio de pessoas mais doentes do que eu, com ar de quem vai morrer em menos de meia-hora e não estou para aturar lamúrias.
Descendo à terra, isto deve ser do cansaço, do trabalho que tive em dois dias que valeu por um par de semanas, do sol que apanhei na cabeça (em serviço, quem dera que tivesse sido por prazer), das preocupações do dia-a-dia, de sentir estar a perder o que quero e quem quero...

Ao fim e ao cabo é mimo.

Vou ali tomar uma aspirina e já venho.

Se a coisa correr mal e tiver mesmo que ser internado, alguém que me faça o favor de levar à cama do hospital música e, clandestinamente, jornais. E digam-me que estou com boa cara mesmo que pareça um cadáver em adiantado estado de decomposição. Combinado?

17.6.08

Naquela longa avenida de Sarajevo, os jardins escondiam snipers que não escolhiam alvo certo. Divertiam-se por sadismo. Como quando acertaram em cheio no joelho daquela mãe que passeava o filho num carrinho de bebé, deixando-a a contorcer-se de dor. Ninguém a assistiu por não querer arriscar a morte. Quando alguém mais corajoso a tentou arrastar para local seguro, foi imediatamente abatido. Ela ficou ali, a criança não mais parou de chorar.

Hoje, dizem-me que Sarajevo tenta ser uma cidade normal. Já se bebe nas colinas onde se realizaram os Jogos Olímpicos de Inverno, já se anda normalmente nas ruas, já se frequenta o mercado sem medo, já se visitam familiares e amigos em casa um dos outros sem receio de ser assassinado pelo caminho. Mas ainda se respira respeito, muito respeito, pelo passado. E memória. Fantasmas que Sarajevo se recusa a atirar para trás das costas. O choro do bebé continua bem alto. Para que não se esqueça quão tenebrosos foram aqueles dias e se diga às actuais gerações que a História não pode ser repetida.

Radiohead - Lucky

Das melhores dos Radiohead. Com um vídeo que dá que pensar. A mim, pelo menos dá, os outros que pensem o que quiserem. Foi aqui tão perto que até assusta.


Tenho saudades de nesta minúscula esplanada de Tallinn, na Estónia, beber umas Guinness, umas A. Le Coq (cerveja que parece água e que se bebe como tal dada a leveza, o pior é depois), dos cafés fortes, dos bolinhos de amêndoa, dos chás de menta, das conversas loucas e macarrónicas em inglês misturado com francês e pedacinhos de uma língua parecida com italiano que mais parecia nada, da companhia (essencialmente disso), das gargalhadas, da troca de experiências, de ali aprender palavras em croata, sueco e afins, de sermos os únicos malucos que ali ficávamos à chuva enquanto o pessoal nos olhava de lado, dos planos para aqueles dias (metade não se cumpriram, paciência), dos olhos da empregada, da pizzaria baratucha que ficava em frente, do mercado das flores a dois passos, de apanhar sol às dez da noite, dos cheiros, de ficarmos sentados na praça principal a tentar adivinhar vidas dos que passavam, de nos rirmos de nós próprios, de desabafarmos tudo quando tínhamos mais cerveja do que sangue no corpo, da cumplicidade entre pessoal de países tão diferentes que parecia conhecer-se desde criança, até da despedida.


Tenho saudades não, ficaram as saudades. Boas.


Já foi quase há um ano mas parece que foi ontem.
Agora que já é certo que vamos jogar com a Alemanha, cheira-me que não passaremos dos quartos-de-final.

Ok, lá estou a ser pessimista. Pois estou e depois? Se ganharmos vou saborear melhor a vitória do que aqueles que acham que resolveremos o jogo com uma perna atrás das costas.

Agora, que estou pessimista, estou.

E não há mais nada para falar além de futebol? Até que há. Não me apetece é muito. Já prometi a mim mesmo que não me massacraria com certos assuntos e, portanto, também não vou massacrar outrem.

Outrem é bonito, não é?

16.6.08

Nico - Femme Fatale

Se há algo eterno, este é um bom exemplo.

Tem é tanto de melancólico como de belo. Ou a beleza da melancolia.

Ok, já estou a escrever mais que a conta.

14.6.08

Se há coisa que me atrai onde moro, a simples dez minutos da praia, é o cheiro a mar que no Verão invade a casa. Mais raramente do que gostaria, é certo. O suficiente para me dar um prazer do caraças.

Pronto, já disse o que tinha dizer. Quem gostou, gostou. Quem não gostou, que feche a janela do Internet Explorer e vá navegar para locais mais interessantes. Ou do Firefox.

Agora que as cinzas de Kurt Cobain andam sabe-se lá onde, foram roubadas da casa da viúva, fica aquela que é considerada a primeira canção composta pelos Nirvana, banda que foi uma das responsáveis por na adolescência ter andado de calças justas, camisa por fora das calças (hábito que se mantém até hoje), cabelo ligeiramente comprido e ser portador com um certo pendor revolucionário. Vá lá que nunca me deu para me meter em drogas pesadas. Chama-se Spank Thru.

The Doors - Hyacinth House

Ena, ena... Encontrei a minha favorita dos Doors. Quer dizer, não é 'a' favorita... Mas anda lá perto.

Intriga-me quem deixa recadinhos estúpidos no messenger. O último que vi foi de uma amiga, quero lá saber que ela leia isto, que escreveu que estava ausente porque tinha ido fazer compras com a mãe ao supermercado.
Pergunta inocente: não seria mais fácil desligar o MSN? Alguém tem alguma coisa a ver se a pessoa vai às compras, está indisponível porque está com uma crise intestinal ou não pode falar porque se encontra entredida a dar uma queca com o namorado?
Portugal ganhou 3-1 à República Checa. Óptimo, já estamos nos quartos-final e a mais não somos obrigados.
Luiz Felipe Scolari aproveitou para dizer adeus à Selecção e um olá milionário ao Chelsea. Merda, lá se vai a motivação, digo eu, pois se é o próprio treinador a não dar o exemplo, os jogadores também não lhe ficarão atrás. Que vá, saudades e abraços. Duvido é que consiga fazer alguma coisa de jeito. Daqui a um ano cá estaremos para tirar as dúvidas.
Boa notícia, mas boa notícia mesmo, é que com a mudança de seleccionador vamos passar a ter um guarda-redes digno desse nome a representar as nossas cores. Nem que seja o Neca Silva, do Desportivo da Cascalheira. Todos menos o Ricardo, please.

Obs: O Manuel José na selecção é que não!!!!!

13.6.08

Ontem detive-me a assistir a um pouquinho das marchas de Lisboa – sim, também tenho direito a laivos de masoquismo.
Aquilo é tão mau, tão mau, mas tão mau, que fiquei a pensar que se fosse realizado no Porto seria oportunidade de ouro, mais uma, para sermos apelidados de parolos. Como é em Lisboa é considerado cultura popular.
Enfim...

11.6.08

Ora aqui está uma das melhores músicas de sempre. Imortal.

Quem dela não gostar merece ser decapitado. Ou então ser violado por uma pantera no cio.

Já agora, desejem-me boas folgas, se não for pedir muito.

10.6.08

Blew away

É um dos álbuns mais desconhecidos dos Smashing Pumpkins. Intitula-se Pisces Iscariot e tem autênticas pérolas escondidas. Como esta.

O vídeo é algo estático. Ou totalmente estático, mesmo. Paciência. Boa música não precisa de ser acompanhada de fortes imagens visuais, digo eu.

9.6.08

Camionistas a bloquear tudo o que é estrada em protesto contra o brutal aumento dos combustíveis, está bem.
Camionistas junto à berma com a camisa aberta até ao umbigo e barriga de gravidez de elefante, não me parece muito agradável à vista.

Mas continuem assim mais uns dias, se não for pedir muito. Basta o país parar uma semana e dará para perceber que ainda há poder na rua. E que o bolso dos menos remediados não pode ser sempre o único sacrificado em altura de crise.

Nos últimos dias deu-me para ouvir isto vezes sem conta tal como fazia quando era adolescente. Às vezes o meu cérebro atira-me para onde quer sem pedir-me autorização. Tem alturas que sabe bem. Outras nem por isso. Neste caso até que nem foi negativo de todo.

Isto do Campeonato da Europa tem coisas engraçadas. Como passar o dia a trocar mensagens com uma amiga croata que tinha bebido hectolitros de cerveja, palavras da própria, antes mesmo da sua selecção entrar em campo. E, horas depois, torcermos os dois à distância para que a Alemanha perdesse, se possível por muitos, com a Polónia. Não perdeu, pronto, mas ainda está a tempo de ser eliminada.

Porreiro vai ser se Portugal jogar com a Croácia nos quartos-de-final, o que não é improvável de todo. Já estão apostados jantares e copos de Guinness. Só não sabemos quando nem onde será cobrada a aposta.

É a Europa unida, digo eu. Ou então sou tolo. Talvez isso.


Já agora, quarta-feira quero ver Portugal ir para cima da República Checa como se não houvesse amanhã. Não estou lá muito optimista, é certo. Mas no sábado também não estava e vi um dos melhores jogos da nossa selecção dos últimos tempos.

8.6.08

Portugal - Turquia 2:0, Europeu 2008

E pronto, o primeiro está ganho. Agora só falta o resto. Fica a excelência das jogada do golos de Pepe e João Moutinho (que grande jogador!!!).
Venha a República Checa. Algo me diz que se jogarmos como contra a Turquia que a coisa vai correr bem.

Escusava era de se ter feito tanta festa. Não deixa de ser um bocadinho ridículo, mas enfim. Ainda por cima a noite estava era convidativa para beber umas cervejas ao ar livre, que foi o que acabei por fazer.

6.6.08


Portugal vai ser campeão da Europa? Não me parece.
A euforia que envolve a selecção agonia-me? Bastante.


O certo é que falta pouco mais que um dia para o início do Europeu e já sinto um frio no estômago. Quero que Portugal vá lá para dentro e parta aquilo tudo. Depois provavelmente vou ter uma desilusão. O que querem? É o meu lado masoquista a falar. Agora, que vou gostar de ver o Cristiano Ronaldo a deliciar-me com bom futebol, isso vou.


Vamos lá Portugal!!!!

Ora cá vai uma futilidade

Pela primeira vez na vida adormeci nesse lugar tão aprazível e confortável que é a banheira. É verdade, a banheira. E o que aconteceu (imagino que não interesse a quem por aqui passa mas sou mais teimoso que os teimosos)? Pois que cheguei a casa cansado para lá do razoável, decidi deliciar-me com um banho e quando dei por ela estava a dormir como um animal. Só acordei porque já não suportava o frio, as dores na nuca e, sobretudo, o sabor do gel de banho na boca.

Bela crónica, não é?
Eu sei que não.
Mas já vi temas piores serem abordados em livro. O que não é minha intenção, juro. Ainda mantenho a sanidade mental e o respeito pelos outros.

3.6.08




A histeria colectiva em torno da Selecção Nacional irrita-me. Não que queira que Portugal que faça má figura no Europeu que começa sábado, mas tudo o que é demais é erro (frase que a minha mãe me repetiu vezes sem conta enquanto vivi lá em casa e de que me lembro amiúde).

Para começar, e para contrariar tudo o que é opinião pública, Portugal não vai ser campeão da Europa a não ser que aconteça algo de extraordinário a selecções como a França, a Alemanha ou Itália. Ou então que a UEFA ande tão adormecida que permita a um país pequeno como o nosso ganhar seja o que seja. Se chegarmos aos quartos-de-final será bom. Tudo o que vier daí em diante óptimo será.

Além disso, se não ganhámos à Grécia (à Grécia!!!!) na final de um Europeu disputado no próprio país, dificilmente poderemos almejar algo melhor. E não, não me contento com a vitória moral de termos ficado em segundo lugar. Para mim, tudo o que é abaixo do primeiro lugar é derrota. Estou mal habituado por ser do clube que sou, estou, eu sei.

Depois, há que ter em conta, e isso os idiotas que andam a vender a ideia de que somos os melhores do mundo e arredores não dizem, a selecção está a passar por um processo de renovação. Quer isto dizer que está pouco rotinada e que só daqui a uns anos, poucos, funcionará como uma verdadeira máquina. Isto apesar de termos Cristiano Ronaldo, o mais fantástico jogador que tive a felicidade de ver jogar a seguir a Diego Armando Maradona. Só que Cristiano Ronaldo, por muito bom que seja, e é mais que excelente, não vai carregar a equipa às costas e nós também não somos melhores que os outros só porque o temos. Falta-nos colectivo, o que sobra a Itália, por exemplo. Por falar em Itália, se Portugal não ganhar o Europeu, o que é bem provável, que a taça seja erguida pelos italianos, que praticam em campo aquilo que gosto no futebol: simplicidade e eficácia.

E não vou falar das figuras tristes dos adeptos porque isso simplesmente me dá vómitos.

Já agora a equipa ideal de Portugal deverá ser a seguinte:
Quim
Bosingwa
Paulo Ferreira
Pepe
Ricardo Carvalho
Petit
João Moutinho
Deco
Cristiano Ronaldo
Quaresma ou Nani (quem se lembrar de um jogo em condições do Simão Sabrosa ao serviço da selecção que me avive a memória)
Hugo Almeida

Se o Luiz Felipe Scolari tiver dúvidas que me telefone. O meu número não deve ser complicado de arranjar.
A Galp baixou o preço da gasolina um cêntimo.
UM cêntimo!

E no cuzinho, não?

1.6.08

E pronto, apetece-me acabar assim a noite. Que já é manhã, aliás.
Gostei bastante.