31.7.09

Отряд Джона в окружении

Andava eu no YouTube à procura já não sei de quê e deparei-me com isto.

Ora tomem lá para ver como é o rock em russo.

Agora vou ver se encontro alguma banda de hip-hop do Laos. Como (ainda) estou desempregado, tempo para futilidades é coisinha que não me falta.

23.7.09

Amália Hoje

Dez anos depois da morte de Amália, esta é a melhor homenagem que lhe poderiam ter feito.

Amália Hoje é um projecto que junta gente dos Gift, Moonspell e Turbo Junkie. Tão improvável como inesperadamente genial.

Uma produção que faz arrepiar de tão boa.

19.7.09

Ternura e delicadeza em estado puro

17.7.09

Belle and Sebastian

Não consigo perceber como gosto destes gajos, mas o certo é que me dá prazer ouvi-los. Têm letras muito cocós, influências esquisitas do que se fazia de mais estranhamente kitsch nos anos 60 (e não estou apenas a falar desta canção e videoclip em particular) e vários outros detalhes que normalamente me faria quase repugná-los. Mas agradam-me. É como estar apaixonado por uma mulher com quatro seios, coxas grossas, pelos debaixos dos braços, buço e piolhos nos cabelos. Ou por um homem.

L-O-V-E love, it's coming back, it's coming back
L-O-V-E love, it's coming back, it's coming back

Refer to our discussions, confirm the terms of our love affair
I exercise all options, and I know I'll see you there

BA-BA-BA etc. etc.

L-O-V-E love, it's coming back, it's coming back
L-O-V-E love, it's coming back, it's coming back

Not withstanding provisions of clauses 1,2,3 and 4
Extend contractual period, me and you for evermore

You're the Legal Man, you've got to prove that you're no liar
I'll render services that you may reasonably require

L-O-V-E love, it's coming back, it's coming back
L-O-V-E love, it's coming back, it's coming back

Get out of the city and into the sunshine
Get out of the office and into the springtime
Get out of the city and into the sunshine
Get out of the office and into the springtime
Get out of the city and into the sunshine
Get out of the office and into the springtime
Get out of the city and into the sunshine
Get out of the office and into the springtime

Com licença, é só para anunciar que estou com uma insónia. Mais uma.

Ou melhor, acordei há coisa de uma hora, pelas três da manhã, pensando que era hora de almoço. Se é insónia ou estupidez deixo ao critério de quem se dá ao trabalho de ler estas parcas linhas.

Pronto, agora o mundo pode ficar descansado que a crise vai virar uma recordação do passado. Sim, afinal o que é a falta de dinheiro no bolso de quase todos comparada com a minha incapacidade de ter uma noite de sono em condições? Exijo solidariedade, já! Ou o nome de um daqueles chás que fazem aterrar um elefante em menos de meio minuto.

(Ah, se alguém voltar a ver escrever-me "recordações do passado" que me dê uns quatro pontapés nos testículos. Recordações do passado... Recordações do futuro é que haveriam de ser bonitas. Ai Pedro, Pedro... Só por esta merecias viver em Portugal e estares desempregado. E agora reparei que também está por aqui a expressão "voltar a ver escrever-me". Raios fodam o meu português. Mas sou pequenino, estou com insónias e quero miminhos, por isso é favor desculpar)

16.7.09

Toca a fazer como Pilatos (mas por causa da gripe)

"As pegas dos carrinhos de compras, as maçanetas das portas, os ratos do computador, as caixas Multibanco e os corrimões são fontes de contágio de microrganismos, como o vírus H1N1, que só poderá evitar-se com uma frequente lavagem das mãos".

O alerta é de um especialista em Saúde Pública, que desta forma atemoriza ainda mais quem ainda não está verdadeiramente em pânico com a epidemia de gripe A. Como eu, por exemplo, que acho isto um exagero de todo o tamanho.

A melhor frase sobre o assunto ouvi-a (ou li-a, para o caso pouco importa) da boca de Francis Obikwelu. "Aqui na Europa as pessoas preocupam-se muito. Em África já estamos habituados, é uma questão de ter calma".

Grande Francis. Não é só nas pistas que és um senhor.

15.7.09

Palma Inácio (1922 - 2009)


Não sou de ter ídolos, sou de ter referências. Mesmo assim poucas, muito poucas mesmo. Pessoas que lutam desinteressadamente por um ideal, que apenas desejam que a sociedade evolua sem ambicionarem retirar benefícios pessoais do sistema. Hermínio da Palma Inácio era uma delas.
O que mais me fascinava em Palma Inácio era o seu romantismo. Talvez tenha sido o último, senão o único, herói romântico contra o regime fascista que cerceou a liberdade dos portugueses durante quase 50 anos.
Fundou a LUAR (Luta de Unidade e Acção Revolucionária) e jamais permitiu aproximações ao e do PCP, que então quase monopolizava o combate ao regime. Fugiu da cadeia mais que uma vez, organizou o primeiro desvio de um avião comercial em Portugal (para lançar sobre Lisboa panfletos onde estavam enumerados os direitos dos portugueses e apelavam a uma revolta geral contra Salazar) , tentou ocupar a cidade da Covilhã, protagonizou um espectacular assalto à dependência do Banco de Portugal da Figueira da Foz (parte do dinheiro foi para o bolso de supostos anti-fascistas que fugiram do país e não mais quiseram saber de Palma Inácio).
Sempre sem uma única gota de sangue.
No 25 de Abril, estava preso em Caxias (a foto foi tirada momentos depois da sua libertação). Perguntaram-lhe se tinha sofrido muito. "Sofremos todos", foi a sua resposta.
Palma Inácio morreu ontem. A pensão que recebia do Estado nem sequer chegava para pagar a mensalidade do lar onde estava internado.

(Salgueiro Maia, outra das minhas referências, delineou e levou a cabo o derrube de um regime. Declinou depois lugares políticos, recusou colaborar com ex-camaradas de armas que seguiram uma duvidosa via revolucionária no pós 25 de Abril e acabou desterrado num soturno quartel militar dos Açores. Morreu minado por um cancro em 1992, não sem que antes o Governo, então liderado por Cavaco Silva – sim, o actual Presidente da República, esse mesmo –, rejeitara para ele, Salgueiro Maia, a mesma subvenção do Estado que atribuíra a ex-elementos da polícia política fascista por serviços relevantes prestados à nação. Assim com minúscula, porque com exemplos destes Portugal nunca irá merecer ser uma verdadeira Nação).

10.7.09

Regina Spektor

Ela está de volta. Uma delícia, as always, a confirmar que a espera valeu muito a pena.

Para ouvir umas 100 vezes por dia. Pelo menos...

Crónica de um recém-desempregado XI

Quando ouço alguém dizer que só está desempregado quem quer pois o que não falta para aí é trabalho, fico com vontade de espetar uma faca do mato na jugular do autor de frase tão ignóbil. E de olhar para a a dita pessoa e vê-la a esvair-se em sangue até o coração deixar de bater.

Pronto, está bem que não seria assim tão sádico. Mas que dá nojo ouvir gente falar do que não sabe com ar de pregador barato, isso dá. Uns Paulo Portas em miniatura, vá. Menos bem vestidos, com dentes podres e lixo nas unhas, mas com igual dose de demagogia barata para dar e vender.

Devo dizer que já recusei duas supostas propostas de trabalho cujos salários mensais eram de... 500 euros.. Arrependi-me? Não. Porque a minha dignidade, pessoal e profissional, está acima de tudo.

Além disso, 500 euros para mim soariam a quase miséria. Não é presunção, é a simples realidade das coisas. Porque o tempo do idealismo já lá vai e hoje só olho para situações concretas com que me deparo. Vejamos, pago 350 euros de renda da casa, o que equivale a dizer que ficaria com 150 para os restantes gastos mensais, incluindo contas para pagar. Onde iria buscar o resto do dinheiro? Não seriam certamente os que se queixam que os desempregados têm culpa de estarem como estão que me iriam estender a mão. E algo que não quero com esta idade é voltar a estar dependente dos outros para viver.

Por isso, prefiro esperar por melhores ofertas, se é que elas chegarão, enquanto me cai na conta todos os meses o subsídio de desemprego – mesmo assim com um valor substancialmente inferior ao meu último salário. Afinal, a quantidade absurda que descontava todos os meses para impostos e Segurança Social está a ter algum proveito. Não me sinto a viver à conta do Estado, sinto que estou a usufruir daquilo que contribuí para o Estado enquanto resolvo por mim uma situação que o Estado nunca resolverá.

Um paradigma dos tempos modernos: o Estado protege-nos até certo ponto, mas deixa-nos a mão a solução dos nossos problemas, quaisquer que eles sejam. Não é perfeito, que não é, mas também não se pode considerar injusto. Injustiça, isso sim, é o Estado nunca averiguar as condições em que as empresas realizam despedimentos colectivos e quais os respectivos pressupostos. Nunca vi uma empresa, seja de que sector for, ser advertida ou condenada por ter decidido despedir sem que para tal houvesse justificação legal ou moral. O que num país como o nosso não me surpreende absolutamente nada.

Aliás, no dia em que o Estado proteger mais os trabalhadores que as empresas algo estará muito diferente em Portugal. Para melhor. Mas não acredito em ilusões baratas há muito. A culpa é da vida, que já me deu pontapés suficientes para deixar-me disso.

9.7.09

Crónica de um recém-desemprgado X

Responder a anúncios de emprego tenho eu respondido com fartura. Seria bom era que alguém dissesse alguma coisa nos próximos 25 anos. Isto se não for pedir muito, é claro. Nem que fosse para me mandar à bardamerda.

É que o subsídio de desemprego só dura e ano meio e nos restantes não me estou a ver a viver na rua. Ou de esmolas. Muito menos a dar o corpinho na rua – está bem que seria rentável, mas prefiro ser pobre e descamisado do que apanhar doenças venéreas e ter relações com seres para quem o conceito de hábitos de higiene não passa de uma teoria barata.

6.7.09

Joder Cristiano Ronaldo

Enquanto Cristiano Ronaldo se prepara para ser apresentado com pompa e circunstância pelo Real Madrid – aposto que dirá pela enésima vez que é o melhor do mundo e que terá os jornalistas bajuladores do costume a apaparicá-lo –, Lionel Messi vai discretamente iniciar por estes dias os trabalhos da nova temporada no Barcelona. Sem, pelo menos que se saiba, uma qualquer Paris Hilton por perto, nem familiares sedentos de protagonismo bacoco.

A versão futebolística da fábula da cigarra e da formiga...

Assim se vê a força do PC

O PCP continua a evoluir. Na continuidade, é certo, o que não deixa de ser curioso pois eterniza na prática um velho slôgane (ó para mim a adoptar as novas regras de português) do grande inimigo fascista salazarista/marcelista.

Já que não conseguiu fazer cair o Governo na rua, o PCP deu-se ao luxo de provocar a demissão de um ministro no Parlamento. Do mal o menos, terá pensado o ortodoxo Comité Central dos comunistas e respectivos seguidores.

Apenas lamento que o obreiro desta façanha tenha sido o deputado Bernardino Soares. Não apenas por já ter defendido o indefensável – sim, ainda há quem encontre mérito na Coreia do Norte – mas por ser o pior líder parlamentar de sempre do PCP. Longe, muito longe, do brilhantismo oratório e retórico de figuras como Carlos Brito ou Octávio Teixeira.



(A pergunta que fica por responder é esta: será que José Sócrates demitiria Manuel Pinho se as eleições não fossem daqui a dois meses? A resposta pode ser encontrada facilmente. O primeiro-ministro não retirou a confiança a Pinho quando este apelou ao investimento chinês em Portugal exultando os baixos salários que aqui se praticam, pois não? E isto parece-me bem mais ofensivo e vexatório que uns... corninhos).

3.7.09

Apelo sentido à nação benfiquista

Deixo aqui uma mensagem de solidariedade aos amigos benfiquistas que nos últimos dias se manifestaram indignados com a possibilidade de Luís Filipe Vieira não poder (re)candidatar-se às eleições do Benfica. Agora que as eleições foram confirmadas e que Vieira vai mesmo a votos, peço-vos que acorram em massa às urnas e o elejam para mais três anos de mandato.

Como vocês não cansam de repetir, e longe de mim contrariar-vos, Luís Filipe Vieira tem obra feita no Benfica. Construiu um estádio e um centro de estágio (o Sporting e o FC Porto fizeram o mesmo, mas não importa porque Vieira é o maior), voltou a credibilizar o nome do Benfica (depois de Vale e Azevedo o difícil era não o fazer), consolidou as contas do clube (os que dizem que o passivo já vai em 350 milhões devem ser parvos), o Apito Dourado não o deixou ganhar campeonatos (no auge do processo o FC Porto ganhou três com as arbitragens a resvalarem para a palhaçada tamanha era a roubalheira), teve pouco tempo para conseguir garantir resultados desportivos porque até agora foram mais importantes outros assuntos (com igual número de anos na presidência Pinto da Costa já tinha conquistado três campeonatos, uma Taça dos Campeões, uma Supertaça Europeia e uma Taça Intercontinental, para além de ter sido finalista vencido da Taça das Taças). Enfim, um mártir.

Por tudo isto e muito mais, votem nele. Garanto-vos que deixam muitos portistas e sportinguistas nas nuvens ao eternizá-lo na presidência. E continuem cegos por muitos anos. Pode ser que quando conseguirem recuperar a vista já o Benfica seja apenas uma anedota.

1.7.09

Eis um exemplo de bom jornalismo. Uma peça que parece simples mas onde não falta nada. Absolutamente nada, deliciosa que é de tão bem feita.

O segredo é esse: a nobreza de transmitir simplicidade ao leitor sem que se lhe seja ocultado o que seja. Mas por cá há quem prefira, e não são tão poucos como isso, escrever quilos de idiotice bacoca que apenas afastam quem gosta de jornais. Querem transmitir intelectualidade e não percebem que assim é como mais se percebe o quão ocos são e o quão pouco percebem disto. E o pior é que são esses incompetentes quem quase sempre chega ao topo.

Momento Bodelon VII


Momento Bodelon VI


Momento Bodelon V


Momento Bodelon IV


Momento Bodelon III


Momento Bodelon II


Momento Bodelon I


Momento Bodelon



Considera-se desde já oficialmente aberto neste espaço o 'momento Bodelon'.

(mira, pé esquerdo do caralho)