Triste de quem vive em casa,
Contente com o seu lar,
Sem que um sonho, no erguer de asa,
Faça até mais rubra a brasa
Da lareira a abandonar!
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Quem pudesse gritar para despertarmos! Estou a ouvir-me gritar dentro de mim, mas já não sei o caminho da minha vontade para a minha garganta.
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Bendito seja eu por tudo o que não sei
gozo tudo isso como quem sabe que há o sol
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E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz
13.3.08
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