8.3.08

Professores, essa nefasta corporação

“Portugal é, há muito, um país mental e estruturalmente corporativo e qualquer reforma que qualquer governo intente esbarra sempre contra uma feroz resistência da corporação atingida. E para que serve uma corporação? Para proteger os medíocres, não os bons”.

Tudo o que eu penso sobre as reivindicações dos professores está bem resumido neste excerto do artigo de opinião de Miguel Sousa Tavares escrito para a edição do Expresso desta semana.

Os quase 100 mil docentes que se manifestaram em Lisboa, em suma, o que foram lá fazer foi defender a sua coutada, independentemente da validade das propostas da Ministra da Educação. Não interessa quais são, interessa que mexem com hábitos instalados há muitos anos que premeiam não o mérito mas o facilitismo. Ou algum foi lá agradecer que Maria Lurdes Rodrigues tenha, por exemplo, acabado com o drama da colocação dos professores, impondo contratos de permanência na mesma área durante três anos?

Já agora, Mário Nogueira, líder da FENPROF e putativo sucessor de Carvalho da Silva à frente da CGTP, é professor do Ensino Básico mas não dá aulas vai para 18 anos. Sintomático, não é?

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