15.11.07

Agora que a rádio é obrigada a passar 25 por cento de música portuguesa, apetecia-me perguntar aos nossos autores, cantores e afins se se sentem orgulhosos. Se fosse eu não me sentiria por uma razão muito simples: é que se até aqui não foi ouvida tanta música nacional como seria desejável, tal aconteceu ou por falta de qualidade da mesma ou por incompetência dos que a deveriam promover e divulgar. Ter que ser o Estado a surprir lacunas que a inciativa privada não consegue suprir parece-me sempre um mau sinal. Porque ouvir certas coisas por obrigação não é interesse público, trata-se simplesmente de parolice e miserabilismo. Sabe a esmola.

Bem, mas vou parar de falar mal e fazer como tu, grande Rute. Divulgarei algumas das nossas relíquias e depois deixo ao critério de cada um se a lei nos fará chorar, rir, vibrar, atirar da ponte abaixo ou tentar o suicídio numa estrada de grande movimento. Ou, simplesmente, ter vergonha do país em que vivemos, como muitas vezes tenho.

Para começar, o Eduardo Nascimento, o porta-voz do Portugal fascista do Minho a Timor que representou o país no Festival da Eurovisão de 1967 com o tema "O vento mudou". Ou, como diz o voz off, 'U ventu mudu'.

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