22.10.09

Duas das pessoas que mais prezo – que amo, melhor dizendo, porque não há que ter medo e preconceito de colocar as palavras certas no lugar que lhe são devidas – estão neste momento naquele limbo que separa este do outro lado. Admiro-lhes a luta diária que dignamente mantêm, a força com que se agarram à esperança de viver, o prazer doloroso mas inigualavelmente saboroso com que vencem o sofrimento. Desabo por dentro quando obstáculos inesperados lhes complicam ainda mais a árdua tarefa e o legítimo direito de conquistar o prémio que merecem: a Vida.

A pessoa que mais sentido dá para que isto continue a ter piada para mim, sem dúvida o melhor raio de luz que a vida me reservou, prepara-se para enfrentar a mesa de operações na semana que vem.

Eu estou desempregado há meio ano – mais do que isso, as perspectivas e a esperança de encontrar um trabalho decente são praticamente nenhumas.

No meio disto tudo há quem me venha falar em Deus e me peça para acreditar e ter fé em algo superior. Para quê e porquê? Como diria o outro, só se para piorar ainda mais as coisas Ele (ou deverei escrever apenas ele?) me despentear.

3 comentários:

Mar disse...

"It won't rain all the time.
The sky won't fall forever."

Força...

Carla Teixeira disse...

Coragem, Pedro! Terás sempre os teus amigos ao teu lado, para te ajudarem a suportar o peso desses momentos tenebrosos. Um abraço de força, certa de que sabes que estou aqui para o que precisares.

Beijo grande.

Anónimo disse...

Puto

A vida é mesmo assim - boa às vezes, mais ou menos a maioria do tempo e uma merda de vez em quando. Não te esqueças de uma coisa: distinguimo-nos na adversidade. Quando o sol brilha e há carne no prato até o cão abana a cauda. Nunca te esqueças de onde vens. Levanta esse belo narizinho e olha em frente.

O teu tio (que já agora gosta muito de ti...)