2009 vai ser ano de crise? Que se foda!
2009 vai é ser ano para encarar com o maior optimismo do mundo.
É a diferença entre viver e andar a contar os dias para a morte.
Bom 2009 para todos.
Você tem-me cavalgado, seu safado! Você tem-me cavalgado, mas nem por isso me pôs a pensar como você. Que uma coisa pensa o cavalo; outra quem está a montá-lo. Alexandre O'Neill
2009 vai ser ano de crise? Que se foda!
2009 vai é ser ano para encarar com o maior optimismo do mundo.
É a diferença entre viver e andar a contar os dias para a morte.
Bom 2009 para todos.
Just like a bird that sings up the sun
In a dawn so very dark
Such is my faith for you
Such is my faith
And all the world's darkness can't swallow up
A single spark
Such is my love for you
Such is my love
There is a kingdom
There is a king
And he lives without
And he lives within
The starry heavens above me
The moral law within
So the world appears
So the world appears
This day so sweet
It will never come again
So the world appears
Through this mist of tears
There is a kingdom
There is a king
And he lives without
And he lives within
* e também para recordar o melhor concerto que vi este ano.
Por mais que tente, não consigo encontrar música natalícia mais excelente do que esta.
All I need is a little time,
To get behind this sun and cast my weight,
All I need is a peace of this mind,
Then I can celebrate.
All in all theres something to give,
All in all theres something to do,
All in all theres something to live,
With you ...
All I need is a little sign,
To get behind this sun and cast this weight of mine,
All I need is the place to find,
And there Ill celebrate.
All in all theres something to give,
All in all theres something to do,
All in all theres something to live,
With you ...
Isto é tão bom, que confesso ficar arrepiado (literalmente) quando escuto pérola tão bem polida. Lá está, é uma das poucas coisas que me faz ter orgulho de ser português. Dá vontade de chegar perto dos moços e os encher de beijos e abraços para lhes agradecer o prazer que me proporcionam.
A letra é prenda de Natal. Um bom exemplo de como é fácil oferecer algo barato e de grande qualidade.
"A noite vinha fria
negras sombras a rondavam
era meia-noite
e o meu amor tardava
a nossa casa, a nossa vida
foi de novo revirada
à meia-noite
o meu amor não estava
ai, eu não sei aonde ele está
se à nossa casa voltará
foi esse o nosso compromisso
e acaso nos tocar o azar
o combinado é não esperar
que o nosso amor é clandestino
com o bebé, escondida,
quis lá eu saber, esperei
era meia-noite
e o meu amor tardava
e arranhada pelas silvas
sei lá eu o que desejei:
não voltar nunca...
amantes, outra casa...
e quando ele por fim chegou
trazia flores que apanhou
e um brinquedo pró menino
e quando a guarda apontou
fui eu quem o abraçou
o nosso amor é clandestino"
Difícil não é ser bom, difícil é ser original. Os ‘Deolinda’ é o projecto mais inovador da música portuguesa que surgiu nos últimos anos. Logo os quiseram catalogar. Que é fado, disseram. É nada, isto é uma mistura de tanta coisa interessante que não tem definição possível. O que, estranheza onde estás, está longe de ser defeito. Neste caso é qualidade. E muita. Se o som não é propriamente classificável (tamanhas as misturas que o caracterizam), a riqueza das letras é indescritível de tão boa. E esta, particularmente, é brilhante. Nunca o modo de ser, viver e encarar o dia-a-dia dos portugueses foi tão deliciosamente resumido.
Agora sim, damos a volta a isto!
Agora sim, há pernas para andar!
Agora sim, eu sinto o optimismo!
Vamos em frente, ninguém nos vai parar!
-Agora não, que é hora do almoço...
-Agora não, que é hora do jantar...
-Agora não, que eu acho que não posso...
-Amanhã vou trabalhar...
Agora sim, temos a força toda!
Agora sim, há fé neste querer!
Agora sim, só vejo gente boa!
Vamos em frente e havemos de vencer!
-Agora não, que me dói a barriga...
-Agora não, dizem que vai chover...
-Agora não, que joga o Benfica...
e eu tenho mais que fazer...
Agora sim, cantamos com vontade!
Agora sim, eu sinto a união!
Agora sim, já ouço a liberdade!
Vamos em frente, e é esta a direcção!
-Agora não, que falta um impresso...
-Agora não, que o meu pai não quer...
-Agora não, que há engarrafamentos...
-Vão sem mim, que eu vou lá ter...
"It's safe
to be alone
and be lonely
but I found a gun
with no safety
and I am going to
shoot down my ghost town
completely
Because I know there's a
place for us"
É por isso que gosto tanto de música. Porque quando menos se espera há um qualquer pedaço de letra que acerta em cheio naquilo que vai na minha cabeça. Bendita seja.
Ou, se assim entenderem, para o Noddy. No que diz respeito a abrir alas, cada um é como cada qual. Mas eu cá prefiro abri-las a personagens mais interessantes como esta senhora.
Ai que bem cheiras, que bem cheiras dos sovacos,
as meias rotas e os sapatos descascados,
Nas avenidas ainda fazes os teu engates,
e tudo graças ao perfume Patchouly...
oo oo ooh
Essas miúdas das escolas secundárias,
com cheiro a leite e o soquete bom a ....,
ficam maradas com o teu charme perfumado,
o teu perfume Patchouly...
Essas míudas das escolas secundárias
já fumam ganzas na paragem do eléctrico,
como essas barbas com mais mousse que pentelho,
dobram-se em duas quando estão ao pé de ti...
oo oo ooh
Porque elas gostam de te ver e cheirar
o teu perfume Patchouly
(um grande Patchouly na testa para todos os quantos que sentiram abrir pequenas gavetas escondidas e bolorentas da memória aos primeiros acordes da cançoneta)
E estes senhores tive eu privilégio de ver a dois palmos dos olhos, quase literalmente. Tinha-os turvados de álcool e outras coisas, é certo. Mas isso agora nada e a minha mãezinha de vez em quando passa por aqui e pode ficar aborrecida.
(*) sei que parece o pedaço de uma letra do João Pedro Pais, mas não consegui arranjar mais jeitoso. Quem quiser que me aperte os testículos até conseguir coisinha melhor.
Eis algo que se descobre por acaso e fica-se colado à primeira. Chamam-se The Mess Hall, são australianos e têm a particularidade de serem compostos apenas por baterista e guitarrista. Poderoso.