14.9.06

Devolvam-me o preço do bilhete

Não quero armar-me em Calimero, mas gostava de saber por que raio de razão estúpida as minhas idas solitárias ao cinema descabam num pequeno drama pessoal. Nem por escolher a última sessão de um dia de semana, portanto tarde e más horas para o comum dos tugas, tenho um bocado de sossego. Ontem, quarta-feira, pelas 0h05, numa sala com capacidade para umas 240 pessoas estavam aí uns 20 seres prontíssimos para assistir tranquilamente ao voo 93 (por falar nisso, o filme dispensa palavras de circunstância), inclusive eu próprio. Portanto, não sobrava espaço, isso é q não sobrava e podia ter sido um harmonioso serão para myself. Mas não. Atrás de mim, exactamente nas cadeiras que me precediam, sentou-se um parzinho cujo elemento masculino tentou engatar a parceira através de supostas piadas que, de tão estúpidas que eram, devem ter feito espantar a rapariga para o universo da fufice. Pena não ter saltado para o meu lado porque não era de se deitar fora (a gaja, claro)... Pois à minha frente, sentou-se um tipo que tinha no volume da cabeça o seu maior atributo (acho eu, porque o resto não me interessa minimamente) e na hiperactividade uma das suas caractrísticas principais. Resultado: passei o raio do filme todo a abanar-me de um lado para o outro para conseguir visualizar em condições a totalidade do ecrã. Ou seja, fui um espectador em movimento, um pouco em consonância com o tipo de realização do Paul Greengrass...

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