19.4.07
Está bem que sou distraído por natureza, mas nunca me tinha acontecido deixar as portas do carro por trancar. Pois assim ficaram durante um dia inteiro numa zona do Porto onde abundam prostitutas, travestis e chulos – não estacionei lá por gosto, apenas porque foi o único lugar disponível que encontrei após perder quase meia-hora à procura de onde encaixar a viatura. Espantoso foi ninguém ter aproveitado para assaltar o belo do automóvel. Andam os ladrões a partir vidros e a estroncar canhões das fechaduras para gamar auto-rádios e quando têm à mão de semear um alvo tão fácil assobiam para o lado. Se fosse gatuno agiria exactamente da mesma forma. É que roubar assim seria como roubar um chupa-chupa a uma criancinha. Também foi agradável constatar que as duas senhoras meretrizes, ou seriam senhores?, que estavam pacientemente encostadas a um poste mesmo em frente ao meu carro foram decentes o suficiente para não fazer o servicinho dentro dele. Subiram dois pontos na minha consideração. Mas não julguem elas que da próxima vez que me cravarem um cigarro como argumento para me convidarem para subir para o quarto vão ter sucesso. Cigarros ainda arranjo, doenças infecto-contagiosas não me apetecia muito apanhar.
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