22.1.09

Crónica de um recém-desempregado II

Faz hoje, quinta-feira, uma semana desde que eu e mais uma dezena de camaradas fomos informados do nosso despedimento.

Desde então, limitamo-nos simplesmente a cumprir horário no posto de trabalho que ainda é nosso – para já não temos na mão qualquer proposta final de rescisão de contrato. Tal foi determinado não só pelas nossas consciências, mas também pela própria direcção do jornal, ainda que indirectamente. Além disso, digo eu, não faz sentido pedir tarefas a elementos à partida considerados dispensáveis.

Todos estamos nesta situação. Todos não, há uma pessoa que continua afincadamente a labutar, a oferecer-se às chefias para tal, a tentar obrigar outros companheiros a fazer o mesmo, a vangloriar-se dos seu feito supostamente heróico nesta maré de desgraça.

A situação em concreto já seria ridícula à partida. Mais ridícula se torna quando a pessoa em causa é... delegada sindical.

Enfim...

5 comentários:

Maria Soledade disse...

QUÊÊÊÊ?

Delegado Sindical?

Errado caro Peter!ENGRAXADOR(A)

Um delegado sindical não se presta a esse papel.NUUUUUUNCA!!!!!!!!!!!

Tenho graxa e escovas de reserva se precisarem...

A luta por um posto de trabalho não passa por aí...

Anónimo disse...

Calma Pedro.
A maré de desgraça vai passar.
Depois da tempestade vem a bonança.
O teu barco está a baloiçar mas não vai afundar.
Agarra-te ao leme com toda a força e chegarás a porto seguro.
Pode ser uma viagem mais atibulada,mas, solta as amarras que o mar da vida está à tua espera.
Bjs

mik disse...

Polinheira Pedro! Essa gente só vai lá com uma valente polinheira... Abraço

Anónimo disse...

entre a polinheira do mik, prefiro a porradaria da grossa defendida pela minha filha...
j

FPM disse...

Desculpa, o meu pessoal mar de chatices tem-me impedido de ser tão solidário e amigo como gostaria. Essa senhora é bem conhecida, acredita só (era o que eu dizia a alguém que já trabalhou com alguém parecido com ela, ou igual, ou ela) que o simples facto de existir e de levar consigo própria já lhe é martírio suficiente. Se não quiseres acreditar nisso, polinheira parece ser uma boa solução. Sentido Abraço