Não, este vaso não contém nenhuma planta ilícita com efeitos alucinogénios ou similares. Foi apenas testemunha de uma das melhores noites que passei nos últimos tempos. Graças a vocês todos (como diria o Octávio, vocês sabem de quem eu estou a falar).
Noite essa que começou com uma bela refeição, estávamos esfomeados como cães, acompanhada de um vinho tinto diria que para lá de jeitoso – quantas garrafas foram: três?. Não é que fosse necessário, mas a mesa exactamente atrás de nós deu a deixa para aquilo que viria a ser um fim-de-semana de muita bojarda deliciosa quando uma das senhoras que lá se sentava se lembrou de repetir, alto e relativo bom som, a inusitada expressão "vamos fazer o sexo" umas quantas vezes. Ninguém levou aquilo à letra, mas ficou dado o mote. Não para três dias de desenfreada actividade carnal com bastante suor à mistura, mas para muita e deliciosa conversa com humor, ternura e sensibilidade (às vezes boçal, é certo) à mistura.
Uma primeira noite que terminou com toda a gente a olhar para o céu a espreitar as estrelas, e com que belo cenário o céu nos presenteou, de copo de vinho ou whisky na mão durante aquilo que me pareceram algumas horas. Não sei quanto tempo foi exactamente, terá sido o suficiente para ter sabido bem como tudo. O entusiasmo foi tal que alguém teve francas dificuldades em voltar à postura normal após ter a ideia, diria que pouco confortável, de olhar o infinito deitada num chão de cimento duro.
Se a noite acabou assim, escusado será dizer que divinal, o dia seguinte brindou-nos com um sol maravilhoso, que disfrutámos, alguns de nós, em plena praia. Cheguei a pensar mandar-me de cabeça ao mar, confesso, mas apanhar uma crise de hipotermia não fazia parte dos meus planos. Já bastou vocês testemunharem como a minha pele é quase transparente, portanto vê-la roxa não seria certamente agradável.
E houve também os momentos de convívio à mesa, ai aquele bolo de chocolate e a deliciosa picanha, que vão perdurar na minha memória tempos a fio. E houve mais uma noite, menos animada um bocadito, mas o cansaço era algum e adolescentes deixámos de ser já lá vão uns anos. E houve mais sorrisos, mais cumplicidades, mais sinais, creio, que amizades se reforçaram minuto a minuto. E houve o último dos três dias, mas não o derradeiro que passámos juntos, tenho a certeza.
Não poderia também de deixar de elogiar os teus dotes culinários (e obrigado por me acordares sem me atirares cama abaixo, o teu bater de porta foi como um despertar dos anjos), a tua paciência para aturar os meus desabafos (só tu mesmo para os compreenderes), a tua e a tua infinita generosidade (e o sorriso lindo da vossa filha), a tua pouca mas compensadora companhia (depois foste fotografar gajas, não te queixes...), o teu sentido de humor encantador e inteligente (já sabes onde está o magnífico casaco de pele de pastor alemão?).
Escrever isto com o cheiro a mar a entrar-me narinas dentro, não sei como é possível isto acontecer mas o vento por vezes faz milagres, aumenta ainda mais as saudades dos dias que tive o prazer imenso de compartilhar convosco.
Obrigado!
Ah, e acho que nunca falámos de blogues!
Não poderia também de deixar de elogiar os teus dotes culinários (e obrigado por me acordares sem me atirares cama abaixo, o teu bater de porta foi como um despertar dos anjos), a tua paciência para aturar os meus desabafos (só tu mesmo para os compreenderes), a tua e a tua infinita generosidade (e o sorriso lindo da vossa filha), a tua pouca mas compensadora companhia (depois foste fotografar gajas, não te queixes...), o teu sentido de humor encantador e inteligente (já sabes onde está o magnífico casaco de pele de pastor alemão?).
Escrever isto com o cheiro a mar a entrar-me narinas dentro, não sei como é possível isto acontecer mas o vento por vezes faz milagres, aumenta ainda mais as saudades dos dias que tive o prazer imenso de compartilhar convosco.
Obrigado!
Ah, e acho que nunca falámos de blogues!
9 comentários:
Tu também a injuriar-me? A dizer que me deitei no cimento para ver as estrelas?!? É mentira. O cimento estava tapado por um bonito linóleo. Bela noite, sim senhor. E a outra - a do pelo do cão - também o foi. E não é que o casaco ainda não apareceu! Deve ter ido com a Maddie.
E muito agradeço os elogios aos pseudo-dotes culinários, porém, agora que os leio, constato que, se calhar, afastaram-me de belas conversas. Vou só ali atirar-me da ponte e já venho, sim?
Não faças isso... Não te esqueças que 99 por cento das nossas conversas não fazem qualquer sentido, portanto acredita que não deves ter perdido nada importante!
Eu não sei, mas acho que estamos todos mais encantados do que adolescentes em viagem de turma. Deve ser aquela sensação de maturidade e do saber aproveitar as coisas boas da vida que eu e o Pedro tanto temos falado...
Toca a agendar outro!!!
Obrigada pelas tuas palavas. E não tens nada que agradecer. Foi óptima a tua (e a dos outros, claro!) companhia.
Para Novembro há mais. E já falta pouco
Eu ouvi dizer que a senhora das francesinhas tinha um filme fixe no blogue, mas eu num sou convidado. Há, é verdade, a primeira foto tá muito boa!
Portanto, casaco de pele de pastor alemão... amplitude térmica de 35 graus...
Muito feio excluir o comentario dos outros.
Muito feio excluir o comentario dos outros.
Há que repetir. Os blogues assim o exigem.
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