25.3.07

Irrita-me todo o histerismo que assalta a maioria dos portugueses quando joga a Selecção. A cobertura do jogo com a Bélgica foi mais um exemplo disso mesmo. Parecia que estava em causa a final do Campeonato do Mundo. Directos idiotas para encher chouriços, o povão a debitar postas de pescada como se estivesse a falar de cátedra, os comentadores idem, o Luís Baila a repetir 488 vezes que o "ambiente está fantástico", os jogadores a serem mimados como bebés de berço, o Scolari tratado como um pai exemplar e o essencial a não ser dito a bem dos altos interesses nacionais representados pela equipa das quinas (o que eu gosto de equipa das quinas). Portugal voltou a revelar deficiências colectivas gritantes, o que foi particularmente visível na primeira parte. Teve de vir ao de cima o génio de jogadores como Cristiano Ronaldo, Quaresma e João Moutinho para a coisa se compôr. De resto, muito fraquinho. Mas, a avaliar pelo que se falava após a partida, correu tudo pelo melhor. Por isso é que somos como somos. Perdemos a final do Europeu perante o nosso público e contra uma selecção a Grécia (a Grécia!!!!) e está tudo bem porque fomos à final e batemo-nos como heróis. Eu fiquei envergonhado e assim continuo. Não gosto de ser o primeiro dos últimos, ainda por cima humilhado diante dos meus e por um franganote que não mete medo a ninguém.

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