17.3.07

Não é que dei por mim quase a chorar ao rever a final da Taça dos Campeões Europeus ganha pelo FCP em 1987? Apesar de saber quase todas as jogadas de trás para a frente e da frente para trás, vibrei como se o jogo fosse em directo. O descalabro emocional aconteceu quando o portinho marcou os dois golos que carimbaram a reviravolta no marcador – agora parecia o Rui Tovar nos seus gloriosos tempos. Saltos no sofá, punhos cerrados no ar e vivas ao melhor clube do mundo. Passado este momento de transe, desci à terra e constatei que, ao contrário do que acontecia até há uns anos, agora não entro em estado pré-depressivo antes de um jogo grande. Amanhã jogamos com o Sporting e estou como se nada fosse. Talvez o Sporting não seja tão grande assim.... Mentira, tenho uma particular simpatia por eles e não me esqueço que durante um par de semanas fui sportinguista. Tinha cinco ou seis anos, é certo. Mas podia ter sido irreversível não tivesse o meu pai exercido a sua diplomacia junto da minha inocente cabecinha de então para me convencer a regressar às origens clubísticas. Obrigado papá, poupaste-me uns anos de sofrimento tremendos. E algumas vergonhas também. No entanto, continuo a gostar deles, Um bocadinho de nada, não exageremos. Até torci para que ganhassem o campeonato na época em que acabaram os 18 anos de jejum. Aliás, estive em Vidal Pinheiro no jogo do título – em trabalho – e fiquei siderado com o estado de euforia e emoção de todos os sportinguistas presentes. Caras daquelas só eu vi em amigos horas depois de lhes ter nascido o primeiro filho. E pronto, cá me confesso 0,1 por cento sportinguista. Agora, livrem-se é de ganhar ao FCP.

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