19.7.07

Isto de estar de férias tem dias que cansa, porra. Mas cansaço deste eu gosto. Devo ter as pernas pior que as de um futebolista depois de jogar dois prolongamentos num campo cheio de lama e ainda bem. Viva o masoquismo.
O dia de ontem passei-o na zona que antecede a parte velha de Riga. Foi bom porque fiquei a conhecer a Antonija, linda, refrescante, animada, simpatica, bem arrumada e civilizada. Não, não pensem que caí de amores por uma letã, Antonija é uma rua particularmente interessante aqui do sitio. Comprida, coberta de arvores dos dois lados do passeio, com esplanadas a perder de vista e bares porta sim, porta não. Desemboca num... estádio, o do Skonto, onde a selecção de Portugal jogou há pouco tempo uma partida, salvo erro, de qualficação para o Campeonato do Mundo. Nao me lembro do resultado, apenas que uma rapariga de seios desnudados entrou então em campo dentro só para beijar o Cristiano Ronaldo. Ontem não tive essa sorte, ninguém quis oscular em trajes menores este que se assina, mas espreitei o recinto e assisti a um pouco do treino do Dinamo de Minsk, equipa que hoje joga com o Skonto para a Taca UEFA. Aliás, tive à conversa com o Serguei, o fiel organizador do site do clube bielorrusso, e com uns quantos jornalistas vindos de Minsk, para alem do assessor de imprensa do Skonto, o qual mal soube que era portugues ficou a olhar para mim com cara de poucos amigos, culpa dos outros tugas que vieram para aqui roubar bandeiras e deixaram o nome do nosso pais na mais baixa consideração. Pelo sim, pelo não, a partir de agora vou apresentar-me a toda gente como espanhol. Pensei tambem em fazê-lo como sueco, mas estou longe de ter figura escandinava.
Percorrida, literalmente, que está boa parte de Riga, pelo menos a mais apelativa, decidi hoje, manhã cedo, ir para Ventspils, a uns 200 quilometros. É a terceira maior cidade da Letónia e demorei três horas de camioneta a lá chegar. Habitada maioritariamente por russos, não é preciso demorar muito a percebê-lo. São mais carrancudos, mais feios e têm uma forma ainda mais fria ainda de se exprimir que os letões.
Ventspils tem pouco de interessante e acabou por ser uma semi-desilusão. É velha, tem edifícios a cair e apenas o pequeno centro, vedado ao trânsito automóvel, pode considerar-se agradável. Além disso estava um vento particularmente incomodativo.
Como gosto de retirar o mais positivo entre o negativo, fica a boa recordação do almoço. Ou melhor, do quase lanche, eram quatro da tarde quando me sentei à mesa de uma esplanada para afagar o estomago depois de ter andado perdido tempos a fio pelas ruas da cidade. Tinha um mapa comigo, é certo, mas devia ser do tempo da II Guerra Mundial.
Pois que comi um creme de cogumelos como antes nunca tinha comido, o da Knorr que faço em casa fica a milhas de distância, e umas carnes frias acompanhadas por vegetais de toda a espécie e feitio, alguns deles desconhecidos para mim e execráveis, diga-se.
Agora vou dormir que amanhã cedo, pelas 8h00, tenho uma camioneta para apanhar ate Vilnius e quatro horas de viagem à espera. Além disso, ao lado do meu computador está sentada uma russa gordíssima que não para de me chatear porque não consegue aceder à internet.

2 comentários:

Maria Soledade disse...

Pedro, deves ter o cabedal estourado mas sem dúvida que as longas viagens-a pé e não só-não deixam de ser compensadoras.Ficas a conhecer países com culturas diferentes do nosso.Olha, cautela com a beer senão aindas ficas pior que um perú...bêbado!Lol:-)A odisseia da ida é que foi bem lixada.Ufa!!deve ter sido de loucos!Bom, o importante é que aproveites ao máximo todo o "sacrificio" k 'tás a fazer.Quando voltares à Net vê se pescas uma gaja boa meu, isso de russa e gorda,brrrr...não dá mesmo!
Continua a divertir-te. Curte ao máximo as tuas férias, não esqueças que agora tens de esperar mais um anito por outras.Agora vou xonar que a idade não perdoa...
Beijos do people todo

Anónimo disse...

Diverte-t