Os locutores de rádio que apresentam programas depois da meia-noite devem padecer de algum distúrbio de personalidade. Só isso explica que debitem frases sem sentido num tom de voz que convida ao suicídio de alguém ligeiramente, mas apenas muito ligeiramente, depressivo. O que, felizmente, não é o meu caso, senão acho que já tinha cortado os pulsos ou engolido uma embalagem de Valium ao som de expressões inócuas como: "caminhe comigo nas profundezas das estrelas", "acompanhe-me nesta imensidão de negro"ou "só eu e o você no éter da noite".
Eles disseram mesmo isto, eu ouvi.
Eles disseram mesmo isto, eu ouvi.
Ao mesmo tempo que tentava decifrar estes enigmas, lembrei-me a desoras que estava a passar na RTP2 o grandioso "Antes do Amanhecer". Já não fui a tempo de o apanhar. Por um lado, ainda bem. Corria o risco de me emocionar mais que o recomendável com a história bonita daqueles dois. Tenho andado muito vulnerável nos últimos tempos.
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