20.2.08

E por falar em Eugénio de Andrade

É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos, muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.


(Acrescento eu: estás a ver como é tão fácil? Está aqui tudo)

1 comentário:

Anónimo disse...

lolol


Música, levai-me:

Onde estão as barcas?
Onde são as ilhas?