23.2.08

Foi com espanto que vi nos noticiários televisivos que a célebre manifestação dos professores convocada por SMS juntou no Porto centenas de pessoas. E com espanto porquê, questionam os milhões de leitores deste blog – meia dúzia, para ser realista? Porque passei pela Avenida dos Aliados enquanto decorria o protesto e não vi lá mais de cinquenta pobres manifestantes. E estou a ser razoável.
Como não havia câmaras por perto quando com eles me cruzei, estavam quedos e mudos, em pequenos grupos, como se de um funeral se tratasse. Palavras de ordem nem ouvi-las, cartazes apenas para proteger da chuva miudinha. Mas depois, quando assisti à reportagem, era vê-los aos berros, apitos na boca e indignados para lá de bastante.
Habituado a isto estou, acreditem. Há gente que não consegue ceder ao apelo do pequeno ecrã, mesmo que para isso se sujeite a figuras ridículas e transmita uma mensagem falsa sobre o que realmente se passa no terreno.
Julgava é que os professores não desciam tão baixo na palhaçada. Já a sabem toda, é o que é. Infelizmente.

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