12.2.08

Ensinaram-me a não sentir raiva de ninguém. E não tenho. Nem raiva, nem desprezo, muito menos ódio. Nada disso.
Sinto-me apenas ludibriado por um sonho. Que bateu à porta, entrou e depois saiu sem aviso prévio.
Agora não há volta a dar. Porque há oportunidades, e sonhos, que se agarram na mão com força para que não fujam. Para que se lute por eles. Para que se não percam.
Há barcos que só se cruzam no nosso mar uma vez na vida. Ou aproveitamos para o apanhar e fazemos tudo para o conseguir ou simplesmente desistimos de lutar por ele. Seja por falta de vontade, de entusiasmo, por alguma razão ainda assim válida. Tudo, mesmo tudo, que for feito para o destruir voluntariamente sabendo que se erra deita tudo a perder. Para sempre.
Um dia, pode ser que pares para pensar e te surja o arrependimento. Mas já será tarde. Aliás, hoje, agora, já é tarde. Porque o barco, esse, passou por ti e não o quiseste apanhar por culpa própria. Não o mereceste.
É pena. Podia ter sido uma viagem bonita.

3 comentários:

Anónimo disse...

a vida só em si já é uma viagem bonita.
Por vezes encontra-se um bom companheiro para essa viagem, mas que olha para a beleza das coisas que visitamos de uma forma diferente da nossa... resta-nos continuar a viajar e encontrar novos companheiros para que aí sim a viagem seja aquela em que ambos remamos para o mesmo lado!

me

Mário Barros disse...

Apenas posso (e devo) deixar-te um abraço. Dos grandes.

Pedro Emanuel Santos disse...

Tens toda a razão: resta-nos mesmo continuar a viajar por aí e aguardar por quem connosco reme para o mesmo lado. É difícil, mas não é impossível.

Sniper, obrigado, a sério. O abraço será dado quando estivermos juntos um dia destes, espero que daqui a pouco tempo. Obrigado, again, pelas tuas palavras, brother.