"Voltámos ao tempo de Hitler nestas alianças entre a extrema-direita e a extrema-esquerda na Madeira", disse Alberto João Jardim durante uma acção de campanha. Ou terá sido como presidente do Governo? Mal acabou de pronunciar estas palavras, o líder regional madeirense cofiou o pequeno bigode, ajeitou para o lado a longa melena e ergueu vigorosamente a mão direita em direcção à multidão, que o aplaudia em transe enquanto gritava o seu nome como se hipnótica estivesse. Consta que os poucos que não o fizeram acabaram por ser abatidos pelas SS, o que não foi confirmado por fonte oficial, oficiosa ou assim assim. Jardim, esse, prosseguiu triunfal a sua marcha seguido de perto pelos leais colaboradores. Ou carneiros, como há quem lhes chame em surdina. "Agora apetecia-me invadir a Polónia", disse a um deles. E foram.