E para recordar cheiros das últimas férias, também.
30.9.07
28.9.07
26.9.07
Cá vai:
O «Correio da Manhã» revela hoje que a alemã Gabriele Pauli, militante da União Social-Cristã defende que o casamento deveria ser um contrato temporário prorrogável, ou seja, deveria terminar automaticamente ao fim de sete anos, podendo o casal renovar os votos se quisesse. Eu acho bem. Acho bem porque se acabariam as temíveis crises dos sete anos. Acho bem porque se acabariam – sem grandes dores de cabeça – os casamentos falhados. Acho bem porque haveria festa de sete em sete anos. E, sobretudo, acho bem porque o casamento a prazo iria obrigar a mais esforços, tal como os fazem os namorados. A possibilidade/o perigo de o outro não querer renovar os votos ao fim de sete anos poderia obrigar-nos a mais trabalho de casa, a menos discussões, a mais cinemas, a mais jantares, a mais flores, a mais cuidados. A mais sexo. A mais. Acho bem. Olho para mim, olho à minha volta e creio ainda mais nessa teoria. O casamento deveria ter prazo. Pelo nosso bem.
Uma merda, é o que é. Estava a gostar tanto do calor e agora vem o frio lembrar-se que também é gente só para me chatear um bocadinho, o porco.
24.9.07
Para começar bem a semana I
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão de meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!
Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!
Tudo no mundo é frágil, tudo passa...
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!
E, olhos postos em ti, vivo de rastros:
"Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: princípio e fim!..."
Florbela Espanca
23.9.07
Enquanto escrevo este post, chego é à conclusão que a bela da compota deixa o teclado pegajoso, o que é uma porra.
21.9.07
Se os piropos agora não fossem quase ilegais, atrevia-me a dizer que a Julie Delpy é um doce que me apetecia saborear uma noite inteira. Mas além disto soar compleatamente estúpido e parolo, ela deve ter mais com quem partilhar serões.
Serve tal de prelúdio idiota para referir o seguinte: a menina resolveu lançar-se na aventura de dirigir um filme. Coincidência, ou talvez não, a fita chama-se "Dois Dias em Paris", o que me deixou logo desconfiado de que seria uma tentativa de chegar aos calcanhares dos brilhantes e absurdamente belos "Antes do Amanhecer" e "Antes do Anoitecer".
Ainda não vi o filme, por isso não posso dizer se é bom ou mau. Aquilo que me apetece para aqui desabafar é que se ela conseguir chegar aos calcanhares da cena que se segue, basta apenas isso, tiro-lhe o meu chapéu e ajoelho-me numa cama de pregos. É, simplesmente, um dos diálogos mais ternos e deliciosos que já vi. Como eu gosto: simples mas muito, mesmo muito, bem feito.
Diria lindo, mas depois acusam-me de andar lamechas.
19.9.07
Nine Inch Nails - The Hand That Feeds
Ah, e aprecio bastante estes senhores também. Agora chega que por hoje exagerei.
Pixies - Monkey gone to heaven
Não sei se já disse, acho que sim, mas gosto muito disto. Não sei se já disse, acho que sim, que vibro ao ouvir esta coisa boa já lá vão mais de 15 anos. Não sei já disse, acho que sim, que isto é mesmo delirante. Não sei se já disse... É melhor ficar por aqui. Depois acusam-me de ser chato.
1 . Dormir, muito e profundamente.
2. Jantares, jantares, jantares, copos, copos, copos e gargalhadas, bastantes.
3. Uma ida àquele restaurante a que pretendo ir novamente já lá vai quase um ano.
4. Um ou dois passeios na marginal acrescidos da indispensável leitura de jornais frente ao mar.
5. Fazer compras para a casa qual fada do lar.
6. Continuar a escrever coisas estúpidas neste humilde blog
7. Mais uns copos e uma dose exagerada de humor non-sense.
8. Olhar para o Porto durante a noite do lado de Gaia, de preferência sem cair ao rio.
9. Dormir mais um bocado.
10. Pastar, preguiçar e outras coisas tão boas que se fazem quando o ócio aperta.
Segunda-feira vou chegar à conclusão que não fiz metade. Mas fica a boa intenção. Ao menos que durma.
18.9.07
Goldfrapp
João, vê lá se gostas disto. Se não te agradar posso mandar para trás e peço um prato de carne ou peixe à tua escolha. Só não pago a conta que este mês isto anda tremido.
Obs: o vídeo não é oficial mas as imagens de Paris até que são porreiras, diz lá que não são.
17.9.07
16.9.07
Pulp - Common People
Gosto destes tipos, em particular do Jarvis Cocker. Olho para ele e recordo-me como era na adolescência: alto, desengonçado, magro e com um penteado que só mais tarde concluí que era um bocadito ridículo. E parvo, característica que ainda hoje mantenho com um certo prazer.
15.9.07
Lá terá que ser...
... diz que é uma corrente. E eu dessas coisas tenho medo, muito medo. Tanto que enquanto escrevo estas curtas linhas estou a urinar-me pernas abaixo.
14.9.07
13.9.07
Praga, Praha, Prague
Senhoras e senhores, eis a cidade mais bonita que tive o privilégio de visitar. Percorri aqueles cantinhos todos com a melhor companhia do mundo. Obrigado, mana: foste o melhor que podia ter tido numa fase bem complicada da minha vida!
12.9.07
Magnolia - Wise Up
Eis a (quase) cena final de um dos meus filmes favoritos. A banda sonora, da menina Aimee Mann, é ainda melhor. Grandioso. Que saudades de ver isto outra vez. Espera lá, acho que tenho o filme ali em DVD, foi uma das melhores prendas do meu 30º aniversário, ainda por cima oferecida por um grupo de GRANDES amigos que decidiu encher-me as medidas com um monte de filmes me fazem babar de satisfação. Só faltou o Cinema Paraíso, mas estão perdoados. Obrigado camaradas! Por vossa causa lá vou eu deitar-me outra vez madrugada dentro com uma manhã de trabalho à minha espera...
11.9.07
Portishead - Glory Box
Se fosse mulher, esta era a canção que exemplificaria de forma perfeita o que esperaria do homem que desejasse amar da forma mais intensa do mundo. Como sou homem, limito-me a esperar que alguma me diga um dia uma coisa do género.
10.9.07
Confesso que achei aquilo muito estranho e não demorei muito tempo a percerber que aquela teoria era completamente absurda, assim como as 500 que se seguiram aos atentados – um pouco ao ritmo do que hoje se vai passando com o caso Maddie. O coração dos Estados Unidos tinha sido atacado e pensei de imediato que estava em marcha o início da III Guerra Mundial. Por breves instantes imaginei-me no meio de um cenário de conflito qualquer, mas enfiei um pacote de açúcar na boca e desci à Terra em dois tempos.
Pouco depois de as torres caírem, literalmente, algo a que assisti com a boca aberta de espanto (o que eu gosto de bocas abertas de espanto) mandaram-me realmente para o World Trade Center. Estive para responder que não valia a pena porque já não havia World Trade Center e o jornal não comportaria uma viagem de urgência para Nova Iorque – o máximo que estive para fazer no estrangeiro foi um trabalho em Omã, adiado precisamente por causa do 11 de Setembro – mas o que a chefia pretendia era que fosse para o World Trade Center do Porto, onde havia uma bela de uma ameaça de bomba.
Lá chegado, deparei-me com uma cena verdadeiramente portuga: o edifício fora evacuado por razões óbvias mas perímetro de segurança nem vê-lo. Resultado, uma multidão concentrava-se à porta e esperava pacientemente que a bomba explodisse. O que seria bom para mim em termos jornalísticos porque assistiria ao vivo e a cores a um pequeno massacre que arrastaria para a morte uns cem pacatos cidadãos que apenas queriam divertir-se a ver uns engenhos fazer um prédio ir pelos ares.
Tal não aconteceu mas mesmo assim deu para fazer umas coisas no local, não me lembro exactamente o quê. O que sei é que, regressado à redacção, tive ainda trabalhinho de sobra até às três da manhã (isso mesmo, três da manhã!). Eu e o resto dos camaradas, verdade seja dita. Valeu um rápido mas agradável jantar pelo meio, em Leça da Palmeira, onde ouvi uma das melhores da noite: uma senhora que se queixava do cancelamento da emissão do Big Brother 'só' por causa do que acontecera em Nova Iorque. Ainda por cima em noite de expulsão, lamentava ela...
Resumindo, foi um dos dias mais trabalhosos que tive até hoje mas que me deu um prazer do caraças. Até porque no meio da anarquia a coisa correu bem graças à inteligência e cabeça fria de meia dúzia – eu apenas me limitei a embarcar na onda. Quem dera mais dias do género, garanto que são coisas destas que me dão verdadeira pica.
PS: A 11 de Setembro de 2007 vou fazer um julgamento de uma senhora que decidiu simular uma gravidez e raptar uma bebé de um hospital. Levarei um rádio pequeno para ficar colado ao ouvido não vá o Bin Laden lembrar-se de derrubar outras torres quaisquer, o malandro.
9.9.07
The Clash - Should I stay or should I go
E como se esquecem tristezas futebolísticas e outras que não vêm ao caso, como é? Ouvindo isto. Outros que são grandes, muito grandes, bastante grandes, enormes. Não é que seja intolerante, mas quem não gosta dos Clash merece ser colocado numa jaula de tigres com o cio.
8.9.07
Pixies - Vamos
Eles são os maiores. Os maiores não, dos maiores. São grandes, loucos, deliciosos. E já me acompanham desde há tanto tempo que merecem aparecer aqui mais do que a conta. Ai Pixies, Pixies, o que muito curti à vossa custa... E continuo a curtir, o que é interessante. Tenho um amigo que diz que até dar uma queca ao som deles sabe melhor. Mas da minha vida sexual não falo, por isso ficam por saber se prefiro ouvir Pixies ou música de fazer meninos enquanto me dedico a prazeres carnais. Se bem que música melosa me faz adormecer em qualquer circunstância.
Pixies forever!
Puta que pariu a miúda e todos os que não aguentam estar dez minutos seguidos sem atirar para o ar teorias estúpidas sobre o seu desparecimento.
7.9.07
Pavarotti - Nessun Dorma
Que ele era grande, era. E isso acho que é inegável. Mas, quanto a mim, o maior mérito de Luciano Pavarotti foi o de te ter tornado a ópera e a música clássica acessíveis a todos sem receio de chocar as mentes mais eruditas e fechadas do meio. Só por isso merece toda a minha consideração.
E o Nessun Dorma arrepia. Muito.
Alguém me recomenda um bom psiquiatra ou acham que se mudar muito deixo de ser quem sou e passo a ser alguém que não se conhece?
5.9.07
Vida de camionista tem destas coisas...
Quem me dera ser escriba.
3.9.07
U2 - One
Dei por mim a ouvir a ‘One’ de novo ao fim de tanto tempo. E não que até cheguei a arrepiar-me como me arrepiava dantes? Pensava eu que já não sabia a letra e cantei-a do princípio ao fim. Para mim, claro, que não passo vergonhas em público. Gosto particularmente deste videoclip gravado em Berlim, com os velhinhos Trabant em plano de destaque. E eu que estive quase a conduzir um e só não o fiz porque sou mais desconfiado que o pior dos desconfiados. Agora arrependo-me...
Mas que isto é bonito é, não venham cá dizer-me que ando lamechas.
2.9.07
Radiohead - Bullet Proof ... I Wish I Was
Mais outra que me deixa para lá de mim. Do mesmo álbum, The Bends, da fabulosa Fake Plastic Trees. Esta não lhe fica atrás, pelo contrário, anda uns passinhos à frente na minha escala de preferência (escala de preferência é bom e nunca tinha escrito).
Obs: o vídeo não é o oficial porque, vá lá saber-se porquê, o respectivo proprietário não o deixa blogar (mais uma virgem para mim, isto hoje está a correr bem).
Um dia bem mais produtivo.